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06/08/2004
-
10h38
da BBC, em Washington
O aumento nos programas de vigilância comunitária nos Estados Unidos é um dos fatores mais citados por especialistas entre as razões para a queda nos índices de criminalidade no país.
As iniciativas do tipo exigem que os próprios moradores de uma área se envolvam diretamente na promoção da segurança na comunidade.
A idéia é ter a população atenta para o que possa estar acontecendo de errado e com um canal de comunicação rápido com as autoridades, para que os problemas sejam resolvidos imediatamente.
"Uma das coisas mais importantes da vigilância comunitária é fazer toda a comunidade entender que quanto mais rápido a sociedade reagir, mais fácil e seguro prevenir o crime", diz o diretor-executivo da ONG Vigilância Jovem contra o Crime (Youth Crime Watch, em inglês), Terry Modglin.
"Isso vale tanto para uma denúncia anônima contra um criminoso até um alerta para que as autoridades instalem iluminação em uma rua escura."
A organização trabalha com jovens em escolas de 42 Estados americanos e outros sete países, incluindo o Brasil.
Jovens contra o crime
Terry Modglin conta que, no Brasil, o programa está nos Estados de Pernambuco e Paraná, com o nome de Jovens contra o Crime, e em São Paulo, chamado de Jovens Construindo a Cidadania.
"No Brasil, vimos experiências muito interessantes de contato entre policiais e jovens nas escolas. A abertura de um canal de comunicação está reduzindo a desconfiança que muitos jovens têm das autoridades e ajudando policiais a entender melhor as pessoas que eles têm de proteger", diz Modglin.
O diretor da ONG admite que, principalmente em comunidades pobres, o medo de represálias torna mais difícil convencer as pessoas a fazer denúncias.
"É por isso que enfatizamos a importância da denúncia anônima e da ação rápida, antes que um pequeno problema se torne uma situação muito perigosa", afirma.
Ambiente
Modglin diz que o simples fato de os jovens se mobilizarem contra o crime já melhora o ambiente e o moral em muitas comunidades.
"Um dos resultados é que o clima para ensinar e aprender nas escolas fica muito melhor. E, a longo prazo, isto também ajuda a reduzir os índices de criminalidade", diz Modglin.
O diretor da ONG diz que um dos melhores exemplos do programa em funcionamento foi observado em uma escola na Flórida.
"No ano de introdução do programa de vigilância jovem na escola, 22 alunos foram presos por porte de arma. No ano seguinte, apenas um foi detido e, dois anos depois, mais nenhum", comemora.
"Os problemas de venda de drogas e de pichação na escola também foram praticamente eliminados."
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre combate ao crime nos EUA
Vigilância comunitária ajuda a combater crime nos EUA
PAULO CABRALda BBC, em Washington
O aumento nos programas de vigilância comunitária nos Estados Unidos é um dos fatores mais citados por especialistas entre as razões para a queda nos índices de criminalidade no país.
As iniciativas do tipo exigem que os próprios moradores de uma área se envolvam diretamente na promoção da segurança na comunidade.
A idéia é ter a população atenta para o que possa estar acontecendo de errado e com um canal de comunicação rápido com as autoridades, para que os problemas sejam resolvidos imediatamente.
"Uma das coisas mais importantes da vigilância comunitária é fazer toda a comunidade entender que quanto mais rápido a sociedade reagir, mais fácil e seguro prevenir o crime", diz o diretor-executivo da ONG Vigilância Jovem contra o Crime (Youth Crime Watch, em inglês), Terry Modglin.
"Isso vale tanto para uma denúncia anônima contra um criminoso até um alerta para que as autoridades instalem iluminação em uma rua escura."
A organização trabalha com jovens em escolas de 42 Estados americanos e outros sete países, incluindo o Brasil.
Jovens contra o crime
Terry Modglin conta que, no Brasil, o programa está nos Estados de Pernambuco e Paraná, com o nome de Jovens contra o Crime, e em São Paulo, chamado de Jovens Construindo a Cidadania.
"No Brasil, vimos experiências muito interessantes de contato entre policiais e jovens nas escolas. A abertura de um canal de comunicação está reduzindo a desconfiança que muitos jovens têm das autoridades e ajudando policiais a entender melhor as pessoas que eles têm de proteger", diz Modglin.
O diretor da ONG admite que, principalmente em comunidades pobres, o medo de represálias torna mais difícil convencer as pessoas a fazer denúncias.
"É por isso que enfatizamos a importância da denúncia anônima e da ação rápida, antes que um pequeno problema se torne uma situação muito perigosa", afirma.
Ambiente
Modglin diz que o simples fato de os jovens se mobilizarem contra o crime já melhora o ambiente e o moral em muitas comunidades.
"Um dos resultados é que o clima para ensinar e aprender nas escolas fica muito melhor. E, a longo prazo, isto também ajuda a reduzir os índices de criminalidade", diz Modglin.
O diretor da ONG diz que um dos melhores exemplos do programa em funcionamento foi observado em uma escola na Flórida.
"No ano de introdução do programa de vigilância jovem na escola, 22 alunos foram presos por porte de arma. No ano seguinte, apenas um foi detido e, dois anos depois, mais nenhum", comemora.
"Os problemas de venda de drogas e de pichação na escola também foram praticamente eliminados."
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