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24/09/2004
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08h54
O porta-voz da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU Mark Gwozdecky disse nesta quinta-feira à BBC Brasil que houve "alguns progressos, mas a agência ainda está em dicussões com o Brasil sobre o acesso à planta nuclear de Resende".
"Estamos mandando uma equipe ao Brasil no dia 18 de outubro para analisar as possibilidades de inspeção das intalações e continuar as discussões", disse Gwozdecky.
Na quarta-feira, o ministro Eduado Campos (Ciência e Tecnologia) teria dito que o Brasil havia conseguido "desenhar uma proposta que contentou a agência
e manteve o segredo da tecnologia", segundo o jornal O Globo.
A assessoria do Ministério da Ciência e Tecnologia admitiu nesta quinta-feira que o acordo ainda não foi oficializado, embora afirme que já há consenso entre as duas partes.
Inspeções visuais
Segundo a assessoria do ministério, o Brasil teria mostrado à AIEA que não é preciso ter acesso visual completo às centrífugas para que os inspetores possam verificar se há ou não desvio de urânio.
De acordo com as informações do ministério, o Brasil aceitou reduzir o tamanho dos painéis que impedem a visão completa dos equipamentos, dando acesso visual às conexões, mas não ao corpo das centrífugas.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos cobrou do Brasil, em abril, a assinatura do Protocolo Adicional de Inspeções com a AIEA, que permitiria inspeções de surpresa e mais profundas nas instalações nucleares brasileiras.
Na época, o Brasil negou estar rejeitando os trabalhos da agência, mas admitiu se recusar a retirar uma "tela de proteção" das centrífugas de processamento de urânio na planta de Resende, durante uma inspeção.
O motivo alegado foi "para não revelar a tecnologia desenvolvida por técnicos brasileiros, depois de pesquisa que custou quase US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,89 bilhões) ao Tesouro Nacional", disse o ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
O enriquecimento é o processo de purificar o urânio para uso como combustível em usinas de energia nuclear ou em armas.
O Brasil detém a quarta maior reserva mundial do minério e diz que pretende usar o urânio para fins pacíficos apenas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a AIEA
AIEA diz que discute inspeções com Brasil
da BBC BrasilO porta-voz da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU Mark Gwozdecky disse nesta quinta-feira à BBC Brasil que houve "alguns progressos, mas a agência ainda está em dicussões com o Brasil sobre o acesso à planta nuclear de Resende".
"Estamos mandando uma equipe ao Brasil no dia 18 de outubro para analisar as possibilidades de inspeção das intalações e continuar as discussões", disse Gwozdecky.
Na quarta-feira, o ministro Eduado Campos (Ciência e Tecnologia) teria dito que o Brasil havia conseguido "desenhar uma proposta que contentou a agência
e manteve o segredo da tecnologia", segundo o jornal O Globo.
A assessoria do Ministério da Ciência e Tecnologia admitiu nesta quinta-feira que o acordo ainda não foi oficializado, embora afirme que já há consenso entre as duas partes.
Inspeções visuais
Segundo a assessoria do ministério, o Brasil teria mostrado à AIEA que não é preciso ter acesso visual completo às centrífugas para que os inspetores possam verificar se há ou não desvio de urânio.
De acordo com as informações do ministério, o Brasil aceitou reduzir o tamanho dos painéis que impedem a visão completa dos equipamentos, dando acesso visual às conexões, mas não ao corpo das centrífugas.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos cobrou do Brasil, em abril, a assinatura do Protocolo Adicional de Inspeções com a AIEA, que permitiria inspeções de surpresa e mais profundas nas instalações nucleares brasileiras.
Na época, o Brasil negou estar rejeitando os trabalhos da agência, mas admitiu se recusar a retirar uma "tela de proteção" das centrífugas de processamento de urânio na planta de Resende, durante uma inspeção.
O motivo alegado foi "para não revelar a tecnologia desenvolvida por técnicos brasileiros, depois de pesquisa que custou quase US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,89 bilhões) ao Tesouro Nacional", disse o ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
O enriquecimento é o processo de purificar o urânio para uso como combustível em usinas de energia nuclear ou em armas.
O Brasil detém a quarta maior reserva mundial do minério e diz que pretende usar o urânio para fins pacíficos apenas.
Especial
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