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01/12/2004
-
14h30
O ministro britânico da Justiça, David Blunkett, reiterou nesta quarta-feira que não cometeu nenhuma irregularidade na concessão de um visto à babá que trabalhava para sua ex-amante.
Blunkett teve um caso de três anos com a jornalista da revista Spectator Kimberly Quinn, que é casada com o editor da revista Vogue Stephen Quinn.
Um inquérito foi aberto para investigar se Blunkett fez uso da máquina oficial para facilitar a emissão do visto para a babá filipina.
Eles não estão mais juntos, mas Blunkett diz ser o pai do filho de dois anos de Kimberly. O ministro também alega que o filho que a jornalista espera no momento (ela está grávida de sete meses) também é dele, mas ela nega.
O ministro foi casado durante 20 anos e se separou em 1990.
Bilhete de trem
Na terça-feira, Blunkett devolveu ao Parlamento a quantia usada na compra de um bilhete de trem que ele teria dado a Kimberly e pediu desculpas por seu "erro genuíno".
A autorização para viagens de trem é concedida somente às mulheres dos ministros, e o porta-voz de Blunkett disse que agora ele reconheceu seu erro.
Além da passagem de trem e do visto, Blunkett também é acusado de ter avisado os pais de Kimberly sobre um alerta de segurança no aeroporto de Newark, perto de Nova York, de ter viajado com ela para a Espanha acompanhado de guarda-costas do governo, de ter dado carona a ela no carro oficial e de ter colocado um policial na porta da casa dela durante uma manifestação.
O ministro nega as acusações e afirma que o alerta nos Estados Unidos já era de domínio público, que seus guarda-costas estavam na Espanha para protegê-lo e que Quinn só usou o carro oficial quando o motorista não precisava desviar o caminho para levá-la.
Sobre a alegação mais séria, a do visto, Blunkett afirma que checou se o formulário estava preenchido corretamente, mas nega ter feito qualquer coisa para sua aprovação.
Nesta quarta-feira, no entanto, o tablóide The Daily Mail publicou cartas enviadas pelo Ministério da Justiça à babá Leoncia Casalme.
A primeira dizia que o processo de concessão do visto da filipina poderia demorar até um ano. Mas a outra, enviada 19 dias depois, afirmava que a babá poderia permanecer indefinidamente na Grã-Bretanha a partir daquela data.
Popularidade
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, diz que Blunkett possui "toda a sua confiança".
O líder do Partido Trabalhista, Michael Howard, disse que o inquérito precisa ser realizado, mas que espera que Blunkett seja inocentado.
Se as investigações livrarem o ministro, ele deve continuar no cargo. Mas Blunkett terá de renunciar se for provado que ele agiu de forma inadequada.
Como ministro da Justiça, Blunkett é responsável por assuntos como policiamento e imigração. Suas funções incluem emergências civis, segurança, terrorismo e gastos.
Desde que assumiu o cargo após as eleições gerais de 2001, Blunkett viu o foco sobre o seu ministério se intensificar. Os ataques do 11 de Setembro aumentaram as preocupações com relação à segurança e à imigração.
Blunkett, de 57 anos, é cego de nascença e um dos mais respeitados ministros de Tony Blair. Para ele, não poder enxergar é simplesmente um "inconveniente".
O ministro foi presidente nacional do Partido Trabalhista e uma força unificadora nas décadas de 80 e 90, acompanhando assuntos como saúde e educação. No primeiro governo de Tony Blair, ele foi responsável pela pasta de educação e trabalho.
No Partido Trabalhista, ele é visto como conciliador e uma pessoa cujo humor e determinação o tornam muito popular, elevando as especulações de que ele seria o possível sucessor de Blair como líder do partido.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre David Blunkett
Leia o que já foi publicado sobre o governo de Tony Blair
Caso de ministro com mulher casada gera crise na Grã-Bretanha
da BBC BrasilO ministro britânico da Justiça, David Blunkett, reiterou nesta quarta-feira que não cometeu nenhuma irregularidade na concessão de um visto à babá que trabalhava para sua ex-amante.
Blunkett teve um caso de três anos com a jornalista da revista Spectator Kimberly Quinn, que é casada com o editor da revista Vogue Stephen Quinn.
Um inquérito foi aberto para investigar se Blunkett fez uso da máquina oficial para facilitar a emissão do visto para a babá filipina.
Eles não estão mais juntos, mas Blunkett diz ser o pai do filho de dois anos de Kimberly. O ministro também alega que o filho que a jornalista espera no momento (ela está grávida de sete meses) também é dele, mas ela nega.
O ministro foi casado durante 20 anos e se separou em 1990.
Bilhete de trem
Na terça-feira, Blunkett devolveu ao Parlamento a quantia usada na compra de um bilhete de trem que ele teria dado a Kimberly e pediu desculpas por seu "erro genuíno".
A autorização para viagens de trem é concedida somente às mulheres dos ministros, e o porta-voz de Blunkett disse que agora ele reconheceu seu erro.
Além da passagem de trem e do visto, Blunkett também é acusado de ter avisado os pais de Kimberly sobre um alerta de segurança no aeroporto de Newark, perto de Nova York, de ter viajado com ela para a Espanha acompanhado de guarda-costas do governo, de ter dado carona a ela no carro oficial e de ter colocado um policial na porta da casa dela durante uma manifestação.
O ministro nega as acusações e afirma que o alerta nos Estados Unidos já era de domínio público, que seus guarda-costas estavam na Espanha para protegê-lo e que Quinn só usou o carro oficial quando o motorista não precisava desviar o caminho para levá-la.
Sobre a alegação mais séria, a do visto, Blunkett afirma que checou se o formulário estava preenchido corretamente, mas nega ter feito qualquer coisa para sua aprovação.
Nesta quarta-feira, no entanto, o tablóide The Daily Mail publicou cartas enviadas pelo Ministério da Justiça à babá Leoncia Casalme.
A primeira dizia que o processo de concessão do visto da filipina poderia demorar até um ano. Mas a outra, enviada 19 dias depois, afirmava que a babá poderia permanecer indefinidamente na Grã-Bretanha a partir daquela data.
Popularidade
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, diz que Blunkett possui "toda a sua confiança".
O líder do Partido Trabalhista, Michael Howard, disse que o inquérito precisa ser realizado, mas que espera que Blunkett seja inocentado.
Se as investigações livrarem o ministro, ele deve continuar no cargo. Mas Blunkett terá de renunciar se for provado que ele agiu de forma inadequada.
Como ministro da Justiça, Blunkett é responsável por assuntos como policiamento e imigração. Suas funções incluem emergências civis, segurança, terrorismo e gastos.
Desde que assumiu o cargo após as eleições gerais de 2001, Blunkett viu o foco sobre o seu ministério se intensificar. Os ataques do 11 de Setembro aumentaram as preocupações com relação à segurança e à imigração.
Blunkett, de 57 anos, é cego de nascença e um dos mais respeitados ministros de Tony Blair. Para ele, não poder enxergar é simplesmente um "inconveniente".
O ministro foi presidente nacional do Partido Trabalhista e uma força unificadora nas décadas de 80 e 90, acompanhando assuntos como saúde e educação. No primeiro governo de Tony Blair, ele foi responsável pela pasta de educação e trabalho.
No Partido Trabalhista, ele é visto como conciliador e uma pessoa cujo humor e determinação o tornam muito popular, elevando as especulações de que ele seria o possível sucessor de Blair como líder do partido.
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