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12/12/2004
-
15h40
da BBC Brasil, em Birmingham
Logo após encerrar o ano com chave de ouro e ganhar medalha de ouro no solo na final da Copa do Mundo de Ginástica Artística, a brasileira Daiane dos Santos afirmou que faltou treinamento para conseguir subir ao pódio nos Jogos Olímpicos de Atenas, quando ficou na quinta colocação.
"O joelho estava igual como está agora, não estava doendo nem nada. Simplesmente o que aconteceu foi um descontrole, você só adquire isso no treinamento", disse a brasileira, que operou o joelho direito em junho, dois meses antes das Olimpíadas.
"Quando você treina bastante, você sabe o quanto de força você tem de ter para a hora da passada. E a cabeça também fica preparada. Isso tudo vem do treinamento. Por isso que a gente fala: como você treina é como você vai competir."
A ginasta afirmou também que a derrota nas Olimpíadas foi uma maneira de perceber que ela não ia ganhar sempre.
Calma
"É bom às vezes dar uma escorregada, você se liga que precisa treinar bastante, igual às outras pessoas. Não é porque você ganhou uma vez que vai ganhar sempre. Se você quer continuar sendo boa, você treina pra isso, não basta ter fama. Você tem que trabalhar o seu talento."
Segundo Daiane, ela sentiu que tinha feito uma boa série quando terminou a apresentação que lhe garantiu o ouro neste domingo, com a nota de 9,712.
"Não sabia se tinha vencido, mas sabia que dava pódio, a não ser que tivessem roubado muito. Estou muito feliz, por mim, pelo Oleg (Ostapenko, técnico ucraniano da seleção brasileira de ginástica) e por todos os técnicos que ficaram no Brasil", afirmou.
A ginasta conta que Ostapenko pediu calma antes de ela entrar no tablado e disse que ela precisava fazer exatamente como nos treinos. "Se você acertar tudo, você sabe que vai ganhar", disse o técnico, segundo a atleta.
"Agora estou aliviada, fechei meu ano com chave de ouro", afirmou, sorrindo. Com a conquista, a ginasta gaúcha é premiada com 3 mil francos suíços (aproximadamente R$ 7.200).
Joelho
Daiane disse que o resultado nesta grande final não muda nada em relação à possível cirurgia que ela deve realizar no joelho em janeiro e que deve deixá-la afastada das competições por seis meses.
Para o romeno Octaviano Belu, técnico de Catalina Ponor, a principal rival de Daiane e prata na grande final da Copa, o ideal seria que ela fizesse a cirurgia logo no começo de 2005. "Ela precisa estar recuperada e em forma em 2006, quando acontecem as competições mais importantes, como a fase classificatória para o pré-olímpico", disse Belu.
O romeno também comparou Daiane a dois craques do futebol brasileiro. "Ela é como o Ronaldo e o Ronaldinho. Ela desperta paixão nos brasileiros."
Nesta grande final da Copa do Mundo, o hino brasileiro foi ouvido duas vezes na National Indoor Arena, em Birmingham. E ambas as vezes por causa do solo. No sábado, Diego Hypólito, de 18 anos, também ganhou o ouro na prova.
"Eu acho que atualmente o Brasil é o país do solo, não tem como não dizer. É um país que tem mostrado uma evolução surpreendente na ginástica, a cada campeonato as pessoas se surpreendem mais com a gente e isso é bom", disse Daiane após a vitória. O país fechou o ciclo 2003-2004 da Copa do Mundo com um saldo histórico. Ao todo, os atletas brasileiros subiram ao pódio 28 vezes: três no ano passado e 25 neste ano. No solo, Daiane e Diego abocanharam nove dos 14 ouros distribuídos nas etapas de 2004.
Daiane diz que faltou treinamento nas Olimpíadas
CLÁUDIA GURFINKELda BBC Brasil, em Birmingham
Logo após encerrar o ano com chave de ouro e ganhar medalha de ouro no solo na final da Copa do Mundo de Ginástica Artística, a brasileira Daiane dos Santos afirmou que faltou treinamento para conseguir subir ao pódio nos Jogos Olímpicos de Atenas, quando ficou na quinta colocação.
"O joelho estava igual como está agora, não estava doendo nem nada. Simplesmente o que aconteceu foi um descontrole, você só adquire isso no treinamento", disse a brasileira, que operou o joelho direito em junho, dois meses antes das Olimpíadas.
"Quando você treina bastante, você sabe o quanto de força você tem de ter para a hora da passada. E a cabeça também fica preparada. Isso tudo vem do treinamento. Por isso que a gente fala: como você treina é como você vai competir."
A ginasta afirmou também que a derrota nas Olimpíadas foi uma maneira de perceber que ela não ia ganhar sempre.
Calma
"É bom às vezes dar uma escorregada, você se liga que precisa treinar bastante, igual às outras pessoas. Não é porque você ganhou uma vez que vai ganhar sempre. Se você quer continuar sendo boa, você treina pra isso, não basta ter fama. Você tem que trabalhar o seu talento."
Segundo Daiane, ela sentiu que tinha feito uma boa série quando terminou a apresentação que lhe garantiu o ouro neste domingo, com a nota de 9,712.
"Não sabia se tinha vencido, mas sabia que dava pódio, a não ser que tivessem roubado muito. Estou muito feliz, por mim, pelo Oleg (Ostapenko, técnico ucraniano da seleção brasileira de ginástica) e por todos os técnicos que ficaram no Brasil", afirmou.
A ginasta conta que Ostapenko pediu calma antes de ela entrar no tablado e disse que ela precisava fazer exatamente como nos treinos. "Se você acertar tudo, você sabe que vai ganhar", disse o técnico, segundo a atleta.
"Agora estou aliviada, fechei meu ano com chave de ouro", afirmou, sorrindo. Com a conquista, a ginasta gaúcha é premiada com 3 mil francos suíços (aproximadamente R$ 7.200).
Joelho
Daiane disse que o resultado nesta grande final não muda nada em relação à possível cirurgia que ela deve realizar no joelho em janeiro e que deve deixá-la afastada das competições por seis meses.
Para o romeno Octaviano Belu, técnico de Catalina Ponor, a principal rival de Daiane e prata na grande final da Copa, o ideal seria que ela fizesse a cirurgia logo no começo de 2005. "Ela precisa estar recuperada e em forma em 2006, quando acontecem as competições mais importantes, como a fase classificatória para o pré-olímpico", disse Belu.
O romeno também comparou Daiane a dois craques do futebol brasileiro. "Ela é como o Ronaldo e o Ronaldinho. Ela desperta paixão nos brasileiros."
Nesta grande final da Copa do Mundo, o hino brasileiro foi ouvido duas vezes na National Indoor Arena, em Birmingham. E ambas as vezes por causa do solo. No sábado, Diego Hypólito, de 18 anos, também ganhou o ouro na prova.
"Eu acho que atualmente o Brasil é o país do solo, não tem como não dizer. É um país que tem mostrado uma evolução surpreendente na ginástica, a cada campeonato as pessoas se surpreendem mais com a gente e isso é bom", disse Daiane após a vitória. O país fechou o ciclo 2003-2004 da Copa do Mundo com um saldo histórico. Ao todo, os atletas brasileiros subiram ao pódio 28 vezes: três no ano passado e 25 neste ano. No solo, Daiane e Diego abocanharam nove dos 14 ouros distribuídos nas etapas de 2004.
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