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13/01/2005
-
11h21
da BBC Brasil, em Washington
A Casa Branca reconheceu oficialmente o que o jornal The Washington Post já havia noticiado e o que muitos provavelmente já supunham: as buscas por armas de destruição em massa no Iraque foram encerradas.
As buscas terminaram de forma silenciosa um pouco antes do Natal, quando o principal inspetor de armas, Charles Duelfer, retornou aos Estados Unidos sem planos de voltar ao Iraque.
Os caçadores de armas --chamados oficialmente de Grupo de Pesquisa sobre o Iraque-- suspenderam as buscas em campo.
Alguns ainda estão vasculhando uma montanha de documentos, mas ninguém realmente espera que a busca seja retomada.
'Motivo da guerra'
Washington e Londres já enfrentaram problemas políticos suficientes por causa da não descoberta das armas.
Na prática, os dois governos já haviam aceitado que as armas não seriam encontradas e que as informações dos serviços de segurança coletadas antes da guerra estavam erradas.
Mas a declaração de que as buscas chegaram ao fim deverá despertar algumas críticas, especialmente por ter sido motivada por um matéria de jornal.
A senadora democrata Nancy Pelosi já disse que o presidente precisa explicar ao povo americano por que se equivocou tanto.
O ex-inspetor chefe das Nações Unidas no Iraque Hans Blix também disse que o governo americano ainda tem que prestar satisfações sobre o assunto.
Duelfer afirmou em um relatório em outubro que não conseguiu encontrar indícios de que o Iraque possuía estoques de armas químicas ou biológicas na época em que começou a invasão liderada pelos Estados Unidos.
Mas ele também disse que Saddam Hussein planejava reiniciar seu programa para fabricar armas de destruição em massa, uma vez que as sanções da ONU então vigentes fossem levantadas.
O relatório de Duelfer era preliminar, mas o próprio inspetor disse não acreditar que as conclusões pudessem mudar muito.
Duelfer deverá publicar uma versão revisada nas próximas semanas.
Mesmo que não mude as conclusões já apresentadas, o inspetor dará as palavras finais num assunto que começou como a principal razão para Estados Unidos e Grã-Bretanha irem à guerra contra o Iraque e que se transformou numa fonte de enorme constrangimento para os dois governos.
O Grupo de Pesquisa sobre o Iraque agora está se concentrando no combate aos insurgentes em ação no Iraque, um problema mais imediato para o governo americano.
Análise: Justificativa para guerra no Iraque vira embaraço político
NICK CHILDSda BBC Brasil, em Washington
A Casa Branca reconheceu oficialmente o que o jornal The Washington Post já havia noticiado e o que muitos provavelmente já supunham: as buscas por armas de destruição em massa no Iraque foram encerradas.
As buscas terminaram de forma silenciosa um pouco antes do Natal, quando o principal inspetor de armas, Charles Duelfer, retornou aos Estados Unidos sem planos de voltar ao Iraque.
Os caçadores de armas --chamados oficialmente de Grupo de Pesquisa sobre o Iraque-- suspenderam as buscas em campo.
Alguns ainda estão vasculhando uma montanha de documentos, mas ninguém realmente espera que a busca seja retomada.
'Motivo da guerra'
Washington e Londres já enfrentaram problemas políticos suficientes por causa da não descoberta das armas.
Na prática, os dois governos já haviam aceitado que as armas não seriam encontradas e que as informações dos serviços de segurança coletadas antes da guerra estavam erradas.
Mas a declaração de que as buscas chegaram ao fim deverá despertar algumas críticas, especialmente por ter sido motivada por um matéria de jornal.
A senadora democrata Nancy Pelosi já disse que o presidente precisa explicar ao povo americano por que se equivocou tanto.
O ex-inspetor chefe das Nações Unidas no Iraque Hans Blix também disse que o governo americano ainda tem que prestar satisfações sobre o assunto.
Duelfer afirmou em um relatório em outubro que não conseguiu encontrar indícios de que o Iraque possuía estoques de armas químicas ou biológicas na época em que começou a invasão liderada pelos Estados Unidos.
Mas ele também disse que Saddam Hussein planejava reiniciar seu programa para fabricar armas de destruição em massa, uma vez que as sanções da ONU então vigentes fossem levantadas.
O relatório de Duelfer era preliminar, mas o próprio inspetor disse não acreditar que as conclusões pudessem mudar muito.
Duelfer deverá publicar uma versão revisada nas próximas semanas.
Mesmo que não mude as conclusões já apresentadas, o inspetor dará as palavras finais num assunto que começou como a principal razão para Estados Unidos e Grã-Bretanha irem à guerra contra o Iraque e que se transformou numa fonte de enorme constrangimento para os dois governos.
O Grupo de Pesquisa sobre o Iraque agora está se concentrando no combate aos insurgentes em ação no Iraque, um problema mais imediato para o governo americano.
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