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06/12/2004
-
10h35
da BBC Brasil
Cada vez mais músicos estão usando a internet como forma de atingir fãs e vender mais música, diz um estudo realizado por pesquisadores americanos.
A Pew Internet, uma empresa de análise de dados online, sugere também que os músicos não concordam com as táticas adotadas pela indústria da música contra o compartilhamento de arquivos.
Apesar de muitos músicos considerarem a prática ilegal, vários deles discordam dos processos abertos contra pessoas que baixam músicas pela rede.
"Mesmo astros de sucesso discordam que os processos vão beneficiar os músicos", disse a autora do estudo, Mary Madden.
Inspiração
A Pew Internet realizou o estudo pela internet com 2.755 músicos, compositores e executivos, entre março e abril de 2004.
A pesquisa incluiu tanto artistas bem-sucedidos, como os que ainda lutam por espaço no mercado musical.
"Ouvimos mais músicos independentes do que astros porque isso reflete mais precisamente a realidade", disse ela.
O estudo concluiu que os músicos enxergam a internet positivamente e não como uma ameaça à sua sobrevivência.
Quase todos disseram utilizar a internet para coletar idéias e inspiração. Nove entre dez músicos, por exemplo, alegaram usar a rede para promover, divulgar e disponibilizar sua música.
Ilegal?
A pesquisa mostra que mais de 80% dos músicos oferecem amostras grátis de seu trabalho online, e dois terços comercializam sua música na rede.
Músicos independentes dizem enxergar a internet como uma maneira de driblar a necessidade de conseguirem um contrato para atingirem os fãs.
"Os músicos estão abraçando a internet entusiasticamente", acredita Madden.
A pesquisa talvez surpreenda ao mostrar que as opiniões dos artistas sobre a troca de arquivos de música online sejam mais diversas do que as opiniões da indústria.
A associação de gravadoras americanas (RIAA, na sigla em inglês) vem adotando uma campanha agressiva em tribunais para procesar pessoas acusadas de trocar arquivos de músicas que são protegidas por direitos autorais.
O estudo sugere que a campanha não tem, entretanto, o apoio dos músicos americanos, que enxergariam os aspectos positivos e negativos da prática, embora a maioria concorde que ela deva permanecer ilegal.
Dinheiro
"Baixar músicas gratuitamente acabou com a chance de novas bandas estourarem, se não contarem com um grande apoio financeiro", disse um músico
citado no estudo. "Fica complicado continuar a fazer discos se eles não se pagam através de vendas."
Muitos sugerem que, ao invés de processar quem baixa música pela internet, a indústria da música deveria reconhecer as mudanças e se adaptar a elas.
"Músicos, de sucesso ou não, disseram que a internet tornou possível para eles fazer mais dinheiro com sua música ao invés de tornar mais difícil proteger seu material da pirataria", disse Madden.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Pew Internet
Estudo mostra que músicos são favoráveis à internet
ALFRED HERMIDAda BBC Brasil
Cada vez mais músicos estão usando a internet como forma de atingir fãs e vender mais música, diz um estudo realizado por pesquisadores americanos.
A Pew Internet, uma empresa de análise de dados online, sugere também que os músicos não concordam com as táticas adotadas pela indústria da música contra o compartilhamento de arquivos.
Apesar de muitos músicos considerarem a prática ilegal, vários deles discordam dos processos abertos contra pessoas que baixam músicas pela rede.
"Mesmo astros de sucesso discordam que os processos vão beneficiar os músicos", disse a autora do estudo, Mary Madden.
Inspiração
A Pew Internet realizou o estudo pela internet com 2.755 músicos, compositores e executivos, entre março e abril de 2004.
A pesquisa incluiu tanto artistas bem-sucedidos, como os que ainda lutam por espaço no mercado musical.
"Ouvimos mais músicos independentes do que astros porque isso reflete mais precisamente a realidade", disse ela.
O estudo concluiu que os músicos enxergam a internet positivamente e não como uma ameaça à sua sobrevivência.
Quase todos disseram utilizar a internet para coletar idéias e inspiração. Nove entre dez músicos, por exemplo, alegaram usar a rede para promover, divulgar e disponibilizar sua música.
Ilegal?
A pesquisa mostra que mais de 80% dos músicos oferecem amostras grátis de seu trabalho online, e dois terços comercializam sua música na rede.
Músicos independentes dizem enxergar a internet como uma maneira de driblar a necessidade de conseguirem um contrato para atingirem os fãs.
"Os músicos estão abraçando a internet entusiasticamente", acredita Madden.
A pesquisa talvez surpreenda ao mostrar que as opiniões dos artistas sobre a troca de arquivos de música online sejam mais diversas do que as opiniões da indústria.
A associação de gravadoras americanas (RIAA, na sigla em inglês) vem adotando uma campanha agressiva em tribunais para procesar pessoas acusadas de trocar arquivos de músicas que são protegidas por direitos autorais.
O estudo sugere que a campanha não tem, entretanto, o apoio dos músicos americanos, que enxergariam os aspectos positivos e negativos da prática, embora a maioria concorde que ela deva permanecer ilegal.
Dinheiro
"Baixar músicas gratuitamente acabou com a chance de novas bandas estourarem, se não contarem com um grande apoio financeiro", disse um músico
citado no estudo. "Fica complicado continuar a fazer discos se eles não se pagam através de vendas."
Muitos sugerem que, ao invés de processar quem baixa música pela internet, a indústria da música deveria reconhecer as mudanças e se adaptar a elas.
"Músicos, de sucesso ou não, disseram que a internet tornou possível para eles fazer mais dinheiro com sua música ao invés de tornar mais difícil proteger seu material da pirataria", disse Madden.
Especial
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