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10/12/2007 - 15h35

Gore e Pachauri alertam sobre mudanças no clima e pedem ação urgente

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da Efe, em Oslo

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore e o indiano Rajendra Pachauri, presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, fizeram novos alertas para as ameaças do aquecimento global ao receberem o Nobel da Paz 2007 e defenderam um compromisso mundial para reverter a situação.

O Comitê Nobel premiou Gore e Pachauri por "construírem e divulgarem um maior conhecimento sobre a mudança climática causada pelo homem e estabelecerem medidas para neutralizá-lo".

Na cerimônia, ocorrida na Prefeitura de Oslo, na Noruega, os dois premiados traçaram um panorama crítico sobre os problemas que afetam a segurança humana e concordaram com o diagnóstico: atuar de forma rápida e definir medidas concretas.

Gore descreveu a luta contra a mudança climática como uma escolha "entre vida e morte" e pela "sobrevivência" da espécie diante de uma situação de "emergência planetária". Por isso, convidou os líderes políticos a abandonarem as indecisões para agir "com coragem e rapidamente".

"Devemos abandonar a idéia de que ações individuais e isoladas são a resposta. Não é um desafio para 'mim', mas um desafio para 'nós", afirmou Gore. Ele falou da necessidade de um "compromisso moral" coletivo como os que inspiraram as lutas contra o fascismo e pela criação da ONU.

Similares

Em discurso cheio de referências históricas e citações de personalidades variadas, como Winston Churchill, Mahatma Ghandi e George Orwell, Gore comparou a luta contra a mudança climática com o combate à pobreza, à doença e à fome.

O ex-vice-presidente dos EUA também defendeu a criação de uma taxa sobre o consumo de energia causadora da mudança climática, que seria compensada por uma redução na carga tributária sobre o trabalho.

Gore reiterou que em sua participação na Conferência sobre a Mudança Climática da ONU pedirá aos líderes políticos que se preparem para a ratificação de um novo acordo climático em 2010. Ele exigiu que os Estados Unidos e a China, principais emissores de CO2 (dióxido de carbono), sejam "corajosos" e se comprometam.

Apelo

Já Pachauri se referiu expressamente à Conferência de Bali e encorajou os responsáveis mundiais a escutar "a voz da ciência e do conhecimento, que soa alta e clara".

O presidente do IPCC disse que seu grupo elabora relatórios científicos essenciais que depois devem ser aprovados "palavra por palavra" por todos os governos, e que a entrega do Nobel reconhece as ameaças à segurança humana por causa da mudança climática e da necessidade de desenvolver medidas efetivas e racionais.

Entre os possíveis efeitos do aquecimento global, enfrentados principalmente por países pobres e áreas como o Ártico e a África, estão o acesso à comida e à água potável, a estabilidade das condições de saúde, o impacto sobre os ecossistemas e a segurança das povoações humanas, que provocam grandes movimentos migratórios, uma "fonte crítica de conflito potencial".

Pachauri afirmou que a ameaça climática pode ser "freada" com medidas de adaptação às novas realidades e uma redução estrita das emissões de gases estufa.

A manutenção do atual nível de concentração de partículas de dióxido de carbono custaria apenas 3% do Produto Interno Bruto mundial em 2030, lembrou.

 

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