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17/03/2004
-
04h34
da BBC
Um grupo de astrônomos vai reavaliar o sistema atual usado para classificar os planetas, depois que cientistas anunciaram ter descoberto o Sedna --que pode ser o décimo planeta do sistema solar.
O grupo da IAU (União Internacional de Astronomia, na sigla em inglês), vai avaliar se o próprio Sedna pode ser classificado como um planeta.
A IAU vai decidir o tamanho mínimo para que um corpo celeste possa ser considerado da mesma "classe" que a Terra, Marte e Júpiter. Enquanto isso, o Sedna não será identificado como tal.
O resultado das discussões pode também derrubar a definição dada a Plutão --considerado por alguns astrônomos pequeno demais para ser considerado um planeta.
Classificação
"Se estivéssemos começando de novo [a identificar os corpos celestes do sistema solar], sem dúvida Plutão não seria classificado como um planeta", disse à BBC o professor Iwan Williams, da IAU.
"Mas temos quase cem anos de crença de que Plutão é um planeta. Dessa forma, a IAU está criando um grupo de trabalho para tentar ponderar o imponderável".
O Sedna, batizado de forma não-oficial com o nome da deusa inuit (um povo indígena do Ártico) dos oceanos, é o último de uma série de corpos celestes com tamanho semelhante ao de Plutão descobertos nos limites do sistema solar.
Baseado na medição da luz refletida pela sua superfície e captada pelos telescópios terrestres, o Sedna seria 25% menor que Plutão.
Muitos astrônomos, como Mike Brown, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) --líder da equipe de pesquisa que descobriu o Sedna-- admite que ele não é um planeta de verdade.
"Planetóide"
Brown prefere chamá-lo de "planetóide", um corpo celeste a meio caminho entre um planeta e um asteróide.
Como outros objetos encontrados nos últimos meses na faixa de entulho espacial nos confins do sistema solar, chamada de Cinturão de Kuiper, o Sedna é muito maior que um asteróide típico.
Alguns acreditam que é apenas uma questão de tempo até que outro corpo celeste maior que Plutão seja encontrado na região.
"Reclassificar" Plutão é uma maneira de resolver o dilema sobre o Sedna. Quando foi descoberto, em 1930, se pensava que ele era muito maior, e, dessa forma, acreditou-se que se tratava de mais um planeta.
Mas a comunidade de astrônomos não deve receber bem a proposta de diminuir o status de Plutão. Na última vez em que isso foi sugerido, em 1999, muitos se pronunciaram contra a mudança.
Leia mais
Encontrado possível 10º planeta do Sistema Solar
Astrônomos irão reavaliar classificação de planetas
HELEN BRIGGSda BBC
Um grupo de astrônomos vai reavaliar o sistema atual usado para classificar os planetas, depois que cientistas anunciaram ter descoberto o Sedna --que pode ser o décimo planeta do sistema solar.
O grupo da IAU (União Internacional de Astronomia, na sigla em inglês), vai avaliar se o próprio Sedna pode ser classificado como um planeta.
A IAU vai decidir o tamanho mínimo para que um corpo celeste possa ser considerado da mesma "classe" que a Terra, Marte e Júpiter. Enquanto isso, o Sedna não será identificado como tal.
O resultado das discussões pode também derrubar a definição dada a Plutão --considerado por alguns astrônomos pequeno demais para ser considerado um planeta.
Classificação
"Se estivéssemos começando de novo [a identificar os corpos celestes do sistema solar], sem dúvida Plutão não seria classificado como um planeta", disse à BBC o professor Iwan Williams, da IAU.
"Mas temos quase cem anos de crença de que Plutão é um planeta. Dessa forma, a IAU está criando um grupo de trabalho para tentar ponderar o imponderável".
O Sedna, batizado de forma não-oficial com o nome da deusa inuit (um povo indígena do Ártico) dos oceanos, é o último de uma série de corpos celestes com tamanho semelhante ao de Plutão descobertos nos limites do sistema solar.
Baseado na medição da luz refletida pela sua superfície e captada pelos telescópios terrestres, o Sedna seria 25% menor que Plutão.
Muitos astrônomos, como Mike Brown, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) --líder da equipe de pesquisa que descobriu o Sedna-- admite que ele não é um planeta de verdade.
"Planetóide"
Brown prefere chamá-lo de "planetóide", um corpo celeste a meio caminho entre um planeta e um asteróide.
Como outros objetos encontrados nos últimos meses na faixa de entulho espacial nos confins do sistema solar, chamada de Cinturão de Kuiper, o Sedna é muito maior que um asteróide típico.
Alguns acreditam que é apenas uma questão de tempo até que outro corpo celeste maior que Plutão seja encontrado na região.
"Reclassificar" Plutão é uma maneira de resolver o dilema sobre o Sedna. Quando foi descoberto, em 1930, se pensava que ele era muito maior, e, dessa forma, acreditou-se que se tratava de mais um planeta.
Mas a comunidade de astrônomos não deve receber bem a proposta de diminuir o status de Plutão. Na última vez em que isso foi sugerido, em 1999, muitos se pronunciaram contra a mudança.
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