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31/12/2004
-
14h31
da BBC Brasil
Depois do tsunami que atingiu a Ásia no domingo poucas informações surgiram de partes do Sri Lanka controladas pelo grupo rebelde Tigres Tâmeis.
O repórter da BBC Jeremy Bowen conseguiu acesso ao vilarejo de Mullaitivu, no nordeste da ilha e enviou a seguinte reportagem.
"O grupo rebelde Tigres Tâmeis afirma que neste local mais de três mil pessoas morreram. A população total do vilarejo era de cerca de cinco mil pessoas.
Prédios que ficavam na praia foram completamente destruídos pelas ondas, quase nada ficou de pé.
Clique aqui para ver as últimas fotos da catástrofe
A frente da igreja ainda está no lugar, mas o resto foi levado pelas ondas.
Líderes dos Tigres Tâmeis organizaram grupos de jovens para o recolhimento dos corpos. A maioria dos corpos está em estado de putrefação.
Cheiro
Os grupos de jovens rebeldes está localizando os corpos pelo cheiro e queimando estes corpos nos locais onde eles são encontrados.
Entrando a 1,6 quilômetro para dentro da ilha é possível ver pessoas tirando corpos de um campo de arroz, colocando-os em uma fileira e queimando os corpos em seguida.
Na noite de quinta-feira o céu em Mullaitivu estava negro com a fumaça das piras funerárias improvisadas.
O cheiro que predominava era uma mistura de madeira queimada e carne putrefata também queimada.
Sobreviventes foram levados para escolas e outros prédios públicos.
O padre católico do vilarejo, Anansha Kumar, disse que 95% das pessoas na área são católicas.
Kumar refletiu a preocupação geral quanto à saúde pública em relação ao fato das pessoas não estarem tendo funerais normais, cristãos.
"Não acho que o Senhor está sendo muito exigente a respeito disso", afirmou.
O padre teme que os sobreviventes nunca voltem para suas casas devido ao trauma que viveram.
Operação organizada
As ruínas em Mullaitivu estão vazias, a não ser pelos grupos coletando corpos.
Bandos de cães correm livres junto com outros animais domésticos que sobreviveram ao maremoto.
A impressão é que a operação de limpeza está bem organizada.
Os Tigres Tâmeis estão planejando a desinfecção com cloro dos poços de água, e também a desinfecção das áreas em volta.
Outro chefe de uma outra vila afirmou que 2012 pessoas viviam no local antes do maremoto de domingo. Destes, cerca de 1100 foram mortos pelas águas."
Ondas deixam 3 mil mortos em povoado de área rebelde no Sri Lanka
JEREMY BOWENda BBC Brasil
Depois do tsunami que atingiu a Ásia no domingo poucas informações surgiram de partes do Sri Lanka controladas pelo grupo rebelde Tigres Tâmeis.
O repórter da BBC Jeremy Bowen conseguiu acesso ao vilarejo de Mullaitivu, no nordeste da ilha e enviou a seguinte reportagem.
"O grupo rebelde Tigres Tâmeis afirma que neste local mais de três mil pessoas morreram. A população total do vilarejo era de cerca de cinco mil pessoas.
Prédios que ficavam na praia foram completamente destruídos pelas ondas, quase nada ficou de pé.
Clique aqui para ver as últimas fotos da catástrofe
A frente da igreja ainda está no lugar, mas o resto foi levado pelas ondas.
Líderes dos Tigres Tâmeis organizaram grupos de jovens para o recolhimento dos corpos. A maioria dos corpos está em estado de putrefação.
Cheiro
Os grupos de jovens rebeldes está localizando os corpos pelo cheiro e queimando estes corpos nos locais onde eles são encontrados.
Entrando a 1,6 quilômetro para dentro da ilha é possível ver pessoas tirando corpos de um campo de arroz, colocando-os em uma fileira e queimando os corpos em seguida.
Na noite de quinta-feira o céu em Mullaitivu estava negro com a fumaça das piras funerárias improvisadas.
O cheiro que predominava era uma mistura de madeira queimada e carne putrefata também queimada.
Sobreviventes foram levados para escolas e outros prédios públicos.
O padre católico do vilarejo, Anansha Kumar, disse que 95% das pessoas na área são católicas.
Kumar refletiu a preocupação geral quanto à saúde pública em relação ao fato das pessoas não estarem tendo funerais normais, cristãos.
"Não acho que o Senhor está sendo muito exigente a respeito disso", afirmou.
O padre teme que os sobreviventes nunca voltem para suas casas devido ao trauma que viveram.
Operação organizada
As ruínas em Mullaitivu estão vazias, a não ser pelos grupos coletando corpos.
Bandos de cães correm livres junto com outros animais domésticos que sobreviveram ao maremoto.
A impressão é que a operação de limpeza está bem organizada.
Os Tigres Tâmeis estão planejando a desinfecção com cloro dos poços de água, e também a desinfecção das áreas em volta.
Outro chefe de uma outra vila afirmou que 2012 pessoas viviam no local antes do maremoto de domingo. Destes, cerca de 1100 foram mortos pelas águas."
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