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02/12/2004
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11h55
O jornal francês Le Figaro publica nesta quinta-feira um artigo 'assinado' pelo imperador Napoleão Bonaparte, que morreu há mais de 160 anos.
Na verdade, trata-se de uma ironia utilizada para criticar o que o jornal vê como falta de vontade das autoridades atuais para realizar reformas consideradas indispensáveis para o futuro do país.
"Eu, sim, ousei reformar", diz o título do editorial. O texto começa com uma paráfrase de uma frase muito conhecida, de autoria de outro famoso líder francês, o presidente Charles de Gaulle:
"Este não é um país sério", afirma 'Napoleão' no editorial do Le Figaro.
Escravidão urbana
Nos Estados Unidos, o jornal The New York Times afirma que o governo brasileiro tem realizado esforços para acabar com o trabalho escravo no campo, mas isso não tem tido efeito com relação aos "severos abusos trabalhistas" cometidos na cidade de São Paulo.
O jornal cita o caso específico de imigrantes da Bolívia e outros países sul-americanos que estariam trabalhando no que pode ser definido na prática como "escravidão moderna", com condições de trabalho que incluem jornadas das sete da manhã até a meia-noite.
A reportagem diz que, assim como os trabalhadores agrícolas, os empregados das fábricas são atraídos com falsas promessas de bons salários e benefícios.
"Devido a seu status ilegal no Brasil, poucos trabalhadores imigrantes estão dispostos a reclamar quando seus empregadores não cumprem as promessas, o que os torna presas fáceis para donos de fábricas que buscam trabalho barato."
Oriente Médio
Os jornais de Israel comentam os dois desdobramentos de quarta-feira no Oriente Médio: a crise do gabinete de governo de Ariel Sharon e a decisão do líder palestino Marwan Barghouti, que está preso em Israel, de concorrer a presidente da Autoridade Palestina.
O Jerusalém Post diz que, após demitir quatro ministros de extrema-direita, Ariel Sharon agora vai buscar um governo de união nacional com uma oferta de sete ministérios ao Partido Trabalhista, hoje na oposição.
"Mas as três principais pastas --Exterior, Finanças e Defesa-- vão continuar com o Likud", afirma o jornal.
Já o Haaretz diz que o governo de Sharon se encontra, neste momento, "mais frágil do que nunca".
Na opinião do jornal, quando o Comitê Central do Likud se manifestar sobre um possível convite aos trabalhistas, "vai ficar claro se esta foi a mais brilhante manobra política dos últimos anos ou se foi um tiro no pé que vai significar o fim da carreira política de Sharon".
Quanto à decisão de Barghouti de enfrentar Mahmoud Abbas na eleição palestina, depois de ter anunciado o contrário na semana passada, o Jerusalém Post diz que o resultado foi pânico e confusão geral na Autoridade Palestina.
Já o Haaretz diz que este é o primeiro grande teste para a liderança de Abbas desde a morte de Yasser Arafat.
Mas o jornal americano The Christian Science Monitor considera que a recente turbulência política no Oriente Médio representa uma chance tanto para israelenses quanto para palestinos colocarem os extremistas à margem do processo político.
França não é país sério, diz 'Napoleão' no 'Le Figaro'
da BBC BrasilO jornal francês Le Figaro publica nesta quinta-feira um artigo 'assinado' pelo imperador Napoleão Bonaparte, que morreu há mais de 160 anos.
Na verdade, trata-se de uma ironia utilizada para criticar o que o jornal vê como falta de vontade das autoridades atuais para realizar reformas consideradas indispensáveis para o futuro do país.
"Eu, sim, ousei reformar", diz o título do editorial. O texto começa com uma paráfrase de uma frase muito conhecida, de autoria de outro famoso líder francês, o presidente Charles de Gaulle:
"Este não é um país sério", afirma 'Napoleão' no editorial do Le Figaro.
Escravidão urbana
Nos Estados Unidos, o jornal The New York Times afirma que o governo brasileiro tem realizado esforços para acabar com o trabalho escravo no campo, mas isso não tem tido efeito com relação aos "severos abusos trabalhistas" cometidos na cidade de São Paulo.
O jornal cita o caso específico de imigrantes da Bolívia e outros países sul-americanos que estariam trabalhando no que pode ser definido na prática como "escravidão moderna", com condições de trabalho que incluem jornadas das sete da manhã até a meia-noite.
A reportagem diz que, assim como os trabalhadores agrícolas, os empregados das fábricas são atraídos com falsas promessas de bons salários e benefícios.
"Devido a seu status ilegal no Brasil, poucos trabalhadores imigrantes estão dispostos a reclamar quando seus empregadores não cumprem as promessas, o que os torna presas fáceis para donos de fábricas que buscam trabalho barato."
Oriente Médio
Os jornais de Israel comentam os dois desdobramentos de quarta-feira no Oriente Médio: a crise do gabinete de governo de Ariel Sharon e a decisão do líder palestino Marwan Barghouti, que está preso em Israel, de concorrer a presidente da Autoridade Palestina.
O Jerusalém Post diz que, após demitir quatro ministros de extrema-direita, Ariel Sharon agora vai buscar um governo de união nacional com uma oferta de sete ministérios ao Partido Trabalhista, hoje na oposição.
"Mas as três principais pastas --Exterior, Finanças e Defesa-- vão continuar com o Likud", afirma o jornal.
Já o Haaretz diz que o governo de Sharon se encontra, neste momento, "mais frágil do que nunca".
Na opinião do jornal, quando o Comitê Central do Likud se manifestar sobre um possível convite aos trabalhistas, "vai ficar claro se esta foi a mais brilhante manobra política dos últimos anos ou se foi um tiro no pé que vai significar o fim da carreira política de Sharon".
Quanto à decisão de Barghouti de enfrentar Mahmoud Abbas na eleição palestina, depois de ter anunciado o contrário na semana passada, o Jerusalém Post diz que o resultado foi pânico e confusão geral na Autoridade Palestina.
Já o Haaretz diz que este é o primeiro grande teste para a liderança de Abbas desde a morte de Yasser Arafat.
Mas o jornal americano The Christian Science Monitor considera que a recente turbulência política no Oriente Médio representa uma chance tanto para israelenses quanto para palestinos colocarem os extremistas à margem do processo político.
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