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24/03/2004
-
07h56
da BBC, em Washington
A comissão independente que investiga os acontecimentos em torno dos ataques de 11 de setembro de 2001 vai ouvir nesta quarta-feira o ex-assessor antiterrorismo da Casa Branca Richard Clarke.
A comissão reservou duas horas e meia para ouvir Clarke enquanto os outros depoentes desta terça-feira vão ser questionados por apenas uma hora e meia.
Também vão depor o diretor-geral da CIA (inteligência dos EUA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, George Tenet, o subsecretário de Estado, Richard Armitage, e o ex-conselheiro de Segurança Nacional (durante o mandato de Bill Clinton) Samuel Berger.
Durante as audiências da terça-feira (23), Richard Clarke foi citado diversas vezes, tanto pelos membros da comissão quanto pelas autoridades que estavam depondo por conta do livro que ele acaba de lançar criticando a atuação do governo Bush no combate à Al Qaeda e ao terrorismo.
A comissão destacou as críticas feitas pelo ex-assessor, que serviu na Casa Branca por dez anos até deixar o posto há 13 meses, e todas foram refutadas pelos dois secretários de Bush que depuseram: Colin Powell (Estado) e Donald Rumsfeld (Defesa).
Clarke disse que Bush não levou a sério do risco apresentado pela Al Qaeda e afirmou que, depois, o presidente pediu a ele que encontrasse qualquer coisa que ligasse os ataques de 11 de Setembro ao Iraque.
Mas, segundo o secretário Colin Powell, os membros do governo Bush já discutiam o problema da Al Qaeda antes mesmo da posse do novo presidente e passaram a trabalhar em um plano para "eliminar" a organização completamente.
"Entendemos que as ações pontuais que estavam sendo tomadas contra a Al Qaeda não estavam funcionando e que precisávamos de uma estratégia que acabasse com a rede de uma vez."
O secretário Donald Rumsfeld disse que um plano do governo para combater a Al Qaeda ficou pronto, depois de meses de planejamento, no dia 4 de setembro de 2001, uma semana antes dos ataques a Nova York e Washington.
Os depoimentos desta quarta começam às 9h da manhã (12h de Brasília) com o diretor-geral da CIA, George Tenet, seguido do ex-conselheiro Samuel Berger. Richard Clarke e Richard Armitage fazem seus depoimentos à tarde.
Relatórios
Também serão divulgados dois relatórios com o material colhido por funcionários da comissão em entrevista com funcionários menos graduados dos governos Bush e Clinton e dos Serviços de Inteligência.
A comissão também tentou ouvir a conselheira de Segurança Nacional do presidente Bush, Condoleezza Rice, mas ela não quis depor dizendo que as condições de seu cargo a impediam de participar de um audiência pública.
Rice é assessora direta do presidente e não funcionária do governo aprovada pelo Senado, como os secretários de Estado.
O presidente George W. Bush e o vice-presidente Dick Cheney ainda vão ser ouvidos pela comissão, mas não aceitaram que a audiência fosse pública.
O ex-presidente Bill Clinton e o ex-vice-presidente Al Gore também devem dar depoimentos em sessões privadas.
A comissão ainda tem mais três audiências públicas marcadas para este ano, sendo uma em abril e outra em maio, em Washington, e a última em junho, em Nova York.
Os nomes dos convidados e convocados a depor só será divulgado nos dez dias anteriores a cada uma das audiência.
Ex-assessor que criticou Bush depõe em inquérito do 11/9
PAULO CABRALda BBC, em Washington
A comissão independente que investiga os acontecimentos em torno dos ataques de 11 de setembro de 2001 vai ouvir nesta quarta-feira o ex-assessor antiterrorismo da Casa Branca Richard Clarke.
A comissão reservou duas horas e meia para ouvir Clarke enquanto os outros depoentes desta terça-feira vão ser questionados por apenas uma hora e meia.
Também vão depor o diretor-geral da CIA (inteligência dos EUA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, George Tenet, o subsecretário de Estado, Richard Armitage, e o ex-conselheiro de Segurança Nacional (durante o mandato de Bill Clinton) Samuel Berger.
Durante as audiências da terça-feira (23), Richard Clarke foi citado diversas vezes, tanto pelos membros da comissão quanto pelas autoridades que estavam depondo por conta do livro que ele acaba de lançar criticando a atuação do governo Bush no combate à Al Qaeda e ao terrorismo.
A comissão destacou as críticas feitas pelo ex-assessor, que serviu na Casa Branca por dez anos até deixar o posto há 13 meses, e todas foram refutadas pelos dois secretários de Bush que depuseram: Colin Powell (Estado) e Donald Rumsfeld (Defesa).
Clarke disse que Bush não levou a sério do risco apresentado pela Al Qaeda e afirmou que, depois, o presidente pediu a ele que encontrasse qualquer coisa que ligasse os ataques de 11 de Setembro ao Iraque.
Mas, segundo o secretário Colin Powell, os membros do governo Bush já discutiam o problema da Al Qaeda antes mesmo da posse do novo presidente e passaram a trabalhar em um plano para "eliminar" a organização completamente.
"Entendemos que as ações pontuais que estavam sendo tomadas contra a Al Qaeda não estavam funcionando e que precisávamos de uma estratégia que acabasse com a rede de uma vez."
O secretário Donald Rumsfeld disse que um plano do governo para combater a Al Qaeda ficou pronto, depois de meses de planejamento, no dia 4 de setembro de 2001, uma semana antes dos ataques a Nova York e Washington.
Os depoimentos desta quarta começam às 9h da manhã (12h de Brasília) com o diretor-geral da CIA, George Tenet, seguido do ex-conselheiro Samuel Berger. Richard Clarke e Richard Armitage fazem seus depoimentos à tarde.
Relatórios
Também serão divulgados dois relatórios com o material colhido por funcionários da comissão em entrevista com funcionários menos graduados dos governos Bush e Clinton e dos Serviços de Inteligência.
A comissão também tentou ouvir a conselheira de Segurança Nacional do presidente Bush, Condoleezza Rice, mas ela não quis depor dizendo que as condições de seu cargo a impediam de participar de um audiência pública.
Rice é assessora direta do presidente e não funcionária do governo aprovada pelo Senado, como os secretários de Estado.
O presidente George W. Bush e o vice-presidente Dick Cheney ainda vão ser ouvidos pela comissão, mas não aceitaram que a audiência fosse pública.
O ex-presidente Bill Clinton e o ex-vice-presidente Al Gore também devem dar depoimentos em sessões privadas.
A comissão ainda tem mais três audiências públicas marcadas para este ano, sendo uma em abril e outra em maio, em Washington, e a última em junho, em Nova York.
Os nomes dos convidados e convocados a depor só será divulgado nos dez dias anteriores a cada uma das audiência.
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