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19/02/2008 - 16h56

Oposição negocia aliança para governar Paquistão

RODRIGO DURÃO COELHO
enviado especial da BBC Brasil a Islamabad (Paquistão)

Os dois principais partidos da oposição paquistanesa, o PPP e o PML-N, negociam nesta terça-feira a formação de uma coalizão para governar o país, após a vitória nas eleições parlamentares.

O PPP, da ex-premiê assassinada em dezembro, Benazir Bhutto, conquistou o maior número de assentos no Parlamento, seguido pelo PML-N, do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif. O governista PML-Q ficou em um distante terceiro lugar.

O viúvo de Bhutto e líder do PPP, Asif Zardari, afirmou que seu partido vai "formar um governo de consenso nacional que vai levar em conta todas as forças democráticas".

"No momento, a decisão do partido é que não estamos interessados em nenhum daqueles que foram parte do governo anterior."

Impeachment

Nawaz Sharif já havia rejeitado a possibilidade de aliança com Musharraf antes das eleições.
Nesta terça-feira, o ex-premiê afirmou que "O povo deu seu veredicto".

"Ele (Pervez Musharraf) havia dito que quando o povo quisesse, ele deixaria o poder. As pessoas disseram o que querem", disse Sharif, que afirmou pretender se encontrar com o líder do PPP, Asif Zardari, na quinta-feira.

Juntos, o PPP e o PML-N têm dois terços de parlamentares que seriam necessários para promover um impeachment do presidente Pervez Musharraf.

O partido governista admitiu a derrota, dizendo que desejar "fortalecer o processo democrático permanecendo na oposição".

Kerry

O senador americano John Kerry --que viajou a Islamabad para acompanhar a eleição-- disse que a votação "cumpriu os requerimentos básicos de credibilidade e legitimidade".

O Departamento de Estado americano descreveu o pleito como "um passo rumo a restauração de uma democracia integral".

Os resultados oficiais devem ser divulgados na noite de terça-feira.

Foram disputados 272 assentos da Assembléia Nacional, equivalente à Câmara de Deputados e 100 vagas no Senado.

 

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