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23/04/2004 - 09h52

Unicef cobra ação contra tráfico de pessoas na África

IMOUGEN FOULKES
da BBC, em Genebra

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou um relatório nesta sexta-feira, em uma reunião de ministros africanos em Benin, na África Ocidental, no qual afirma que o tráfico de seres humanos é um problema em quase todos os países africanos.

Segundo a Unicef, o objetivo do relatório é garantir a adoção de um plano de ação para combater o tráfico -- que coloque o direito das crianças no centro de todas as futuras políticas para estes países.

O documento, que inclui dados sobre 53 países africanos, diz que as crianças são as maiores vítimas de um fenômeno muito complexo. Na África, segundo o estudo, a probabilidade de crianças serem alvos de tráfico é duas vezes maior do que de mulheres.

O texto descreve como as pessoas são forçadas à escravidão, recrutadas como crianças soldados ou vendidas para redes de prostituição. Pobreza, migração e conflitos também são fatores que levam ao tráfico, de acordo com o estudo.

Complexidade

O documento revela que, em 89% dos países, há tráfico com os países vizinhos, mas em 34% existe tráfico de seres humanos também com a Europa.

O tráfico de pessoas freqüentemente é regional, mas costuma ocorrer nas duas direções, segundo o relatório. Dos países pesquisados, 26% disseram que o tráfico estava sendo direcionado para o Oriente Médio.

A Nigéria, por exemplo, recebeu pessoas via tráfico de 12 países africanos, e foram encontrados nigerianos também nessa posição em uma dúzia de países.

O diretor do relatório, Andrea Rossi, disse que o "tráfico é uma questão complexa" com muitas causas.

"O tráfico pode começar como escravidão, mulheres e crianças são vendidas, mas também pode começar como um processo de migração, em que crianças querem mudar de lugar", disse Rossi.

"A única forma de elas se mudarem --porque, por exemplo, é ilegal ou é difícil --a única opção que elas têm é através do caminho do tráfico."
 

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