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27/08/2004 - 16h00

Quênia usará radiação nuclear contra mosca da doença do sono

da BBC Brasil

O Quênia vai usar radição nuclear para esterilizar e tentar erradicar as moscas tsé-tsé, que transmitem a doença do sono.

Embora seja um processo caro e potencialmente perigoso, o diretor do Instituto de Pesquisa de Tripanosomíase do Quênia, Joseph Ndongu, defendeu o programa.

"Vale a pena correr o risco, especialmente quando se pensa que este é um flagelo que há séculos ameaça muitas pessoas, e causou tantas perdas humanas, tantos prejuízos à produtividade", disse ele.

A técnica já apresentou resultados positivos em Zanzibar, e também teve eficácia na erradicação do uma praga que atacava rebanhos de ovelho na Líbia.

As moscas tsé-tsé, endêmicas em 36 países africanos, hospedam parasitas monocelulares chamados tripanossomas. Quando uma mosca morde um mamífero, os parasitas invadem sua corrente sangüínea.

Nos seres humanos, isto pode provocar uma anemia que leva à debilidade do organismo. Estima-se que mais de 500 mil africanos estejam infectados.

As vítimas afetam, majoritariamente, a população rural, onde diagnóstico médico é raro e a causa de morte, com freqüência, não fica totalmente esclarecida.

Dez milhões de quilômetros quadrados nas ricas pastagens e terras aráveis mais férteis na região subsaariana da África estão infestadas com a mosca.

Como as únicas células que se dividem continuamente na mosca adulta do sexo masculino são os espermatozóides, a mosca não sofrerá danos - mas a radiação rompe os cromossomos no esperma, tornando-a geneticamente estéril e incapaz de se reproduzir.

Quando uma mosca do sexo feminino tem relações sexuais com um macho da espécie, ela supõe que está fertil e não se acasalará novamente pelo resto da vida.

Como resultado disso, a população de moscas pode, potencialmente, diminuir bastante.

Mas há sérias dúvidas se a eficácia da técnica é grande o suficiente para justificar os custos.
 

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