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07/06/2007 - 08h54

ONGs acusam CIA de manter "prisioneiros fantasmas"

da BBC

Um grupo de ONGs americanas pediu que os Estados Unidos revelem o paradeiro de dezenas de pessoas que ainda estariam sendo mantidas pela CIA (agência de inteligência americana) em prisões secretas.

Em um relatório conjunto, seis ONGs de defesa de direitos humanos listam 39 nomes de "prisioneiros fantasmas", pessoas que "sumiram" desde que foram detidas como parte da chamada guerra contra o terror.

A lista foi feita com base em informações obtidas de fontes do governo, da mídia, e durante entrevistas com antigos prisioneiros.

No ano passado, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse que as prisões secretas estavam "vazias".

As organizações de defesa dos direitos humanos, entre elas a Anistia Internacional, a Reprieve, o Centro para Direitos Constitucionais e a Clínica de Direitos Humanos Internacionais da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York, ainda afirmam que crianças podem estar entre os detidos.

"É hora do governo americano abrir o jogo", disse Clive Stafford Smith, diretor jurídico da Reprieve.

"Essas 39 pessoas estão desaparecidas há anos e as evidências mostram que elas passaram por prisões americanas em algum momento. E agora, o que foi feito delas?", interroga o Smith.

Em entrevista à BBC, um dos porta-vozes da CIA disse que a organização age "sob estrito acordo com a lei americana".

"Nossas iniciativas contra o terrorismo são tomadas com muita cautela e têm sido muito eficientes para desbaratar planos e salvar vidas", disse o porta-voz da CIA Paul Gimgliano.

Rendições extraordinárias

De acordo com as ONGs, os suspeitos de terrorismo foram detidos em países como Paquistão, Irã, Iraque, Sudão e Somália e teriam sido levados "em rendições extraordinárias" às prisões secretas americanas.

Um relatório divulgado no início do ano por um comitê do Parlamento europeu revelou que cerca de mil vôos realizados pela CIA cruzaram o espaço aéreo europeu desde os ataques de 11 de setembro.

No mês passado, um grupo de liberdades civis nos EUA processou uma das subsidiárias da Boeing por supostamente ajudar a CIA a transportar suspeitos para prisões secretas.

Em setembro de 2006, Bush disse que 14 prisioneiros foram mantidos em prisões secretas pela CIA e submetidos a interrogatórios "duros" mas "dentro da lei e necessários".

Ele disse que esses prisioneiros tinham sido transferidos para a prisão militar de Guantánamo (em Cuba) e que a CIA não estava mais mantendo suspeitos de terrorismo

 

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