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07/10/2004
-
04h49
Entre as 360 mil revistas que você encontra numa banca de jornais britânica, há uma chamada Yours, dedicada àqueles com mais de 55 anos, e não à garotada consumidora situada na faixa etária entre os 16 e os 24 anos.
Como é de praxe, a Yours fez uma pesquisa entre seus leitores. A pesquisa, não nos esqueçamos, é a alma do negócio. Nós, pesquisados, limitamo-nos a responder às perguntas e, depois, fazer tudo que seu mestre --a mídia-- mandar.
A Yours perguntou de que e de quem seus leitores mais sentiam falta.
Clique aqui para ouvir esta crônica na voz de Ivan Lessa
Três mil pessoas responderam, todas doidas para participarem de alguma coisa, já que a vida, também para os com mais de 55 anos, é triste e sem graça.
Todo mundo concordou que "antes a vida era muito melhor". Ora, isso acontece nas melhores famílias do mundo inteiro. A vida era muito melhor no Brasil, na República Dominicana, no Zimbábue, e até mesmo no --e serei controvertido-- Iraque.
Nossos cinquentões britânicos lamentam o declínio da civilização. Vêem os dias que correm como, digamos assim, guardas correndo atrás de ladrões, ou, em termos cariocas, polícia correndo atrás de moleque de "arrastão" nas praias da zona sul.
Consideram que, de bom mesmo, nos nossos dias paradões, só valem a pena as máquinas de lavar roupa, a calefação e o banheiro interno com água corrente.
Sentem falta principalmente de chegar em casa e voar para a frente da televisão para assistir seriado americano (igualzinho feito hoje). Só que, então, com Lassie ou Rin Tin Tin. Sem bicho perto, inglês não é inglês. Também não notaram que a televisão deveria ser praga --ontem, hoje e amanhã.
Mas lamentam a ausência de certas pessoas, como eu também lamento e, talvez, até mesmo a turma boa da República Dominicana, do Zimbábue e do Iraque lamente.
Queriam que a música popular ainda fosse dominada por gente como --para citar aqueles que conhecemos-- Elvis Presley, Frank Sinatra, Bing Crosby e Doris Day.
Nas telas, que ainda estivessem lá Gregory Peck, Cary Grant, James Mason, Doris Day (pegando acumulada) e Elizabeth Taylor.
Já fazendo minha listinha, paro por aqui. Quem quiser ir, pelo menos, nas duas categorias que citei, pode começar já e me comunicar. Aceito e aplaudo presenças de Celly Campello e até mesmo Jerry Adriani, mas, pelamordeDeus!, que não me esqueçam de Sílvio Caldas, Lúcio Alves, Eliana e Anselmo Duarte.
Ai, que saudades!
da BBC BrasilEntre as 360 mil revistas que você encontra numa banca de jornais britânica, há uma chamada Yours, dedicada àqueles com mais de 55 anos, e não à garotada consumidora situada na faixa etária entre os 16 e os 24 anos.
Como é de praxe, a Yours fez uma pesquisa entre seus leitores. A pesquisa, não nos esqueçamos, é a alma do negócio. Nós, pesquisados, limitamo-nos a responder às perguntas e, depois, fazer tudo que seu mestre --a mídia-- mandar.
A Yours perguntou de que e de quem seus leitores mais sentiam falta.
Clique aqui para ouvir esta crônica na voz de Ivan Lessa
Três mil pessoas responderam, todas doidas para participarem de alguma coisa, já que a vida, também para os com mais de 55 anos, é triste e sem graça.
Todo mundo concordou que "antes a vida era muito melhor". Ora, isso acontece nas melhores famílias do mundo inteiro. A vida era muito melhor no Brasil, na República Dominicana, no Zimbábue, e até mesmo no --e serei controvertido-- Iraque.
Nossos cinquentões britânicos lamentam o declínio da civilização. Vêem os dias que correm como, digamos assim, guardas correndo atrás de ladrões, ou, em termos cariocas, polícia correndo atrás de moleque de "arrastão" nas praias da zona sul.
Consideram que, de bom mesmo, nos nossos dias paradões, só valem a pena as máquinas de lavar roupa, a calefação e o banheiro interno com água corrente.
Sentem falta principalmente de chegar em casa e voar para a frente da televisão para assistir seriado americano (igualzinho feito hoje). Só que, então, com Lassie ou Rin Tin Tin. Sem bicho perto, inglês não é inglês. Também não notaram que a televisão deveria ser praga --ontem, hoje e amanhã.
Mas lamentam a ausência de certas pessoas, como eu também lamento e, talvez, até mesmo a turma boa da República Dominicana, do Zimbábue e do Iraque lamente.
Queriam que a música popular ainda fosse dominada por gente como --para citar aqueles que conhecemos-- Elvis Presley, Frank Sinatra, Bing Crosby e Doris Day.
Nas telas, que ainda estivessem lá Gregory Peck, Cary Grant, James Mason, Doris Day (pegando acumulada) e Elizabeth Taylor.
Já fazendo minha listinha, paro por aqui. Quem quiser ir, pelo menos, nas duas categorias que citei, pode começar já e me comunicar. Aceito e aplaudo presenças de Celly Campello e até mesmo Jerry Adriani, mas, pelamordeDeus!, que não me esqueçam de Sílvio Caldas, Lúcio Alves, Eliana e Anselmo Duarte.
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