Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/09/2004 - 14h26

Furacão na Flórida deixa até 4 milhões de pessoas sem luz

RAFAEL GOMEZ
da BBC Brasil, em Miami

Até 4 milhões de pessoas estão sem luz na Flórida, de acordo com redes de TV locais, sofrendo os efeitos da chegada do furacão Frances ao Estado americano.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou a Flórida como área de desastre.

Com isso, a região pode ter acesso a recursos especiais da União, entre eles, para abrigos de emergência e empréstimos a baixo custo para cobrir os prejuízos de perdas não seguradas.

Após percorrer parte da Flórida, o furacão começou a perder força e foi rebaixado de categoria 2 para categoria 1 (ventos de até 144 km/h com eventuais rajadas mais fortes).

Nova tormenta

Mas o alívio dos americanos pode durar pouco: uma nova tempestade tropical (chamada de Ivan) está se formando no oceano Atlântico e os meteorologistas dizem haver grandes chances de ela virar um novo furacão.

A nova tormenta está a mais de 2 mil km das ilhas do Caribe oriental e deve chegar ao Caribe central dentro de seis dias.

Por volta das 12h desta domingo (horário de Brasília), a tempestade atingiu Orlando, sem provocar muitos prejuízos estruturais.

Mais de 40 mil ficaram sem luz na cidade --a queda de árvores rompeu muitas linhas de energia.

O olho do furacão atingiu o continente antes da 1h local (2h em Brasília), na cidade de Stuart, a cerca de 65 km ao norte de Palm Beach.

É nessa região que os piores efeitos do furacão estão sendo sentidos. As emissoras de TV locais mostram árvores derrubadas pelos ventos que chegaram aos 160 km/h, além de chuvas torrenciais que já provocam inundações.

Há muitos galhos, folhas de palmeira, pedaços de madeira e outros detritos nas ruas, e alguns municípios, como Fort Lauderdale, impuseram um toque de recolher.

Na região mais abalada pelo Frances, telhados de casas foram arrancados pelos fortes ventos, assim como placas de trânsito.

Vasta área

O furacão Frances perdeu força na sexta-feira, mas ainda é muito maior em área atingida do que o furacão Charley --que chegou à Flórida há menos de duas semanas e matou pelo menos 19 pessoas.

Tempestades associadas ao furacão estão sendo sentidas num raio de 335 km do olho do Frances, o que inclui a cidade de Miami, ao sul.

O furacão deve permanecer sobre o Estado da Flórida até pelo menos o final deste domingo.

Um alerta de furacão continua vigorando na maior parte da costa leste do Estado. Um outro alerta, advertindo para a possibilidade de uma tempestade tropical, foi emitido pelo Centro Nacional de Furacões para a costa leste do Estado.

A televisão mostrou imagens de ondas gigantes atingindo plataformas em praias próximas a Palm Beach. Nessa e em outras cidades da região, boa parte das pessoas está sem luz, devido à queda de linhas de energia.

Sem vítimas

Embora a maior parte da população em toda a região afetada tenha optado por permanecer fora das ruas neste sábado, muitos deixaram seus abrigos para conferir a força da tempestade.

No litoral sul de Miami, um homem teve que ser resgatado pela guarda costeira, depois que o iate em que estava ficou à deriva.

Outras 10 mil pessoas que estavam a bordo de navios de cruzeiro ficaram impedidas de ancorar no porto de Miami e devem completar sua viagem apenas no domingo.

Ainda não há informações sobre vítimas do furacão no Estado. Na sexta-feira, pelo menos duas pessoas morreram durante a passagem do furacão pelas Bahamas.

A lentidão do avanço do furacão e seu enfraquecimento nas últimas horas também fizeram com que muitas pessoas decidissem abandonar abrigos e voltassem a suas casas em regiões onde, desde quinta-feira, vigoram ordens de saída da população.

No momento, os aeroportos internacionais de Fort Lauderdale, Palm Beach e Orlando estão fechados. O aeroporto de Miami ainda permaneceria aberto, mas a maior parte das empresas aéreas --entre elas as brasileiras Varig e TAM-- anunciaram suspensão de vôos pelo menos até este domingo.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página