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12/08/2004
-
14h33
da BBC Brasil
Ao mesmo tempo em que os organizadores da Olimpíada estão sendo acusados de terem iniciado seus preparativos com atraso, a equipe que cuida da parte tecnológica vem trabalhando duro nos últimos três anos e meio para que a infra-estrutura do evento não apresente problemas.
Antes que a neve dos Jogos de Inverno de Salt Lake tivesse derretido, em 2002, os primeiros técnicos já estavam em ação em Atenas.
Eles agora já somam 3,4 mil cuja maior responsabilidade é divulgar os resultados das Olimpíadas para jornalistas e o público.
"Os resultados são, de longe, a parte mais importante do que fazemos", disse Jean Chevallier, da empresa Atos Origin, responsável pela tecnologia não só em Atenas, mas também da Olimpíada de Inverno em Torino (2006) e dos Jogos de Verão de Pequim (2008).
Rapidez
A empresa construiu sua própria "acrópole", o Centro de Operações Tecnológicas, que será a central nervosa do evento.
No centro, 20 grandes monitores eletrônicos mantém os técnicos continuamente informados sobre o que acontece e os alertam para qualquer falha.
Um mapa digital de Atenas aponta quais locais estão sendo usados para eventos e qual a tecnologia usada em cada um.
Com a estimativa de quatro bilhões de telespectadores, é essencial que informações sobre atletas e resultados estejam disponíveis de maneira fácil e imediata.
Praia
A Atos desenvolveu um sistema que permite que os resultados estejam disponíveis em uma fração de segundo, antes mesmo que seja possível escutar os aplausos da torcida.
Os 21,5 mil jornalistas que cobrem os Jogos terão acesso a 1,5 mil terrminais em 20 locais.
A logística atrás da instalação de 10,5 computadores e 900 servidores em 62 locais não pode ser subestimada. Mesmo que a equipe de técnicos esteja agora em uma fase mais tranqüila, não existe tempo para relaxar, afirma Chevallier.
"Você sempre tem que realizar mais testes, não é como se tivéssemos percebido há dois meses que estava tudo pronto e fomos para a praia", diz ele.
Invisibilidade
Também disponível para os repórteres, atletas e membros do Comitê Olímpico Internacional é a Info2004, uma intranet com mais de 50 mil páginas de informação, 11 mil biografias e resultados históricos desde a primeira Olimpíada dos tempos modernos, de 1896.
Fazer com que os Jogos aconteçam sem problemas é outra das tarefas da equipe. Mais de 20 atletas, treinadores, oficiais, funcionários e voluntários estão registrados e uma identificação com foto foi feita para cada um.
O sistema coordenação do transporte dos atletas também fica a cargo da empresa.
Para evitar qualquer risco, a empresa decidiu não usar tecnologia sem fio, já que "o risco de freqüencias irregulares bagunçarem o nosso sistema era uma opção que não pensamos em correr", disse Chevallier.
Ao contrário dos atletas que brigam para ocupar o centro das atenções e serem coroados com ouro, o sucesso da empresa vai ser medido pela invisibilidade.
"Quanto menos se ouvir sobre nós, melhor. Se a imprensa falar muto de nós, é porque algo deu errado", diz ele.
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre os Jogos Olímpicos de Atenas
Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
Divulgação de dados emprega 3,4 mil na Olimpíada
JANE WAKEFIELDda BBC Brasil
Ao mesmo tempo em que os organizadores da Olimpíada estão sendo acusados de terem iniciado seus preparativos com atraso, a equipe que cuida da parte tecnológica vem trabalhando duro nos últimos três anos e meio para que a infra-estrutura do evento não apresente problemas.
Antes que a neve dos Jogos de Inverno de Salt Lake tivesse derretido, em 2002, os primeiros técnicos já estavam em ação em Atenas.
Eles agora já somam 3,4 mil cuja maior responsabilidade é divulgar os resultados das Olimpíadas para jornalistas e o público.
"Os resultados são, de longe, a parte mais importante do que fazemos", disse Jean Chevallier, da empresa Atos Origin, responsável pela tecnologia não só em Atenas, mas também da Olimpíada de Inverno em Torino (2006) e dos Jogos de Verão de Pequim (2008).
Rapidez
A empresa construiu sua própria "acrópole", o Centro de Operações Tecnológicas, que será a central nervosa do evento.
No centro, 20 grandes monitores eletrônicos mantém os técnicos continuamente informados sobre o que acontece e os alertam para qualquer falha.
Um mapa digital de Atenas aponta quais locais estão sendo usados para eventos e qual a tecnologia usada em cada um.
Com a estimativa de quatro bilhões de telespectadores, é essencial que informações sobre atletas e resultados estejam disponíveis de maneira fácil e imediata.
Praia
A Atos desenvolveu um sistema que permite que os resultados estejam disponíveis em uma fração de segundo, antes mesmo que seja possível escutar os aplausos da torcida.
Os 21,5 mil jornalistas que cobrem os Jogos terão acesso a 1,5 mil terrminais em 20 locais.
A logística atrás da instalação de 10,5 computadores e 900 servidores em 62 locais não pode ser subestimada. Mesmo que a equipe de técnicos esteja agora em uma fase mais tranqüila, não existe tempo para relaxar, afirma Chevallier.
"Você sempre tem que realizar mais testes, não é como se tivéssemos percebido há dois meses que estava tudo pronto e fomos para a praia", diz ele.
Invisibilidade
Também disponível para os repórteres, atletas e membros do Comitê Olímpico Internacional é a Info2004, uma intranet com mais de 50 mil páginas de informação, 11 mil biografias e resultados históricos desde a primeira Olimpíada dos tempos modernos, de 1896.
Fazer com que os Jogos aconteçam sem problemas é outra das tarefas da equipe. Mais de 20 atletas, treinadores, oficiais, funcionários e voluntários estão registrados e uma identificação com foto foi feita para cada um.
O sistema coordenação do transporte dos atletas também fica a cargo da empresa.
Para evitar qualquer risco, a empresa decidiu não usar tecnologia sem fio, já que "o risco de freqüencias irregulares bagunçarem o nosso sistema era uma opção que não pensamos em correr", disse Chevallier.
Ao contrário dos atletas que brigam para ocupar o centro das atenções e serem coroados com ouro, o sucesso da empresa vai ser medido pela invisibilidade.
"Quanto menos se ouvir sobre nós, melhor. Se a imprensa falar muto de nós, é porque algo deu errado", diz ele.
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