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19/01/2005
-
10h45
Os britânicos vivem saindo no pau. A polícia não sabe mais como conter a rapaziada. Vão agora permitir beber 24 horas por dia.
Autoridades são contra. Todo mundo é contra. Menos, claro, quem pretende derramar umas e outras todos os dias de manhã até onde o corpo aguentar --e aí então partir para uma boa briga. Que, mesmo sóbrios, eles gostam de um entrevero físico.
O que pega mal mesmo é arma de fogo. Todos são contra o porte e uso das armas de fogo. Menos, óbvio, aqueles que delas fazem uso.
Lembre-se de que quando do maior assalto de todos os tempos aqui na Inglaterra, aquele onde o quase nosso Ronald Biggs servia o chá, o do trem pagador, ninguém estava armado. Nem assaltante nem guarda. Havia um código não-escrito de que arma de fogo era coisa de de nem sei o quê. Filme ruim americano, possivelmente.
E assim foi durante muito tempo. Agora, tudo mudou. Segundo as mais recentes estatísticas, entre abril de 2002 e março de 2003, 4 mil pessoas levaram bala aqui na Grã-Bretanha. Dessas, 81 morreram. Para os britânicos, 81 é muito.
Em 2002, uma campanha nacional dando anistia a quem entregasse de livre e espontânea vontade suas armas foi considerada um tremendo sucesso. Os números agora divulgados não vão deixar o governo mais sossegado.
Também de nada servirá apontar as estatísticas de outros países. Como os aliados na coalizão que foi ter ao Iraque, feito os Estados Unidos, onde o número anual de mortes por armas de fogo é em torno dos 38 mil. É dose.
Pelas Oropas, o número se mantém mais ou menos em torno desses 4 mil que levaram chumbo aqui. Mais as poucas (para nós) dezenas que, conforme dizia dona Aracy de Almeida, pediram o boné, que me perdoem a irreverência.
É que eu ia lembrar aquilo que vocês conhecem, sentem, cheiram e vêem bem melhor do que eu: no Brasil, são 40 mil mortos por ano, segundo meu querido Google, sendo que a maior parte das mortes se deve a motivos fúteis.
Imagine se levarem em conta os motivos sérios (se é que os há) para disparar com revólver, pistola, rifle de assalto, espingarda ou mosquete.
O que precisamos não é campanha nem nada. Um bom slogan, conforme é de nosso gosto. Algo assim feito: "Quem ama não mata".
Mas acho que esse já foi usado, né mesmo?
Bala com bala
da BBC BrasilOs britânicos vivem saindo no pau. A polícia não sabe mais como conter a rapaziada. Vão agora permitir beber 24 horas por dia.
Autoridades são contra. Todo mundo é contra. Menos, claro, quem pretende derramar umas e outras todos os dias de manhã até onde o corpo aguentar --e aí então partir para uma boa briga. Que, mesmo sóbrios, eles gostam de um entrevero físico.
O que pega mal mesmo é arma de fogo. Todos são contra o porte e uso das armas de fogo. Menos, óbvio, aqueles que delas fazem uso.
Lembre-se de que quando do maior assalto de todos os tempos aqui na Inglaterra, aquele onde o quase nosso Ronald Biggs servia o chá, o do trem pagador, ninguém estava armado. Nem assaltante nem guarda. Havia um código não-escrito de que arma de fogo era coisa de de nem sei o quê. Filme ruim americano, possivelmente.
E assim foi durante muito tempo. Agora, tudo mudou. Segundo as mais recentes estatísticas, entre abril de 2002 e março de 2003, 4 mil pessoas levaram bala aqui na Grã-Bretanha. Dessas, 81 morreram. Para os britânicos, 81 é muito.
Em 2002, uma campanha nacional dando anistia a quem entregasse de livre e espontânea vontade suas armas foi considerada um tremendo sucesso. Os números agora divulgados não vão deixar o governo mais sossegado.
Também de nada servirá apontar as estatísticas de outros países. Como os aliados na coalizão que foi ter ao Iraque, feito os Estados Unidos, onde o número anual de mortes por armas de fogo é em torno dos 38 mil. É dose.
Pelas Oropas, o número se mantém mais ou menos em torno desses 4 mil que levaram chumbo aqui. Mais as poucas (para nós) dezenas que, conforme dizia dona Aracy de Almeida, pediram o boné, que me perdoem a irreverência.
É que eu ia lembrar aquilo que vocês conhecem, sentem, cheiram e vêem bem melhor do que eu: no Brasil, são 40 mil mortos por ano, segundo meu querido Google, sendo que a maior parte das mortes se deve a motivos fúteis.
Imagine se levarem em conta os motivos sérios (se é que os há) para disparar com revólver, pistola, rifle de assalto, espingarda ou mosquete.
O que precisamos não é campanha nem nada. Um bom slogan, conforme é de nosso gosto. Algo assim feito: "Quem ama não mata".
Mas acho que esse já foi usado, né mesmo?
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