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Plenária sobre acordo final em Copenhague atravessa a noite e continua neste sábado
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da Efe, em Copenhague
A cúpula da mudança climática prossegue hoje em Copenhague, após um intenso debate durante toda a noite na sessão plenária sobre um acordo anunciado como "mal menor" para salvar a conferência.
O presidente da Conferência, o primeiro-ministro dinamarquês Lars Lokke Rasmussen, foi pressionado pelos pedidos de alguns países como Venezuela, Nicarágua, Cuba e Bolívia para retirar o documento, que qualificam de "ilegítimo".
Em várias ocasiões, visivelmente envergonhado, Rasmussen teve que consultar seus assistentes para perguntar que procedimento devia seguir.
O texto estava sendo negociado desde quinta-feira (17), e foi fechado nesta sexta-feira (18) pelo presidente americano, Barack Obama, em reunião com vários chefes de Estado e finalmente com China, Índia e África do Sul, em encontro sob mediação do Brasil.
Seus detratores alegam que o documento foi negociado a portas fechadas, violando as regras multilaterais da ONU.
Para que possa se transformar em um acordo das Nações Unidas, o texto deve ser ter unanimidade na plenária composta por delegados dos 192 países presentes na conferência.
Trata-se de um acordo de mínimos após o fracasso de 12 dias de negociações em Copenhague que visavam um texto para substituir o Protocolo de Kioto, que vence em 2010, e é o único tratado que obriga 37 nações industrializadas e a União Europeia a diminuir suas emissões de dióxido de carbono.
O acordo, de caráter não vinculativo, está longe das expectativas geradas em torno da maior reunião sobre mudança climática da história e não fixa objetivos de redução de gases.
No entanto, estabelece a doação de um total de US$ 10 bilhões, entre 2010 e 2012, para os países mais vulneráveis enfrentarem os efeitos da mudança climática, e US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para alívio e adaptação.
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