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13/07/2004
-
20h42
da BBC Brasil, em Buenos Aires
O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, disse nesta terça-feira que não há uma guerra comercial entre seu país e o Brasil --apesar das informações de que empresários argentinos querem ampliar a lista de produtos brasileiros que poderiam passar a ter mais dificuldades para entrar na Argentina.
Falando à BBC Brasil, empresários da União Industrial Argentina (UIA) adiantaram que pensam em propor restrições à importação de pelo menos 11 produtos fabricados no Brasil, além de eletrodomésticos --cujas barreiras foram anunciadas pela Argentina na semana passada.
O empresário Carlos Bueno, que é do setor de calçados e da comissão diretiva da UIA, confirmou que essa lista inclui carros, motocicletas, bicicletas, papel, carne de porco, sapatos, autopeças, componentes metalúrgicos e indumentária.
"Há medidas legais e inclusive o Brasil possui portaria que permite que três mil produtos adotem medidas não automáticas de importação", afirmou Lavagna, referindo-se à medida burocrática anunciada pelo governo argentino contra a entrada de eletrodomésticos brasileiros.
Sobressaltos
O ministro disse que espera que as medidas sejam suspensas a partir de um acordo entre a iniciativa privada dos dois países.
No caso dos automóveis, não existe disposição das montadoras de transferir do Brasil para a Argentina a fabricação de carros pequenos, os mais consumidos pela classe média, como deseja Lavagna.
Segundo dados preliminares da Associação das Concessionárias Argentinas, cerca de 60% dos carros vendidos no país são de origem brasileira.
Na opinião de Carlos Bueno, os problemas comerciais entre os dois países não são setoriais, mas macroeconômicos.
Ele lembrou que o Brasil produz em maior escala que a Argentina, que os salários dos argentinos costumam ser mais altos que os dos brasileiros e os empresários contam com apoio e promoção industrial dos Estados, principalmente no Nordeste.
Lavagna nega guerra comercial com Brasil
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em Buenos Aires
O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, disse nesta terça-feira que não há uma guerra comercial entre seu país e o Brasil --apesar das informações de que empresários argentinos querem ampliar a lista de produtos brasileiros que poderiam passar a ter mais dificuldades para entrar na Argentina.
Falando à BBC Brasil, empresários da União Industrial Argentina (UIA) adiantaram que pensam em propor restrições à importação de pelo menos 11 produtos fabricados no Brasil, além de eletrodomésticos --cujas barreiras foram anunciadas pela Argentina na semana passada.
O empresário Carlos Bueno, que é do setor de calçados e da comissão diretiva da UIA, confirmou que essa lista inclui carros, motocicletas, bicicletas, papel, carne de porco, sapatos, autopeças, componentes metalúrgicos e indumentária.
"Há medidas legais e inclusive o Brasil possui portaria que permite que três mil produtos adotem medidas não automáticas de importação", afirmou Lavagna, referindo-se à medida burocrática anunciada pelo governo argentino contra a entrada de eletrodomésticos brasileiros.
Sobressaltos
O ministro disse que espera que as medidas sejam suspensas a partir de um acordo entre a iniciativa privada dos dois países.
No caso dos automóveis, não existe disposição das montadoras de transferir do Brasil para a Argentina a fabricação de carros pequenos, os mais consumidos pela classe média, como deseja Lavagna.
Segundo dados preliminares da Associação das Concessionárias Argentinas, cerca de 60% dos carros vendidos no país são de origem brasileira.
Na opinião de Carlos Bueno, os problemas comerciais entre os dois países não são setoriais, mas macroeconômicos.
Ele lembrou que o Brasil produz em maior escala que a Argentina, que os salários dos argentinos costumam ser mais altos que os dos brasileiros e os empresários contam com apoio e promoção industrial dos Estados, principalmente no Nordeste.
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