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17/08/2004
-
13h30
da BBC, em Caracas
O presidente da Junta Nacional Eleitoral da Venezuela, Jorge Rodríguez, descartou nesta terça-feira a possibilidade de uma contagem manual dos votos do referendo sobre o mandato do presidente Hugo Chávez, como pede a oposição.
Segundo Rodríguez, os papéis produzidos pelas urnas eletrônicas não têm valor legal. Durante a votação de domingo, as urnas eletrônicas imprimiam uma espécie de recibo para o eleitor, com a opção "sim" (contra Chávez) ou "não" (a favor), que era depositado em uma urna na zona eleitoral.
Essas urnas estão guardadas agora, principalmente, em quartéis do Exército. A oposição quer a verificação de todos esses 'recibos' impressos (os votos devem passar dos 10 milhões), para confrontá-los com o resultado oficial da votação.
Jesus Torrealba, um dos porta-vozes do grupo, afirma que a oposição pede a adoção de três medidas: a primeira é que as urnas físicas sejam retiradas dos quartéis e enviadas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE); a segundo, que se faça a recontagem total dos votos; e a terceira, que seja realizada uma auditoria nas urnas eletrônicas, que já estava prevista para ocorrer.
Lista
Mais de 19 mil urnas foram utilizadas, e a expectativa é que se faça uma auditoria em 1% delas. "Achamos que isso é necessário porque temos sérias dúvidas sobre o resultado das eleições", afirmou Torrealba.
Jorge Rodríguez afirmou que a junta eleitoral está disposta a realizar "qualquer auditoria nas urnas ou nos processos".
Segundo o mais recente boletim eleitoral divulgado pelo CNE, na tarde de segunda-feira, depois de 74% das atas de votação [documento físico produzido nas zonas eleitorais] apuradas, o que representa 8.502.114 votos, Chávez recebeu 4.917.279 votos (57,8%), e a oposição, 3.584.835 votos (42,2%).
O principal argumento da oposição é que várias pesquisas de boca-de-urna indicavam, durante o domingo, uma vitória do "sim" contra Chávez.
"O mais estranho é a disparidade entre as pesquisas e o resultado do CNE", afirmou Torrealba.
Aprovação
Os dois principais grupos de observadores internacionais que supervisionaram o referendo na Venezuela disseram na segunda-feira que concordam com os números oficiais que apontaram a vitória do presidente Chávez.
"Segundo as análises de nossas próprias fontes, temos condições de dizer que as nossas informações coincidem com os resultados parciais anunciados nesta madrugada", disse o ex-presidente americano Jimmy Carter (1977-1981), representante do Centro Carter, e um dos mais importantes observadores da votação.
"Não encontramos nenhum elemento de fraude no processo", disse o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria.
Em seu discurso de vitória, Chávez disse que convidava "todos os venezuelanos a reconhecerem isso (o referendo), porque esta é a lei suprema".
Nesta terça-feira, parte da liderança da oposição decidiu não chamar manifestações de rua, embora alguns membros da Coordenação Democrática, que concentra mais de 30 grupos oposicionistas diferentes, tenham convocado seus simpatizantes a se manifestarem publicamente.
Ontem uma manifestação de opositores acabou com tiros e pelo menos oito feridos.
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EDSON PORTOda BBC, em Caracas
O presidente da Junta Nacional Eleitoral da Venezuela, Jorge Rodríguez, descartou nesta terça-feira a possibilidade de uma contagem manual dos votos do referendo sobre o mandato do presidente Hugo Chávez, como pede a oposição.
Segundo Rodríguez, os papéis produzidos pelas urnas eletrônicas não têm valor legal. Durante a votação de domingo, as urnas eletrônicas imprimiam uma espécie de recibo para o eleitor, com a opção "sim" (contra Chávez) ou "não" (a favor), que era depositado em uma urna na zona eleitoral.
Essas urnas estão guardadas agora, principalmente, em quartéis do Exército. A oposição quer a verificação de todos esses 'recibos' impressos (os votos devem passar dos 10 milhões), para confrontá-los com o resultado oficial da votação.
Jesus Torrealba, um dos porta-vozes do grupo, afirma que a oposição pede a adoção de três medidas: a primeira é que as urnas físicas sejam retiradas dos quartéis e enviadas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE); a segundo, que se faça a recontagem total dos votos; e a terceira, que seja realizada uma auditoria nas urnas eletrônicas, que já estava prevista para ocorrer.
Lista
Mais de 19 mil urnas foram utilizadas, e a expectativa é que se faça uma auditoria em 1% delas. "Achamos que isso é necessário porque temos sérias dúvidas sobre o resultado das eleições", afirmou Torrealba.
Jorge Rodríguez afirmou que a junta eleitoral está disposta a realizar "qualquer auditoria nas urnas ou nos processos".
Segundo o mais recente boletim eleitoral divulgado pelo CNE, na tarde de segunda-feira, depois de 74% das atas de votação [documento físico produzido nas zonas eleitorais] apuradas, o que representa 8.502.114 votos, Chávez recebeu 4.917.279 votos (57,8%), e a oposição, 3.584.835 votos (42,2%).
O principal argumento da oposição é que várias pesquisas de boca-de-urna indicavam, durante o domingo, uma vitória do "sim" contra Chávez.
"O mais estranho é a disparidade entre as pesquisas e o resultado do CNE", afirmou Torrealba.
Aprovação
Os dois principais grupos de observadores internacionais que supervisionaram o referendo na Venezuela disseram na segunda-feira que concordam com os números oficiais que apontaram a vitória do presidente Chávez.
"Segundo as análises de nossas próprias fontes, temos condições de dizer que as nossas informações coincidem com os resultados parciais anunciados nesta madrugada", disse o ex-presidente americano Jimmy Carter (1977-1981), representante do Centro Carter, e um dos mais importantes observadores da votação.
"Não encontramos nenhum elemento de fraude no processo", disse o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria.
Em seu discurso de vitória, Chávez disse que convidava "todos os venezuelanos a reconhecerem isso (o referendo), porque esta é a lei suprema".
Nesta terça-feira, parte da liderança da oposição decidiu não chamar manifestações de rua, embora alguns membros da Coordenação Democrática, que concentra mais de 30 grupos oposicionistas diferentes, tenham convocado seus simpatizantes a se manifestarem publicamente.
Ontem uma manifestação de opositores acabou com tiros e pelo menos oito feridos.
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