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19/12/2003 - 15h19

Senado alemão aprova as reformas de Gerhard Schröder

MARCELO CRESCENTI
da BBC, em Frankfurt

A câmara alta do Parlamento alemão, equivalente ao Senado no Brasil, aprovou hoje uma das maiores reformas da história recente da Alemanha.

O pacote de medidas proposto pelo governo inclui cortes na previdência social e no setor de saúde, assim como uma redução de subsídios estatais.

Por outro lado, o governo vai cortar os impostos em uma tentativa de reaquecer a economia alemã, que está em crise.

Neste ano o crescimento econômico na Alemanha deverá ficar pouco acima de zero por cento.

Incentivo

No total, os contribuintes alemães vão pagar 15 bilhões de euros a menos em impostos e taxas a partir de 2004.

Esse montante deverá ser financiado através de cortes no orçamento público e da privatização de estatais.

Entre as medidas aprovadas pelo Parlamento estão também cortes no seguro-desemprego.

Além disso, no futuro, quem estiver desempregado e recusar um emprego oferecido pelo governo não vai receber mais dinheiro do Estado.

Empresas com menos de dez empregados também terão mais liberdade para demitir funcionários a partir de 2004.

Flexibilidade

A aprovação do pacote está sendo vista como um passo importante em direção ao objetivo de tornar o mercado de trabalho alemão mais flexível.

Na Alemanha, 10% dos trabalhadores estão desempregados.

Os economistas esperam que a redução de impostos aqueça o consumo interno e tenha um impacto positivo na economia do país.

O pacote foi aprovado pelo Parlamento depois de muitas brigas e discussão entre o governo e partidos de oposição, que acabaram chegando a um consenso pouco antes da votação.

O consentimento dos partidos de oposição era necessário, já que eles dominam a câmara alta, que poderia bloquear algumas medidas.

A briga do chanceler Gerhard Schröder para aprovar o pacote lembra os esforços do presidente Lula, que, como Schröder, é um líder de esquerda tentando aprovar medidas impopulares.

Schröder também enfrentou resistência dentro de seu próprio partido, o social-democrata, e comprou uma briga com os sindicalistas alemães.

Os sindicatos já anunciaram que irão às ruas para protestar contra o pacote, que eles consideram injusto.
 

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