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25/10/2004
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08h28
O ex-presidente americano Jimmy Carter afirma, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico The Guardian, que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, explorou o sofrimento do 11 de Setembro e reverteu décadas de esforços para tornar o mundo um lugar seguro.
"(Os Estados Unidos) sofreram, em 11 de Setembro, um ataque terrível e chocante, e George Bush tem sido hábil em explorar esse ataque. Na consciência de muitos americanos, ele se lançou como um heróico chefe militar, lutando contra uma ameaça global contra a América", disse Carter.
Ao criticar a atuação de Bush e do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em relação ao Iraque, Carter descreveu a guerra como "uma aventura completamente injusta, baseada em declarações equivocadas".
Carter acusa o atual presidente de abandonar iniciativas de não-proliferação nuclear promovidas por cinco antecessores e critica Bush por não se esforçar para buscar uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos.
Infra-estrutura
O diário britânico Financial Times publica nesta segunda-feira uma reportagem que afirma que há uma "preocupação cada vez maior de que a infra-estrutura ultrapassada" do Brasil não vai suportar o ritmo do crescimento previsto para a economia do país.
O jornal afirma que o consenso no mercado é que o PIB brasileiro cresça mais de 4,5%, bem acima da meta do governo no começo do ano, que era de 3,5%.
A reportagem cita o alerta do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) de que o Brasil deve enfrentar novos racionamentos de energia até 2008.
O Financial Times lembra que na época do último racionamento, entre 2000 e 2001, a economia brasileira também crescia mais de 4,5% ao ano, mas o problema com o fornecimento de energia interrompeu a seqüência e reduziu o crescimento para uma média de 1% por ano.
O jornal afirma que a conclusão poderia ser de que as luzes no Brasil vão começar a apagar em breve, mas há um motivo para otimismo: o interesse demonstrado por fundos de pensão no setor de energia.
Desarmamento
Nos Estados Unidos, o jornal Los Angeles Times afirma que a compra de armas pela campanha do desarmamento no Brasil superou as expectativas do governo, com mais armas recolhidas até a metade dos seis meses de duração do programa de trocas do que a previsão para todo o período.
O diário americano cita as declarações de autoridades de que cerca de 130 mil armas de fogo foram recolhidas e de que a negociações para que o prazo final para o encerramento da campanha seja estendido.
No entanto, o Los Angeles Times cita também as acusações de defensores do controle de armas de que a Polícia Federal, encarregada de administrar a compra de armas, resistiu à ajuda de organizações civis e desprezou outras medidas para tornar o desarmamento ainda mais efetivo.
O jornal afirma ainda que, apesar do sucesso da campanha, o ritmo da violência no Brasil permanece o mesmo e o número de armas entregues é minúsculo na comparação com as estimativas quanto ao total de armas em circulação no país.
Religião x política
Em Madri, um editorial do jornal El País afirma que a hierarquia católica da Espanha ainda não assimilou a mudança política provocada pela eleição de um governo socialista em março.
O texto acusa a Igreja de utilizar "a linguagem do passado" para atacar projetos de lei sobre divórcio e casamento de homossexuais ou planos sobre aborto e eutanásia.
"É lógico que (a Igreja) receba mal a perda de influência e que resista a perder seus privilégios", diz o jornal, que cita como exemplo os acordos da Espanha com o Vaticano em 1979, incluindo um que garantiu recursos do Estado à Igreja.
Mas o El País afirma que o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero prometeu não rever os acordos por completo e "estendeu a mão do diálogo" às autoridades da Igreja.
O editorial conclui com críticas aos apelos da Igreja por protestos e lobbies políticos e afirma que "iniciar uma guerra de religião seria um grande engano".
'The Guardian': Bush explora sofrimento do 11/9, diz Carter
da BBC BrasilO ex-presidente americano Jimmy Carter afirma, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico The Guardian, que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, explorou o sofrimento do 11 de Setembro e reverteu décadas de esforços para tornar o mundo um lugar seguro.
"(Os Estados Unidos) sofreram, em 11 de Setembro, um ataque terrível e chocante, e George Bush tem sido hábil em explorar esse ataque. Na consciência de muitos americanos, ele se lançou como um heróico chefe militar, lutando contra uma ameaça global contra a América", disse Carter.
Ao criticar a atuação de Bush e do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em relação ao Iraque, Carter descreveu a guerra como "uma aventura completamente injusta, baseada em declarações equivocadas".
Carter acusa o atual presidente de abandonar iniciativas de não-proliferação nuclear promovidas por cinco antecessores e critica Bush por não se esforçar para buscar uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos.
Infra-estrutura
O diário britânico Financial Times publica nesta segunda-feira uma reportagem que afirma que há uma "preocupação cada vez maior de que a infra-estrutura ultrapassada" do Brasil não vai suportar o ritmo do crescimento previsto para a economia do país.
O jornal afirma que o consenso no mercado é que o PIB brasileiro cresça mais de 4,5%, bem acima da meta do governo no começo do ano, que era de 3,5%.
A reportagem cita o alerta do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) de que o Brasil deve enfrentar novos racionamentos de energia até 2008.
O Financial Times lembra que na época do último racionamento, entre 2000 e 2001, a economia brasileira também crescia mais de 4,5% ao ano, mas o problema com o fornecimento de energia interrompeu a seqüência e reduziu o crescimento para uma média de 1% por ano.
O jornal afirma que a conclusão poderia ser de que as luzes no Brasil vão começar a apagar em breve, mas há um motivo para otimismo: o interesse demonstrado por fundos de pensão no setor de energia.
Desarmamento
Nos Estados Unidos, o jornal Los Angeles Times afirma que a compra de armas pela campanha do desarmamento no Brasil superou as expectativas do governo, com mais armas recolhidas até a metade dos seis meses de duração do programa de trocas do que a previsão para todo o período.
O diário americano cita as declarações de autoridades de que cerca de 130 mil armas de fogo foram recolhidas e de que a negociações para que o prazo final para o encerramento da campanha seja estendido.
No entanto, o Los Angeles Times cita também as acusações de defensores do controle de armas de que a Polícia Federal, encarregada de administrar a compra de armas, resistiu à ajuda de organizações civis e desprezou outras medidas para tornar o desarmamento ainda mais efetivo.
O jornal afirma ainda que, apesar do sucesso da campanha, o ritmo da violência no Brasil permanece o mesmo e o número de armas entregues é minúsculo na comparação com as estimativas quanto ao total de armas em circulação no país.
Religião x política
Em Madri, um editorial do jornal El País afirma que a hierarquia católica da Espanha ainda não assimilou a mudança política provocada pela eleição de um governo socialista em março.
O texto acusa a Igreja de utilizar "a linguagem do passado" para atacar projetos de lei sobre divórcio e casamento de homossexuais ou planos sobre aborto e eutanásia.
"É lógico que (a Igreja) receba mal a perda de influência e que resista a perder seus privilégios", diz o jornal, que cita como exemplo os acordos da Espanha com o Vaticano em 1979, incluindo um que garantiu recursos do Estado à Igreja.
Mas o El País afirma que o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero prometeu não rever os acordos por completo e "estendeu a mão do diálogo" às autoridades da Igreja.
O editorial conclui com críticas aos apelos da Igreja por protestos e lobbies políticos e afirma que "iniciar uma guerra de religião seria um grande engano".
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