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11/11/2007 - 22h15

Grupo paramilitar "renuncia às armas" na Irlanda do Norte

da BBC Brasil

O maior grupo paramilitar da Irlanda do Norte, a Associação de Defesa do Ulster (UDA, na sigla em inglês), anunciou que renunciará à luta armada a partir da meia-noite deste domingo.

"A guerra terminou, e estamos agora em um novo período democrático que levará à estabilidade política", disse o grupo protestante unionista (favorável à união com a Grã-Bretanha), em um comunicado lido em Belfast.

A UDA afirmou, entretanto, que as armas não serão destruídas. Um porta-voz do grupo disse que "90% das pessoas na comunidade dos unionistas não quer o desarmamento".

"Acreditamos que os partidos políticos e as instituições políticas estão eles mesmos ainda em um período de transição", disse o comunicado.

O anúncio foi feito uma semana depois que o governo britânico ameaçou bloquear fundos repassados a instituições unionistas se a UDA não renunciasse às armas.

Em 2005, o Exército Republicano Irlandês (IRA, sigla em inglês), o maior braço armado dos nacionalistas - católicos que defendem a incorporação da Irlanda do Norte à vizinha República da Irlanda - renunciou às armas e prometeu nunca retomar sua violenta campanha separatista.

Desde maio, a Irlanda do Norte vem sendo governada por um gabinete formado pelos antigos rivais.

Quatrocentos anos de disputas se refletem até na maneira como a região é denominada. Os unionistas, protestantes e favoráveis à união com a Grã-Bretanha, chamam a Irlanda do Norte de "Ulster" ou de "condado" (subentende-se que britânico).

Já os católicos nacionalistas se referem a ela como o "norte da Irlanda" (já que a Irlanda do Norte faz fronteira terrestre com a República da Irlanda) ou como "seis condados" (que eles consideram irmanados com os outros 26 da República da Irlanda).

Neste domingo, a secretária britânica de Desenvolvimento Social, Margaret Ritchie, que havia ameaçado com o corte de repasses às instituições unionistas, divulgou um comunicado em que afirmou: "Louvamos os aspectos positivos da declaração, mas é desapontador que ainda não exista intenção da UDA de se desarmar".

 

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