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01/10/2004 - 09h55

Hollywood começa a corrida pelo Oscar de 2005

NEIL SMITH
da BBC Brasil

Com a aproximação da temporada dos prêmios da indústria cinematográfica, Hollywood corre para lançar filmes que, espera, possam disputar o Oscar.

Os estúdios de Hollywood, como muitas outras coisas, são criaturas de hábitos.

O verão (no Hemisfério Norte) é o período para produções caras, que visam uma audiência predominantemente jovem e são lançadas numa onda de interjeições e exageros.

O outono (no Hemisfério Norte), porém, é o momento para tarefa séria: projetos mais adultos, de alto estilo, lançados com um olho na importante sessão de prêmios do ano seguinte.

Com o Oscar ainda a cinco meses de sua realização, em 27 de fevereiro de 2005, parece prematuro identificar potenciais indicados. Não em Hollywood, porém. Na verdade, muitos títulos e desempenhos já estão gerando o muito desejado "zum-zum-zum do Oscar".

Indicação

Uma enorme quantidade de "biopics" --dramas biográficos-- pode levar um número de atores à disputa por interpretar gente da vida real.

Pessoas ligadas à indústria cinematográfica predizem com confiança que o ator Jamie Foxx, de "Colateral", vai ser indicado para o prêmio de melhor ator por sua interpretação do falecido músico Ray Charles, no filme "Ray" (ainda sem título em português).

Um veteranos do Oscar, como Kevin Spacey, pode também estar na disputa por sua atuação em "Beyond the Sea" (ainda sem título em português), biografia do falecido cantor pop Bobby Darin, também dirigida por ele.

Johnny Depp, indicado este ano por "Piratas do Caribe", é outra possibilidade por seu papel como o criador de Peter Pan, J.M. Barry, em "Finding Neverland" (ainda sem título em português).

Leonardo DiCaprio pode também merecer apostas por seu papel como o jovem Howard Hughes em "The Aviator" (ainda sem estréia marcada no Brasil).

Este épico luxuoso de Martin Scorcese, o primeiro dele desde "Gangues de Nova York", está surgindo como um forte candidato ao prêmio de melhor filme.

No entanto, "Alexandre" --um "biopic" de Alexandre, o Grande, com o ator irlandês Colin Farrell e dirigido por Oliver Stone-- pode também disputar o Oscar de melhor filme. "Alexandre" tem estréia no Brasil prevista para 19 de novembro.

Remake

Um rosto que vai ser difícil não ver nos próximos meses é o do ator britânico Jude Law.

Ele acabou de atuar como um audacioso ás voador em "Capitão Sky e o Mundo de Amanhã" (com estréia marcada para 15 de outubro no Brasil) e participa de muitos projetos que só devem reforçar sua carreira.

Eles vão desde os papéis principais no drama sobre relacionamentos "Closer" e no remake do clássico dos anos 1960 "Alfie, o Sedutor" (com estréia prevista para 17 de dezmebro no Brasil) aos papéis de coadjuvante em "The Aviator" (ele é Errol Flynn) e na comédia "I Heart Huckabees" (ainda sem estréia marcada no Brasil).

Qualquer um desses papéis poderia lhe render uma indicação para o Oscar, mas é provavelmente "Closer" que tem o maior potencial para o Prêmio da Academia.

Atrizes

Dirigido por Mike Nichols, o drama situado em Londres --baseado em peça de Patrick Marber, encenada pela primeira vez no National Theatre-- pode render aplausos para a atriz no papel principal, Julia Roberts.

Se Roberts for premiada por seu trabalho no filme, pode agradecer a Cate Blanchett.

A atriz australiana foi forçada a abandonar "Closer", quando ficou grávida de seu segundo filho.

No entanto, Blanchett pode rir por último se "The Life Aquatic with Steve Zissou" (que tem o brasileiro Seu Jorge como Pelé, mas ainda sem estréia marcada no Brasil) atrair a simpatia dos eleitores do Oscar.

"The Life Aquatic" é uma fantasia subterrânea dirigida por Wes Anderson, o mesmo de "Os Excêntricos Tenenbaums".

Como todo mundo em Hollywood, Blanchett também está em "The Aviator", no papel de Katherine Hepburn.

Paródia

A corrida para o Oscar de melhor desenho animado está esquentando. Dentro de semanas estréiam nos Estados Unidos três desenhos animados de alto potencial.

O primeiro a estrear é "Shark Tale", comédia submarina com peixes com as vozes de Will Smith e Angelina Jolie.

A produção do Dreamworks foi atacada em alguns setores por ter Robert De Niro e outros atores americanos de origem italiana nos papéis de tubarões vilões.

A Pixar, o estúdio de "Toy Story", lança a paródia de super-heróis "The Incredibles", em 5 de novembro.

Uma semana depois será lançado "The Polar Express", uma fantasia de Natal com os talentos vocais de Tom Hanks.

Sem "Harry Potter" ou "Senhor dos Anéis" neste inverno (do Hemisfério Norte), o filme "Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events" (ainda sem estréia marcada no Brasil) vem sendo apontado como uma das grandes bilheterias desta temporada.

O elenco do filme, baseado em livro infantil, é liderado por Meryl Streep e Jim Carrey, mas a audiência não deve se surpreender se a voz do próprio Lemony parecer familiar.

Sim, é Jude Law, de novo, completando o que parece ser um assalto total aos corações e mentes dos freqüentadores de cinema.

Seqüências

Prêmios são bons, mas o interesse primário de Hollywood é fazer dinheiro.

Isso explica a série de seqüências preparadas para fazer dinheiro com o afeto do público por títulos e personagens estabelecidos.

Renee Zellweger volta como Bridget Jones em "No Limite da Razão", seqüência da comédia de 2001, "Diário de Bridget Jones".

E Ben Stiller, possivelmente o ator mais ocupado de 2004, termina um ano agitado com "Meet the Fockers" (ainda sem título em português), seqüência do seu sucesso de 2000 "Entrando numa Fria".

O vampiro alerta de Wesley Snipes está de volta em "Blade: Trinity" (ainda sem estréia marcada no Brasil), mas a seqüência mais esperada de todas, certamente, é "Doze Homens e um Segredo" (com estréia no Brasil prevista para 25 de dezembro).

Com George Clooney e Brad Pitt e o diretor Steven Soderbergh se reunindo para uma segundo filme de ação e estilo, espere ver os gerentes de cinema sorrindo de orelha a orelha neste dezembro.

Especial
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