Publicidade
Publicidade
Oposição negocia aliança para governar Paquistão
RODRIGO DURÃO COELHO
enviado especial da BBC Brasil a Islamabad (Paquistão)
Os dois principais partidos da oposição paquistanesa, o PPP e o PML-N, negociam nesta terça-feira a formação de uma coalizão para governar o país, após a vitória nas eleições parlamentares.
O PPP, da ex-premiê assassinada em dezembro, Benazir Bhutto, conquistou o maior número de assentos no Parlamento, seguido pelo PML-N, do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif. O governista PML-Q ficou em um distante terceiro lugar.
O viúvo de Bhutto e líder do PPP, Asif Zardari, afirmou que seu partido vai "formar um governo de consenso nacional que vai levar em conta todas as forças democráticas".
"No momento, a decisão do partido é que não estamos interessados em nenhum daqueles que foram parte do governo anterior."
Impeachment
Nawaz Sharif já havia rejeitado a possibilidade de aliança com Musharraf antes das eleições.
Nesta terça-feira, o ex-premiê afirmou que "O povo deu seu veredicto".
"Ele (Pervez Musharraf) havia dito que quando o povo quisesse, ele deixaria o poder. As pessoas disseram o que querem", disse Sharif, que afirmou pretender se encontrar com o líder do PPP, Asif Zardari, na quinta-feira.
Juntos, o PPP e o PML-N têm dois terços de parlamentares que seriam necessários para promover um impeachment do presidente Pervez Musharraf.
O partido governista admitiu a derrota, dizendo que desejar "fortalecer o processo democrático permanecendo na oposição".
Kerry
O senador americano John Kerry --que viajou a Islamabad para acompanhar a eleição-- disse que a votação "cumpriu os requerimentos básicos de credibilidade e legitimidade".
O Departamento de Estado americano descreveu o pleito como "um passo rumo a restauração de uma democracia integral".
Os resultados oficiais devem ser divulgados na noite de terça-feira.
Foram disputados 272 assentos da Assembléia Nacional, equivalente à Câmara de Deputados e 100 vagas no Senado.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice