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24/11/2004
-
10h17
da BBC Brasil
Pelo menos 12 suspeitos de crimes de guerra estão vivendo livremente porque a Sérvia se recusa a prendê-los, disse à ONU a procuradora do Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia, Carla Del Ponte.
Segundo ela, o governo sérvio decidiu deliberadamente ignorar suas obrigações legais.
O Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia foi instalado em 1993, em Haia, na Holanda, e até agora julgou 36 acusados por crimes de guerra.
Del Ponte disse que seria crucial a prisão de outros 20 suspeitos. Segundo ela, os governos da Croácia, da Sérvia, de Montenegro e Bósnia-Herzegovina têm a responsabilidade de levar os acusados para julgamento em Haia.
Resultados
Ela disse que a grande maioria desses acusados estão vivendo livremente na Sérvia e que o primeiro-ministro Vojislav Karadzic já declarou que não os prenderia.
Del Ponte disse ao Conselho de Segurança ser um escândalo que aqueles acusados pelo Tribunal --como o líder dos sérvios da Bósnia durante a guerra, Radovan Karadzic, e o comandante militar sérvio na Bósnia e responsabilizado pelo massacre de muçulmanos em Srebrenica, Ratko Mladic-- não tenham sido presos.
"O ano de 2005 vai marcar o 10º aniversário de três eventos decisivos: o genocídio em Srebrenica, o acordo de Dayton e a acusação contra Karadzic e Mladic", disse ela.
"Se a comunidade internacional não pode impedir o genocídio, pelo menos não deveria deixar que esse e outros crimes sérios fiquem impunes."
Ela disse ainda que precisava de resultados.
O Conselho de Segurança marcou o fim dos julgamentos no Tribunal para 2008.
Mas a promotora disse que, se os principais foragidos não fossem presos nos próximos meses, poderia ser necessário revisar essa data.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Corte Internacional de Haia
Suspeitos de crimes de guerra andam livres na Sérvia, diz procuradora
SUSANNAH PRICEda BBC Brasil
Pelo menos 12 suspeitos de crimes de guerra estão vivendo livremente porque a Sérvia se recusa a prendê-los, disse à ONU a procuradora do Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia, Carla Del Ponte.
Segundo ela, o governo sérvio decidiu deliberadamente ignorar suas obrigações legais.
O Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia foi instalado em 1993, em Haia, na Holanda, e até agora julgou 36 acusados por crimes de guerra.
Del Ponte disse que seria crucial a prisão de outros 20 suspeitos. Segundo ela, os governos da Croácia, da Sérvia, de Montenegro e Bósnia-Herzegovina têm a responsabilidade de levar os acusados para julgamento em Haia.
Resultados
Ela disse que a grande maioria desses acusados estão vivendo livremente na Sérvia e que o primeiro-ministro Vojislav Karadzic já declarou que não os prenderia.
Del Ponte disse ao Conselho de Segurança ser um escândalo que aqueles acusados pelo Tribunal --como o líder dos sérvios da Bósnia durante a guerra, Radovan Karadzic, e o comandante militar sérvio na Bósnia e responsabilizado pelo massacre de muçulmanos em Srebrenica, Ratko Mladic-- não tenham sido presos.
"O ano de 2005 vai marcar o 10º aniversário de três eventos decisivos: o genocídio em Srebrenica, o acordo de Dayton e a acusação contra Karadzic e Mladic", disse ela.
"Se a comunidade internacional não pode impedir o genocídio, pelo menos não deveria deixar que esse e outros crimes sérios fiquem impunes."
Ela disse ainda que precisava de resultados.
O Conselho de Segurança marcou o fim dos julgamentos no Tribunal para 2008.
Mas a promotora disse que, se os principais foragidos não fossem presos nos próximos meses, poderia ser necessário revisar essa data.
Especial
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