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17/10/2002
-
09h06
de Lisboa
O escritor peruano Mário Vargas Llosa disse ontem, em Lisboa, Portugal, que o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, deveria se inspirar no primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se for eleito.
Vargas Llosa, autor de livros como "Pantaleão e as Visitadoras", "A Cidade e os Cães" e "Conversa na Catedral", está em Portugal para participar de uma conferência internacional sobre a globalização e seu impacto sobre a ciência, a cultura e as religiões.
"Eu vivo parte do tempo na Inglaterra e vi o caso do Partido Trabalhista britânico, que era um partido muito de esquerda e evoluiu para o centro com Tony Blair, com resultados muito benéficos, tanto do ponto de vista econômico quanto social", analisou Llosa.
"Temos de desejar que no Brasil ocorra um fenômeno deste tipo."
Mudanças de Lula
Para Mário Vargas Llosa, que foi candidato à Presidência peruana em 1989, as mudanças no discurso político de Lula, apresentadas nesta campanha presidencial, podem ser positivas para o Brasil.
"Lula, nos últimos tempos, está mais moderado", disse ele.
"Ele apresentou propostas e idéias que mostram que aceitou algumas regras do jogo da modernidade, como a empresa privada e a internacionalização da economia. Espero que isso seja certo."
Mário Vargas Llosa também analisou a atual conjuntura política na América Latina e admitiu que acompanha com especial preocupação a situação na Venezuela.
"Palhaço"
Vargas Llosa criticou o presidente venezuelano, Hugo Chávez. "Vejo com muita preocupação o que ocorre na Venezuela, porque, ainda que Chavez tenha um mandato legítimo por ter ganho as eleições, minha impressão é que ele é um demagogo, além de um palhaço."
Ele disse que a democracia venezuelana está se deteriorando dia após dia por causa de Chávez.
"É necessário combatê-lo e sobretudo evitar que esse mal exemplo de retorno ao populismo e ao autoritarismo seja imitado na América Latina", analisou.
Atualmente, Mário Vargas Llosa está organizando a Fundação Internacional para a Liberdade - uma organização com o objetivo de coordenar as atividades de instituições e fundações que lutam pela democracia nos países de língua espanhola.
Leia mais no especial Eleições 2002
Para Vargas Llosa, Lula deve seguir exemplo de Tony Blair
JAIR RATTNERde Lisboa
O escritor peruano Mário Vargas Llosa disse ontem, em Lisboa, Portugal, que o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, deveria se inspirar no primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se for eleito.
Vargas Llosa, autor de livros como "Pantaleão e as Visitadoras", "A Cidade e os Cães" e "Conversa na Catedral", está em Portugal para participar de uma conferência internacional sobre a globalização e seu impacto sobre a ciência, a cultura e as religiões.
"Eu vivo parte do tempo na Inglaterra e vi o caso do Partido Trabalhista britânico, que era um partido muito de esquerda e evoluiu para o centro com Tony Blair, com resultados muito benéficos, tanto do ponto de vista econômico quanto social", analisou Llosa.
"Temos de desejar que no Brasil ocorra um fenômeno deste tipo."
Mudanças de Lula
Para Mário Vargas Llosa, que foi candidato à Presidência peruana em 1989, as mudanças no discurso político de Lula, apresentadas nesta campanha presidencial, podem ser positivas para o Brasil.
"Lula, nos últimos tempos, está mais moderado", disse ele.
"Ele apresentou propostas e idéias que mostram que aceitou algumas regras do jogo da modernidade, como a empresa privada e a internacionalização da economia. Espero que isso seja certo."
Mário Vargas Llosa também analisou a atual conjuntura política na América Latina e admitiu que acompanha com especial preocupação a situação na Venezuela.
"Palhaço"
Vargas Llosa criticou o presidente venezuelano, Hugo Chávez. "Vejo com muita preocupação o que ocorre na Venezuela, porque, ainda que Chavez tenha um mandato legítimo por ter ganho as eleições, minha impressão é que ele é um demagogo, além de um palhaço."
Ele disse que a democracia venezuelana está se deteriorando dia após dia por causa de Chávez.
"É necessário combatê-lo e sobretudo evitar que esse mal exemplo de retorno ao populismo e ao autoritarismo seja imitado na América Latina", analisou.
Atualmente, Mário Vargas Llosa está organizando a Fundação Internacional para a Liberdade - uma organização com o objetivo de coordenar as atividades de instituições e fundações que lutam pela democracia nos países de língua espanhola.
Leia mais no especial Eleições 2002
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