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28/01/2004 - 13h48

Alegação de repórter da BBC foi "infundada", diz juiz

da BBC, em Londres

O juiz Brian Hutton afirmou hoje que a alegação do repórter Andrew Gilligan, da BBC, de que o governo britânico inseriu no dossiê sobre as armas do Iraque a informação de que o regime de Saddam Hussein poderia lançar um ataque com armas de destruição em massa em 45 minutos, sabendo que isso não era verdade, foi "infundada".

Hutton começou a apresentar hoje as conclusões do inquérito público que investigou as circunstâncias que cercaram a morte do cientista britânico David Kelly.

Kelly foi a fonte da reportagem de Gilligan, que acusava o governo britânico de exagerar as informações de inteligência sobre as armas do Iraque para justificar uma guerra contra o regime de Saddam.

O relatório de Hutton concluiu ainda que os diretores da BBC falharam em não investigar por completo as alegações de Gilligan antes de transmitir a reportagem do jornalista.

Suicídio

No início da apresentação de seu relatório, Hutton disse também que a investigação o convenceu de que a morte de Kelly foi um suicídio e que nenhuma das outras partes envolvidas no caso poderia prever a morte do cientista.

Em julho de 2003, depois de ver seu nome envolvido em uma disputa entre a BBC e o governo britânico sobre as justificativas para a guerra no Iraque, Kelly apareceu morto.

Lorde Hutton afirmou ainda que ninguém, além do próprio David Kelly, teve envolvimento no suicídio.

De acordo com o juiz, a principal causa da morte de Kelly foi um sangramento provocado por cortes feitos pelo cientista em seu pulso esquerdo.

Hutton disse ainda que a ingestão de comprimidos e uma doença cardíaca secreta podem ter acelerado a morte de Kelly.

O relatório do lorde Hutton também concluiu que não havia qualquer sinal de luta no local onde o cientista morreu e que Kelly não sofria de nenhuma doença mental significativa no momento de sua morte.
 

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