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28/10/2007 - 19h01

Iraque adverte Turquia sobre possível incursão militar

da BBC Brasil

O ministro do Exterior do Iraque, Hoshyar Zebari, advertiu a Turquia de que uma incursão militar contra a guerrilha curda baseada no norte do Iraque poderá ter sérias conseqüências.

Zebari disse que a crise atual é extremamente séria e acusou a Turquia de não procurar uma solução pacífica.

Ele disse que a Turquia não demonstrou nenhum interesse nas propostas iraquianas para acalmar a situação.

A Turquia enviou 100 mil soldados para perto da fronteira e está ameaçando atacar os militantes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) no norte do Iraque.

A guerrilha costuma atacar soldados turcos e é acusada pelo governo turco de usar a região curda semi-autônoma do norte do Iraque como um refúgio.

Zebari disse que a Turquia exigiu que o Iraque entregasse os líderes do PKK, mas ele afirmou que seria impossível.

"Eles não estão sob nosso controle de fato. Eles estão armados, nas montanhas", disse ele.
O ministro afirmou que não há nada impedindo que as autoridades turcas ajam contra as bases do PKK nas montanhas da fronteira.

A concentração dos cerca de cem mil soldados na região, com tanques e outros armamentos pesados, despertou o medo de que os turcos estariam preparando algo maior, agindo em áreas mais distantes da fronteira, disse Zebari.

Uma ação dessas teria conseqüências desastrosas'para a estabilidade dos dois países e em toda a região, afirmou.

"Seria uma decisão unilateral e é por isso que as pessoas estão resistindo", afirmou Zebari.

"É por isso que todo o governo do Iraque e todo o povo do Iraque está unido para não ver sua soberania, sua integridade territorial, minada por um país amigo vizinho", disse o iraquiano.

O correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir, disse que há medo de uma colisão entre tropas turcas e as forças curdas iraquianas, que controlam a região.

O norte do Iraque é uma região curda semi-autônoma, liderada pelo governo regional curdo de Masoud Barzani.

Falando à rede de TV Al Jazeera, Barzani insistiu que não vai entregar ninguém à Turquia, mas acrescentou que também não vai deixar que a região seja usada como base para um grupo rebelde.

 

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