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14/10/2004 - 13h16

Aprender línguas estimula cérebro, diz pesquisa

da BBC Brasil

Aprender uma segunda língua estimula o desenvolvimento do cérebro, de acordo com uma pesquisa realizada em Londres (Reino Unido).

Pesquisadores do University College London estudaram os cérebros de 105 pessoas, incluindo 80 bilíngües.

Os cientistas concluíram que aprender outras línguas altera a massa cinzenta (a área do cérebro que processa informação) da mesma maneira que exercícios físicos aumentam os músculos.

Pessoas que aprenderam uma segunda língua muito jovens também têm mais chances de ter massa cinzenta mais desenvolvida do que as que aprenderam mais tarde, de acordo com os pesquisadores.

Plasticidade

Cientistas já sabiam que o cérebro tem a habilidade de mudar sua estrutura como resultado de estimulação --um efeito conhecido como plasticidade-- mas a pesquisa demonstra como aprender línguas o desenvolve.

A equipe escaneou os cérebros de 25 britânicos que não falam uma segunda língua, 25 pessoas que tinham aprendido outra língua européia antes dos cinco anos, e 33 bilíngües que aprenderam uma nova língua entre os dez e os 15 anos.

As imagens revelaram que a densidade da massa cinzenta no córtex parietal inferior esquerdo do cérebro é maior em bilíngües do que naqueles que não sabem uma segunda língua.

O efeito foi notado mais particularmente em "jovens" bilíngües, de acordo com a pesquisa publicada na revista "Nature".

Fluência

As descobertas foram reproduzidas em um estudo com 22 italianos que aprenderam inglês entre as idades de dois e 34 anos.

O pesquisador-chefe, Andrea Mechelli, do Instituto de Neurologia da UCL, disse que as descobertas explicam porque pessoas mais jovens acham mais fácil aprender uma segunda língua.

"Significa que quem aprende mais tarde não vai ser tão fluente quanto os que aprenderam quando jovens", disse.

Mas o Centro Nacional para Linguagem lança dúvidas sobre o fato de ser mais fácil aprender uma língua cedo.

"Há visões conflitantes sobre o impacto comparativo do aprendizado de uma língua em diferentes faixas etárias", disse uma porta-voz.

Especial
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