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02/06/2003 - 05h52

Em meio a protestos, G8 discute economia e terrorismo

da BBC, em Londres

Líderes mundiais que participam do encontro do G8 (os sete países mais ricos do mundo mais a Rússia) em Evian, na França, vão discutir hoje, segundo dia da reunião, a economia mundial e o comércio internacional.

Entre as questões políticas, eles vão debater a prioridade estabelecida pelo presidente americano, George W. Bush, de lidar com o terrorismo e com a expansão de armas de destruição em massa --um assunto que já causou atritos entre os participantes do encontro durante a crise e a guerra no Iraque.

De acordo com autoridades britânicas, o encontro deve produzir uma declaração conjunta com o alerta de que armas de destruição em massa são a principal ameaça à segurança mundial.

Segundo o correspondente da BBC, esse passo poderia ser dado para simbolizar a retomada da coesão internacional, depois de superadas as diferenças causadas pela guerra contra o Iraque.

Manifestações

As reuniões se seguem aos confrontos que aconteceram perto de Evian, onde um cordão de segurança continua de prontidão para evitar que manifestantes antiglobalização cheguem perto de presidentes e delegados.

Alguns dos conflitos mais sérios aconteceram na fronteira com a Suíça, com manifestações no fim da noite em Genebra, onde a polícia alemã foi chamada para dispersar os protestos.

A polícia passou mais de nove horas em confronto com os manifestantes no centro de Genebra.

Vitrines de lojas foram quebradas e mercadorias foram saqueadas, enquanto as ruas da cidade foram tomadas por gás lacrimogêneo.

Depois que os manifestantes começaram a atirar pedras e a depredar postos de gasolina, a polícia alemã foi chamada como reforço.

Em Lausanne, manifestantes com máscaras bloquearam ruas com barricadas em chamas e atacaram a área onde ficam os hotéis que hospedam parte das delegações, antes de serem dispersados por gás lacrimogêneo.

Vários manifestantes e policiais ficaram feridos.

Economia

Hoje, a situação econômica de Alemanha e Japão é um dos principais pontos a serem discutidos.

A Alemanha está de novo em recessão, e o Japão atravessa mais de uma década de desempenho econômico ruim.

Mas o correspondente da BBC afirma que os dois países vão encontrar dificuldades para fazer suas exportações competirem no mercado internacional, por causa da recente queda do valor do dólar americano.

África

No fim de semana, o presidente Olusegun Obasanjo, da Nigéria, elogiou a promessa dos países do G8 de fortalecer a parceria com a África.

Ao fim do primeiro dia do encontro, Obasanjo disse que a ausência de conflitos é uma das principais condições para o desenvolvimento.

Críticos acusaram o G8 de não conseguir traduzir em ações efetivas as promessas feitas aos líderes de países africanos no encontro do ano passado.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu que os líderes do G8 diminuam a diferença entre a retórica e a realidade para ajudar os países mais pobres do mundo a resolverem seus problemas.

O G8 tinha prometido ajudar a criar uma força de paz na África e a aumentar a ajuda para o desenvolvimento, em troca da manutenção de governos estáveis e da paz em todo o continente.
 

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