Publicidade
Publicidade
01/04/2003
-
11h03
da BBC, no Iraque
Os 12 dias de conflito no Iraque e a morte de civis iraquianos não mudaram a opinião majoritária dos kuaitianos sobre a guerra: eles defendem majoritariamente a ação anglo-americana, detestam Saddam Hussein e torcem pelo fim de seu regime.
A razão desse sentimento é a invasão e a ocupação iraquiana no Kuait em 1990 e 1991, que acabou motivando a Guerra do Golfo, na qual os Estados Unidos expulsaram os soldados do presidente iraquiano do território kuaitiano.
Doze anos depois, as lembranças da ocupação e da liberação estão por toda a parte na Cidade do Kuait. Nas traseiras dos ônibus, há grandes fotos de soldados americanos abraçados com idosos e crianças kuaitianas, logo após a guerra de 1991.
Pela cidade, há painéis com fotos da destruição causada pelos militares do Iraque durante a invasão. Outdoors lembram as 605 pessoas presas durante a ocupação iraquiana e ainda estão desaparecidas.
Brutalidade
"Nós aqui no Kuait experimentamos os métodos brutais do regime de Saddam. Ele realmente pune quem não o segue", disse Sami Al-Faraj, diretor do Centro para Estudos Estratégicos do Kuait.
Segundo o analista, Saddam está empregando os mesmos métodos contra a população do sul do Iraque, para impedir que eles apóiem o fim de seu regime e a coalizão militar liderada pelos Estados Unidos.
O Kuait está servindo como principal base para essa coalizão -o governo kuaitiano cedeu metade de seu território aos militares britânicos e americanos.
Agora, durante o conflito, o governo adotou uma estratégia de diferenciar a população iraquiana do governo de Saddam.
As críticas contra o regime do Iraque e o apoio militar aos Estados Unidos continuam, ao mesmo tempo que há campanhas de doação de alimentos e sangue para os iraquianos atingidos pela guerra.
Mísseis
Os cerca de 15 mísseis lançados contra o Kuait durante o atual conflito serviram para legitimar o discurso oficial de que o Iraque ameaça ao país.
Na madrugada do último sábado (29), quando um míssil atingiu um porto em frente a um shopping center na Cidade do Kuait, pessoas aglomeradas no local defendiam uma reação militar à agressão.
Mas há também os que discordam do governo e são contrários à presença americana no Kuait.
A polícia tem detido supostos extremistas islâmicos no país, e soldados e civis americanos já foram alvos de atentados, mas a maior parte da população apóia o fim do regime de Saddam.
O analista Sami Al-Faraj afirmou que o fim da era Saddam é importante não só para o Kuait, mas para a estabilidade econômica e política da região do golfo Pérsico.
"Precisamos pacificar o Iraque, terminar com a cultura de violência política do país", disse ele.
Antes do conflito, países árabes do golfo Pérsico, como o Kuait, o Barhein e os Emirados Árabes, defenderam explicitamente o exílio de Saddam para evitar a guerra.
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
Morte de civis no Iraque não muda opinião de kuaitianos
AUGUSTO GAZIRda BBC, no Iraque
Os 12 dias de conflito no Iraque e a morte de civis iraquianos não mudaram a opinião majoritária dos kuaitianos sobre a guerra: eles defendem majoritariamente a ação anglo-americana, detestam Saddam Hussein e torcem pelo fim de seu regime.
A razão desse sentimento é a invasão e a ocupação iraquiana no Kuait em 1990 e 1991, que acabou motivando a Guerra do Golfo, na qual os Estados Unidos expulsaram os soldados do presidente iraquiano do território kuaitiano.
Doze anos depois, as lembranças da ocupação e da liberação estão por toda a parte na Cidade do Kuait. Nas traseiras dos ônibus, há grandes fotos de soldados americanos abraçados com idosos e crianças kuaitianas, logo após a guerra de 1991.
Pela cidade, há painéis com fotos da destruição causada pelos militares do Iraque durante a invasão. Outdoors lembram as 605 pessoas presas durante a ocupação iraquiana e ainda estão desaparecidas.
Brutalidade
"Nós aqui no Kuait experimentamos os métodos brutais do regime de Saddam. Ele realmente pune quem não o segue", disse Sami Al-Faraj, diretor do Centro para Estudos Estratégicos do Kuait.
Segundo o analista, Saddam está empregando os mesmos métodos contra a população do sul do Iraque, para impedir que eles apóiem o fim de seu regime e a coalizão militar liderada pelos Estados Unidos.
O Kuait está servindo como principal base para essa coalizão -o governo kuaitiano cedeu metade de seu território aos militares britânicos e americanos.
Agora, durante o conflito, o governo adotou uma estratégia de diferenciar a população iraquiana do governo de Saddam.
As críticas contra o regime do Iraque e o apoio militar aos Estados Unidos continuam, ao mesmo tempo que há campanhas de doação de alimentos e sangue para os iraquianos atingidos pela guerra.
Mísseis
Os cerca de 15 mísseis lançados contra o Kuait durante o atual conflito serviram para legitimar o discurso oficial de que o Iraque ameaça ao país.
Na madrugada do último sábado (29), quando um míssil atingiu um porto em frente a um shopping center na Cidade do Kuait, pessoas aglomeradas no local defendiam uma reação militar à agressão.
Mas há também os que discordam do governo e são contrários à presença americana no Kuait.
A polícia tem detido supostos extremistas islâmicos no país, e soldados e civis americanos já foram alvos de atentados, mas a maior parte da população apóia o fim do regime de Saddam.
O analista Sami Al-Faraj afirmou que o fim da era Saddam é importante não só para o Kuait, mas para a estabilidade econômica e política da região do golfo Pérsico.
"Precisamos pacificar o Iraque, terminar com a cultura de violência política do país", disse ele.
Antes do conflito, países árabes do golfo Pérsico, como o Kuait, o Barhein e os Emirados Árabes, defenderam explicitamente o exílio de Saddam para evitar a guerra.
Especial
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice