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31/03/2004
-
10h45
da BBC, em Londres
O ex-senador e ex-ministro Jarbas Passarinho acredita que o golpe militar de 1964 foi inevitável, diante do temor da sociedade brasileira em relação à ameaça comunista, em plena Guerra Fria.
"O problema é que durou demais. Deveríamos ter deixado o poder e realizado eleições livres em 1973", disse Passarinho em entrevista à BBC Brasil.
A intenção, segundo Passarinho, era que o então presidente Emílio Garrastazu Médici, já no fim do mandato, convocasse eleições e concorresse ao cargo, alterando o status da função com a criação de um primeiro-ministro.
"Ele era um presidente muito popular, a economia ia muito bem", lembra Passarinho, certo de que Médici seria mantido no poder pelo voto popular. Na época ministro da Educação, Passarinho disse que tentou articular a mudança, mas não conseguiu convencer outros membros do governo.
"O ministro Costa Cavalcante veio me procurar em nome do general Figueiredo, já preparando a candidatura do general Ernesto Geisel. Mas, para mim, esse era o momento de entregar", disse.
Golpe 'foi inevitável, mas durou demais', diz Jarbas Passarinho
DENIZE BACOCCINAda BBC, em Londres
O ex-senador e ex-ministro Jarbas Passarinho acredita que o golpe militar de 1964 foi inevitável, diante do temor da sociedade brasileira em relação à ameaça comunista, em plena Guerra Fria.
"O problema é que durou demais. Deveríamos ter deixado o poder e realizado eleições livres em 1973", disse Passarinho em entrevista à BBC Brasil.
A intenção, segundo Passarinho, era que o então presidente Emílio Garrastazu Médici, já no fim do mandato, convocasse eleições e concorresse ao cargo, alterando o status da função com a criação de um primeiro-ministro.
"Ele era um presidente muito popular, a economia ia muito bem", lembra Passarinho, certo de que Médici seria mantido no poder pelo voto popular. Na época ministro da Educação, Passarinho disse que tentou articular a mudança, mas não conseguiu convencer outros membros do governo.
"O ministro Costa Cavalcante veio me procurar em nome do general Figueiredo, já preparando a candidatura do general Ernesto Geisel. Mas, para mim, esse era o momento de entregar", disse.
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