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22/10/2003
-
10h27
da BBC, em La Paz
O novo ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Juan Ignacio Siles del Valle, agradeceu ontem a ajuda do governo brasileiro durante a crise que culminou com a renúncia do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada na sexta-feira (17).
Gonzalo Montenegro, ex-embaixador da Bolívia no Brasil, entre 1995 e 2002, e responsável pelo comitê organizador do 13º Encontro Ibero-Americano de Presidentes --que acontece nos dias 14 e 15 de novembro em Santa Cruz de La Sierra-- também elogiou a atuação brasileira.
"As relações entre os dois países sempre foram boas, mas a tendência é que se tornem magníficas", afirmou Montenegro.
Para o ministro Siles del Valle, a mensagem pacificadora do Brasil mereceu todo o reconhecimento do governo do presidente Carlos Mesa, empossado na noite da última sexta-feira em La Paz.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos auxiliou enormemente durante a crise", disse o ministro.
Nos encontros que teve com o presidente argentino, Néstor Kirchner, ele fez uma declaração específica de apoio ao processo democrático na Bolívia e um chamado à pacificação do nosso país".
Carlos Mesa
Siles del Valle também destacou os pronunciamentos feitos por Lula em apoio a Carlos Mesa, depois da renúncia de Sánchez de Lozada.
"Lula também fez um chamado à comunidade e aos organismos de ajuda internacionais, no sentido de nos apoiarem financeiramente para reestruturarmos a difícil situação econômica pela qual passa o nosso país", lembrou Silles del Valle.
"Além disso, o governo do Brasil prometeu congelar a nossa dívida externa e dar um apoio econômico direto, não apenas de cooperação, mas também financeiro."
Segundo Siles del Valle, nesta semana, o governo brasileiro ratificou uma decisão muito importante para a Bolívia, a de aumentar a compra de gás natural do país.
Atualmente, as importações de gás da Bolívia para o Brasil estão em torno de 11 milhões de metros cúbicos diários.
Ele disse que o Brasil passará a comprar 18 milhões de metros cúbicos por dia, enquanto o gasoduto binacional Bolívia-Brasil tem capacidade máxima para transportar 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural .
Marco
Considerado um marco de integração energética na América Latina, o gasoduto Bolívia-Brasil é o maior projeto de infra-estrutura de energia do hemisfério.
Com 3,1 mil km de extensão, foi projetado com o objetivo de levar o gás natural importado da Bolívia para os estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
"Estivemos reunidos com o embaixador do Brasil na Bolívia, Antonino Maia, e ele anunciou uma série de medidas de cooperação que serão postas em prática pelo governo brasileiro", informou Montenegro.
O funcionário do governo boliviano disse que se está avançando na integração política entre os dois países para melhorar os programas de cooperação.
Empréstimo
Ele diz que o Brasil vai cumprir o que já havia prometido aos bolivianos: o empréstimo de US$ 600 milhões para projetos de infra-estrutura, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"O embaixador brasileiro também anunciou que seu país dará importância prioritária às relações com a Bolívia", disse Montenegro.
"Uma demonstração disso é que a embaixada do Brasil em La Paz duplicou o número de funcionários. É a terceira maior de toda a América do Sul e, se não me engano, a quarta de toda a América".
Montenegro destacou ainda a determinação do governo brasileiro em desenvolver uma série de projetos na área hidrelétrica na Amazônia, que também poderão ser utilizados pela Bolívia.
Novo ministro agradece apoio de Lula na crise da Bolívia
VALQUÍRIA REYda BBC, em La Paz
O novo ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Juan Ignacio Siles del Valle, agradeceu ontem a ajuda do governo brasileiro durante a crise que culminou com a renúncia do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada na sexta-feira (17).
Gonzalo Montenegro, ex-embaixador da Bolívia no Brasil, entre 1995 e 2002, e responsável pelo comitê organizador do 13º Encontro Ibero-Americano de Presidentes --que acontece nos dias 14 e 15 de novembro em Santa Cruz de La Sierra-- também elogiou a atuação brasileira.
"As relações entre os dois países sempre foram boas, mas a tendência é que se tornem magníficas", afirmou Montenegro.
Para o ministro Siles del Valle, a mensagem pacificadora do Brasil mereceu todo o reconhecimento do governo do presidente Carlos Mesa, empossado na noite da última sexta-feira em La Paz.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos auxiliou enormemente durante a crise", disse o ministro.
Nos encontros que teve com o presidente argentino, Néstor Kirchner, ele fez uma declaração específica de apoio ao processo democrático na Bolívia e um chamado à pacificação do nosso país".
Carlos Mesa
Siles del Valle também destacou os pronunciamentos feitos por Lula em apoio a Carlos Mesa, depois da renúncia de Sánchez de Lozada.
"Lula também fez um chamado à comunidade e aos organismos de ajuda internacionais, no sentido de nos apoiarem financeiramente para reestruturarmos a difícil situação econômica pela qual passa o nosso país", lembrou Silles del Valle.
"Além disso, o governo do Brasil prometeu congelar a nossa dívida externa e dar um apoio econômico direto, não apenas de cooperação, mas também financeiro."
Segundo Siles del Valle, nesta semana, o governo brasileiro ratificou uma decisão muito importante para a Bolívia, a de aumentar a compra de gás natural do país.
Atualmente, as importações de gás da Bolívia para o Brasil estão em torno de 11 milhões de metros cúbicos diários.
Ele disse que o Brasil passará a comprar 18 milhões de metros cúbicos por dia, enquanto o gasoduto binacional Bolívia-Brasil tem capacidade máxima para transportar 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural .
Marco
Considerado um marco de integração energética na América Latina, o gasoduto Bolívia-Brasil é o maior projeto de infra-estrutura de energia do hemisfério.
Com 3,1 mil km de extensão, foi projetado com o objetivo de levar o gás natural importado da Bolívia para os estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
"Estivemos reunidos com o embaixador do Brasil na Bolívia, Antonino Maia, e ele anunciou uma série de medidas de cooperação que serão postas em prática pelo governo brasileiro", informou Montenegro.
O funcionário do governo boliviano disse que se está avançando na integração política entre os dois países para melhorar os programas de cooperação.
Empréstimo
Ele diz que o Brasil vai cumprir o que já havia prometido aos bolivianos: o empréstimo de US$ 600 milhões para projetos de infra-estrutura, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"O embaixador brasileiro também anunciou que seu país dará importância prioritária às relações com a Bolívia", disse Montenegro.
"Uma demonstração disso é que a embaixada do Brasil em La Paz duplicou o número de funcionários. É a terceira maior de toda a América do Sul e, se não me engano, a quarta de toda a América".
Montenegro destacou ainda a determinação do governo brasileiro em desenvolver uma série de projetos na área hidrelétrica na Amazônia, que também poderão ser utilizados pela Bolívia.
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