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30/04/2002
-
12h06
Um privilégio. Foi assim que, nesta terça-feira, o sul-africano Mark Shuttleworth, de 28 anos, definiu a sua experiência como o segundo turista espacial.
Ao vivo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que se encontra na órbita da Terra, Shuttleworth respondeu a perguntas de internautas.
A entrevista foi transmitida ao vivo pelo canal BBC World e contou ainda com a participação do primeiro turista espacial da história, Dennis Tito.
Os internautas brasileiros, por meio do site da BBC Brasil, também enviaram perguntas a Mark Shuttleworth.
Inspiração
Segurando um globo terrestre, o turista espacial começou falando sobre o orgulho de ser o primeiro africano a viajar para o espaço. "É maravilhoso, uma mistura de sentimentos, a realização de um velho sonho", disse.
Shuttleworth respondeu à pergunta enviada pelo maior número de internautas brasileiros: se não era um desperdíco gastar US$ 20 milhões (R$ 47 milhões) para ir ao espaço, enquanto boa parte da população de seu continente (a África) sofria de problemas como pobreza, desnutrição e Aids.
"É uma excelente pergunta. Mas acho que as experiências científicas que eu vou conduzir podem ajudar um número grande de africanos", disse o turista espacial.
"Sem falar que, sendo o primeiro africano no espaço, posso inspirar milhares de crianças, mostrando que elas podem perseguir os seus sonhos e que eles podem se tornar realidade."
Shuttleworth também falou sobre as experiências científicas que ele ajudará a conduzir no espaço. Em parceria com a Universidade da África do Sul, ele está realizando experiências com células-tronco e proteínas do HIV, o vírus causador da Aids.
"Trouxe amostras de células-tronco, retiradas de embriões de animais, e proteínas cristalizadas do vírus HIV, retiradas de seres humanos. Nosso objetivo é observar como esses materiais se comportam na gravidade zero do espaço", explicou.
Ciência
Cientistas acreditam que as células-tronco embrionárias, que são indiferenciadas, podem se transformar em praticamente qualquer célula do organismo, ajudando no tratamento de doenças como o câncer e o mal de Alzheimer.
O turista espacial também mostrou uma série de eletrodos que estão presos a seu corpo, através dos quais sua pressão, batimentos cardíacos e funções respiratórias estão sendo monitorados.
Durante a entrevista, Shuttleworth conversou com o americano Dennis Tito, o primeiro turista espacial. Tito elogiou a iniciativa do sul-africano de realizar experimentos científicos no espaço.
"Ele está bem mais ocupado do que eu, que só tirei fotos", brincou Tito. O americano quis saber do sul-africano se ele estava tirando muitas fotos da Cidade do Cabo, na África do Sul.
"Muitas. Estou adorando ver a África do espaço", disse Shuttleworth.
O astronauta respondeu ainda a perguntas de crianças de várias partes do mundo. Elas quiseram saber se ele ficava muito cansado no espaço, se escovava os dentes e o que ele comia.
"Iogurte, bife, camarão. Como de tudo e limpo os dentes", afirmou.
Uma das crianças perguntou se Shuttleworth acreditava que o ser humano comum, sem ser um milionário, poderia em breve passear pelo espaço.
"Hoje ainda é muito caro. Mas acho um sonho possível", afirmou.
Turista espacial responde a perguntas enviadas pelos internautas
da BBC, em LondresUm privilégio. Foi assim que, nesta terça-feira, o sul-africano Mark Shuttleworth, de 28 anos, definiu a sua experiência como o segundo turista espacial.
Ao vivo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que se encontra na órbita da Terra, Shuttleworth respondeu a perguntas de internautas.
A entrevista foi transmitida ao vivo pelo canal BBC World e contou ainda com a participação do primeiro turista espacial da história, Dennis Tito.
Os internautas brasileiros, por meio do site da BBC Brasil, também enviaram perguntas a Mark Shuttleworth.
Inspiração
Segurando um globo terrestre, o turista espacial começou falando sobre o orgulho de ser o primeiro africano a viajar para o espaço. "É maravilhoso, uma mistura de sentimentos, a realização de um velho sonho", disse.
Shuttleworth respondeu à pergunta enviada pelo maior número de internautas brasileiros: se não era um desperdíco gastar US$ 20 milhões (R$ 47 milhões) para ir ao espaço, enquanto boa parte da população de seu continente (a África) sofria de problemas como pobreza, desnutrição e Aids.
"É uma excelente pergunta. Mas acho que as experiências científicas que eu vou conduzir podem ajudar um número grande de africanos", disse o turista espacial.
"Sem falar que, sendo o primeiro africano no espaço, posso inspirar milhares de crianças, mostrando que elas podem perseguir os seus sonhos e que eles podem se tornar realidade."
Shuttleworth também falou sobre as experiências científicas que ele ajudará a conduzir no espaço. Em parceria com a Universidade da África do Sul, ele está realizando experiências com células-tronco e proteínas do HIV, o vírus causador da Aids.
"Trouxe amostras de células-tronco, retiradas de embriões de animais, e proteínas cristalizadas do vírus HIV, retiradas de seres humanos. Nosso objetivo é observar como esses materiais se comportam na gravidade zero do espaço", explicou.
Ciência
Cientistas acreditam que as células-tronco embrionárias, que são indiferenciadas, podem se transformar em praticamente qualquer célula do organismo, ajudando no tratamento de doenças como o câncer e o mal de Alzheimer.
O turista espacial também mostrou uma série de eletrodos que estão presos a seu corpo, através dos quais sua pressão, batimentos cardíacos e funções respiratórias estão sendo monitorados.
Durante a entrevista, Shuttleworth conversou com o americano Dennis Tito, o primeiro turista espacial. Tito elogiou a iniciativa do sul-africano de realizar experimentos científicos no espaço.
"Ele está bem mais ocupado do que eu, que só tirei fotos", brincou Tito. O americano quis saber do sul-africano se ele estava tirando muitas fotos da Cidade do Cabo, na África do Sul.
"Muitas. Estou adorando ver a África do espaço", disse Shuttleworth.
O astronauta respondeu ainda a perguntas de crianças de várias partes do mundo. Elas quiseram saber se ele ficava muito cansado no espaço, se escovava os dentes e o que ele comia.
"Iogurte, bife, camarão. Como de tudo e limpo os dentes", afirmou.
Uma das crianças perguntou se Shuttleworth acreditava que o ser humano comum, sem ser um milionário, poderia em breve passear pelo espaço.
"Hoje ainda é muito caro. Mas acho um sonho possível", afirmou.
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