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Prefeito eleito de Buenos Aires diz que se identifica com FHC
MARCIA CARMO
da BBC, de Buenos Aires
O prefeito eleito de Buenos Aires, Mauricio Macri, disse nesta quarta-feira que se "identifica" com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e não com o presidente Lula.
"A qualidade de gestão de Cardoso era melhor, e seu governo tinha melhores quadros", disse. "E, apesar de o contexto internacional ser hoje muito superior ao que teve a administração de Cardoso, Lula tem mais problemas de gestão, de gastos e seu governo tem um nível de investimentos proporcionalmente menor do que o do ex-presidente."
Macri, que assume o cargo em 10 de dezembro, disse ainda que a administração de Fernando Henrique Cardoso foi "mais lógica" e que nela houve "menos corrupção" do que no atual governo.
O argentino afirmou também que admira a equipe de Lula por ter "mantido a luta" pelo superávit fiscal, pelas "boas relações" do Brasil com o mundo e por ter promovido a "unificação" das mensagens dos governos passado e atual. Mas ainda assim, destacou, ainda considera a gestão de FHC melhor do que a de Lula.
Violência pública
O prefeito eleito fez as declarações durante uma coletiva com correspondentes estrangeiros na sede do seu partido político, o PRO.
Macri disse que admira o trabalho realizado em algumas cidades brasileiras, como Curitiba. Na semana passada, ele se reuniu, em Buenos Aires, com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, com quem, segundo assessores, conversou sobre o combate à violência.
"A segurança no Brasil é um tema crítico, de anos. Não é como a Argentina, que tinha boa gestão de segurança e, agora, a tendência é caminhar para a magnitude que tem o Rio de Janeiro ou São Paulo", disse.
Para Macri, no Brasil, as autoridades se deram conta de que a droga é um dos principais problemas. "É uma coisa que destrói o tecido social e abre espaço para o delito. Vamos ver como Rio e São Paulo vão avançar no assunto e talvez ver o que podemos [copiar] aqui."
Oposição
Macri foi eleito no último domingo, em segundo turno, e passou a ser definido pela imprensa argentina e por analistas como um dos principais líderes da oposição ao presidente Néstor Kirchner.
Ele derrotou o ministro da educação, Daniel Filmus, candidato de Kirchner à prefeitura de Buenos Aires, por uma diferença de cerca de 20% dos votos.
Kirchner receberia Macri para um primeiro encontro, na Casa Rosada (sede da Presidência da Republica), nesta quarta-feira.
Mas o prefeito deixou claro, durante a entrevista, que pretende continuar se diferenciando do presidente.
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