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10/09/2004
-
11h52
Generais do Exército americano acusaram a CIA (agência de inteligência americana) de esconder presos no Iraque, ao não apresentar documentos que registrassem a ocorrência das prisões.
As prisões também não foram informadas ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o que representa uma violação à Convenção de Genebra.
De acordo com o general Paul Kern há vários relatos sobre as detenções que não foram registradas, ou de "prisioneiros fantasmas", no Iraque.
"Há denúncias de que pessoas foram detidas e transferidas (de prisões) para que não pudessem ser identificadas pelo CICV. Isso representa uma violação de nossa política", disse ele. Ainda segundo Kern, o número de detidos sem registro pode chegar "a cem".
O Exército americano já havia identificado oito casos de "prisioneiros fantasmas", mas o novo relato sugere que a prática de esconder presos pode ter sido muito mais ampla.
Kern está chefiando as investigações sobre abusos cometidos contra os prisioneiros iraquianos na cadeia de Abu Ghraib, perto de Bagdá.
Investigação
O general do Exército George Fay afirmou que os militares não conseguiram "obter da Agência Central de Inteligência as respostas para essas perguntas (sobre o número de prisioneiros fantasmas)".
Ele acrescentou que, por causa disso, o Exército "realmente não sabe o volume" de pessoas que foram detidas nessas condições.
De acordo com o ex-secretário de Defesa americano Harold Brown, a administração George W. Bush tem responsabilidade sobre o escândalo, uma vez que não teria feito os preparativos necessários para o pós-guerra no Iraque.
Fay é um pouco mais conservador em sua estimativa para o volume de presos "escondidos" no iraque. Para ele, o mais provável que o total de presos sem registro chegue a "duas dúzias".
Oito generais da reserva pediram uma investigação independente sobre o assunto. Entre os militares que pediram a investigação estão alguns ligados à campanha presidencial do senador democrata John Kerry.
Especial
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Generais acusam CIA de esconder presos no Iraque
da BBC BrasilGenerais do Exército americano acusaram a CIA (agência de inteligência americana) de esconder presos no Iraque, ao não apresentar documentos que registrassem a ocorrência das prisões.
As prisões também não foram informadas ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o que representa uma violação à Convenção de Genebra.
De acordo com o general Paul Kern há vários relatos sobre as detenções que não foram registradas, ou de "prisioneiros fantasmas", no Iraque.
"Há denúncias de que pessoas foram detidas e transferidas (de prisões) para que não pudessem ser identificadas pelo CICV. Isso representa uma violação de nossa política", disse ele. Ainda segundo Kern, o número de detidos sem registro pode chegar "a cem".
O Exército americano já havia identificado oito casos de "prisioneiros fantasmas", mas o novo relato sugere que a prática de esconder presos pode ter sido muito mais ampla.
Kern está chefiando as investigações sobre abusos cometidos contra os prisioneiros iraquianos na cadeia de Abu Ghraib, perto de Bagdá.
Investigação
O general do Exército George Fay afirmou que os militares não conseguiram "obter da Agência Central de Inteligência as respostas para essas perguntas (sobre o número de prisioneiros fantasmas)".
Ele acrescentou que, por causa disso, o Exército "realmente não sabe o volume" de pessoas que foram detidas nessas condições.
De acordo com o ex-secretário de Defesa americano Harold Brown, a administração George W. Bush tem responsabilidade sobre o escândalo, uma vez que não teria feito os preparativos necessários para o pós-guerra no Iraque.
Fay é um pouco mais conservador em sua estimativa para o volume de presos "escondidos" no iraque. Para ele, o mais provável que o total de presos sem registro chegue a "duas dúzias".
Oito generais da reserva pediram uma investigação independente sobre o assunto. Entre os militares que pediram a investigação estão alguns ligados à campanha presidencial do senador democrata John Kerry.
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