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11/12/2003
-
18h05
Enviado especial da a Genebra
O presidente do Irã, Mohammad Khatami, negou hoje que seu governo exerça censura ao acesso dos cidadãos do país à internet.
Em entrevista concedida na Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, Khatami teve que responder um bombardeio de perguntas sobre o tema.
Ele admitiu que existem algumas restrições, mas disse que elas não atingem sites com conteúdo político e que elas não constituem nada de exepcional em comparação com outros países.
A opinião de Khatami não é compartilhada, porém, por centenas de ativistas que, durante a cúpula, estão inundando um blog experimental dedicado ao evento com críticas ao governo iraniano.
Polêmica
"Há poucos países no Terceiro Mundo e no mundo islâmico que tenham tanta gente conectada à internet quanto o Irã", disse Khatami.
Mas entidades de defesa da liberdade de expressão afirmam que o governo exerce um firme controle sobre os internautas do país.
O Irã não foi o único país cujas credenciais democráticas com relação à internet foram postas em dúvida por entidades que participam da cúpula.
A própria decisão de sediar a segunda parte da cúpula, em 2005, na Tunísia, causou polêmica porque o governo local é acusado de não tolerar contestação política.
Futuro
A propagação dos ideais democráticos pelas tecnologias da informação é um dos principais temas da cúpula, e muitos participantes procuraram expor sua visão de como a "democracia virtual" pode funcionar no futuro.
Em debate realizado hoje, Nicholas Negroponte, do Massachusetts Institute of Technology e um dos mais famosos "gurus" da revolução digital, apresentou uma visão otimista do futuro da democracia influenciada pela rede, acrescentando que a internet pode exigir o desenvolvimento de "novas formas de representação" política.
Ao seu lado, Stephen Coleman, da Universidade de Oxford, disse que os governantes vão ter que se preocupar muito mais em dialogar com a sociedade, mas alertou para o fato de que o excesso de ativismo com os recursos das novas tecnologias pode imobilizar os políticos.
A discussão também abordou questões mais práticas, como o conselho dado pelo prefeito de Curitiba (PR), Cassio Taniguchi (PFL), a um nigeriano que perguntou como sua cidade poderia incrementar seu envolvimento na sociedade da informação.
"Não saiam comprando novas tecnologias, desenvolvam as suas próprias", disse Taniguchi, após expor o funcionamento de computadores em ônibus e outras iniciativas da capital paranaense.
Irã diz que não há censura política na internet
RODRIGO AMARALEnviado especial da
O presidente do Irã, Mohammad Khatami, negou hoje que seu governo exerça censura ao acesso dos cidadãos do país à internet.
Em entrevista concedida na Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, Khatami teve que responder um bombardeio de perguntas sobre o tema.
Ele admitiu que existem algumas restrições, mas disse que elas não atingem sites com conteúdo político e que elas não constituem nada de exepcional em comparação com outros países.
A opinião de Khatami não é compartilhada, porém, por centenas de ativistas que, durante a cúpula, estão inundando um blog experimental dedicado ao evento com críticas ao governo iraniano.
Polêmica
"Há poucos países no Terceiro Mundo e no mundo islâmico que tenham tanta gente conectada à internet quanto o Irã", disse Khatami.
Mas entidades de defesa da liberdade de expressão afirmam que o governo exerce um firme controle sobre os internautas do país.
O Irã não foi o único país cujas credenciais democráticas com relação à internet foram postas em dúvida por entidades que participam da cúpula.
A própria decisão de sediar a segunda parte da cúpula, em 2005, na Tunísia, causou polêmica porque o governo local é acusado de não tolerar contestação política.
Futuro
A propagação dos ideais democráticos pelas tecnologias da informação é um dos principais temas da cúpula, e muitos participantes procuraram expor sua visão de como a "democracia virtual" pode funcionar no futuro.
Em debate realizado hoje, Nicholas Negroponte, do Massachusetts Institute of Technology e um dos mais famosos "gurus" da revolução digital, apresentou uma visão otimista do futuro da democracia influenciada pela rede, acrescentando que a internet pode exigir o desenvolvimento de "novas formas de representação" política.
Ao seu lado, Stephen Coleman, da Universidade de Oxford, disse que os governantes vão ter que se preocupar muito mais em dialogar com a sociedade, mas alertou para o fato de que o excesso de ativismo com os recursos das novas tecnologias pode imobilizar os políticos.
A discussão também abordou questões mais práticas, como o conselho dado pelo prefeito de Curitiba (PR), Cassio Taniguchi (PFL), a um nigeriano que perguntou como sua cidade poderia incrementar seu envolvimento na sociedade da informação.
"Não saiam comprando novas tecnologias, desenvolvam as suas próprias", disse Taniguchi, após expor o funcionamento de computadores em ônibus e outras iniciativas da capital paranaense.
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