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27/06/2007 - 17h50

Prefeito eleito de Buenos Aires diz que se identifica com FHC

MARCIA CARMO
da BBC, de Buenos Aires

O prefeito eleito de Buenos Aires, Mauricio Macri, disse nesta quarta-feira que se "identifica" com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e não com o presidente Lula.

"A qualidade de gestão de Cardoso era melhor, e seu governo tinha melhores quadros", disse. "E, apesar de o contexto internacional ser hoje muito superior ao que teve a administração de Cardoso, Lula tem mais problemas de gestão, de gastos e seu governo tem um nível de investimentos proporcionalmente menor do que o do ex-presidente."

Macri, que assume o cargo em 10 de dezembro, disse ainda que a administração de Fernando Henrique Cardoso foi "mais lógica" e que nela houve "menos corrupção" do que no atual governo.

O argentino afirmou também que admira a equipe de Lula por ter "mantido a luta" pelo superávit fiscal, pelas "boas relações" do Brasil com o mundo e por ter promovido a "unificação" das mensagens dos governos passado e atual. Mas ainda assim, destacou, ainda considera a gestão de FHC melhor do que a de Lula.

Violência pública

O prefeito eleito fez as declarações durante uma coletiva com correspondentes estrangeiros na sede do seu partido político, o PRO.

Macri disse que admira o trabalho realizado em algumas cidades brasileiras, como Curitiba. Na semana passada, ele se reuniu, em Buenos Aires, com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, com quem, segundo assessores, conversou sobre o combate à violência.

"A segurança no Brasil é um tema crítico, de anos. Não é como a Argentina, que tinha boa gestão de segurança e, agora, a tendência é caminhar para a magnitude que tem o Rio de Janeiro ou São Paulo", disse.

Para Macri, no Brasil, as autoridades se deram conta de que a droga é um dos principais problemas. "É uma coisa que destrói o tecido social e abre espaço para o delito. Vamos ver como Rio e São Paulo vão avançar no assunto e talvez ver o que podemos [copiar] aqui."

Oposição

Macri foi eleito no último domingo, em segundo turno, e passou a ser definido pela imprensa argentina e por analistas como um dos principais líderes da oposição ao presidente Néstor Kirchner.

Ele derrotou o ministro da educação, Daniel Filmus, candidato de Kirchner à prefeitura de Buenos Aires, por uma diferença de cerca de 20% dos votos.

Kirchner receberia Macri para um primeiro encontro, na Casa Rosada (sede da Presidência da Republica), nesta quarta-feira.

Mas o prefeito deixou claro, durante a entrevista, que pretende continuar se diferenciando do presidente.

 

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