Publicidade
Publicidade
21/01/2005
-
12h23
da BBC Brasil, em Madri
Cuba e a crise entre Colômbia e Venezuela estarão entre os principais temas da visita do primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, ao Brasil, na semana que vem.
Zapatero falou da viagem --programada para durar dois dias a partir de domingo-- em uma conversa informal com jornalistas em Madri.
A Espanha foi quem conseguiu fazer com que os acordos entre Cuba e a União Européia avançassem e agora Zapatero quer, junto com Lula, tentar ajudar o governo de Fidel Castro na relação com outros países.
Ambos tentarão também mediar o conflito entre Colômbia e Venezuela, aproveitando o bom relacionamento de Lula com o presidente venezuelano Hugo Chávez e os recentes contatos de Zapatero com Álvaro Uribe, presidente da Colômbia.
Zapatero elogiou a atuação do governo brasileiro no Haiti e lembrou que a decisão de mandar tropas espanholas foi tomada depois de um pedido pessoal de Lula.
Colaboração
A Espanha está disposta a discutir novas operações internacionais com o Brasil, segundo o premiê.
Zapatero e Lula também devem conversar sobre a possibilidade de reabrir negociações entre Mercosul e União Européia, bloqueadas por causa de desacordos sobre subsídios agrícolas.
O Brasil pede a redução desses subsídios, mas a União Européia por enquanto não aceita.
A visita servirá também para assinar acordos sobre educação, turismo, cooperação agrícola e meio ambiente.
Para falar de economia, o líder socialista se reunirá na segunda-feira em São Paulo com empresários brasileiros e representantes das principais empresas espanholas com investimento no Brasil.
Cervantes
A Espanha é, depois dos Estados Unidos, o país que mais investe no Brasil, com um volume acumulado de US$ 27 bilhões.
Mas Zapatero disse que quer ver o Brasil e a América Latina em geral como parceiros sociais e culturais, e não apenas econômicos.
Prova desse novo investimento, segundo ele, é a inauguração de sete unidades do Instituto Cervantes em capitais brasileiras.
Além dos já existentes no Rio de Janeiro e em São Paulo, serão abertos novos centros em Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
O Brasil vai se tornar assim o país com a maior presença dessa instituição no mundo.
Depois do Brasil, o líder espanhol vai seguir para a Argentina e o Chile.
Ele deve também fazer uma escala técnica na Venezuela, onde se reunirá com o presidente Chávez por uma hora.
Zapatero disse que a escolha do Brasil como o primeiro país da América do Sul a ser visitado não foi casual: para o governante espanhol, Lula é o melhor interlocutor no continente neste momento.
Zapatero quer discutir Cuba e Chávez com Lula
ANELISE INFANTEda BBC Brasil, em Madri
Cuba e a crise entre Colômbia e Venezuela estarão entre os principais temas da visita do primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, ao Brasil, na semana que vem.
Zapatero falou da viagem --programada para durar dois dias a partir de domingo-- em uma conversa informal com jornalistas em Madri.
A Espanha foi quem conseguiu fazer com que os acordos entre Cuba e a União Européia avançassem e agora Zapatero quer, junto com Lula, tentar ajudar o governo de Fidel Castro na relação com outros países.
Ambos tentarão também mediar o conflito entre Colômbia e Venezuela, aproveitando o bom relacionamento de Lula com o presidente venezuelano Hugo Chávez e os recentes contatos de Zapatero com Álvaro Uribe, presidente da Colômbia.
Zapatero elogiou a atuação do governo brasileiro no Haiti e lembrou que a decisão de mandar tropas espanholas foi tomada depois de um pedido pessoal de Lula.
Colaboração
A Espanha está disposta a discutir novas operações internacionais com o Brasil, segundo o premiê.
Zapatero e Lula também devem conversar sobre a possibilidade de reabrir negociações entre Mercosul e União Européia, bloqueadas por causa de desacordos sobre subsídios agrícolas.
O Brasil pede a redução desses subsídios, mas a União Européia por enquanto não aceita.
A visita servirá também para assinar acordos sobre educação, turismo, cooperação agrícola e meio ambiente.
Para falar de economia, o líder socialista se reunirá na segunda-feira em São Paulo com empresários brasileiros e representantes das principais empresas espanholas com investimento no Brasil.
Cervantes
A Espanha é, depois dos Estados Unidos, o país que mais investe no Brasil, com um volume acumulado de US$ 27 bilhões.
Mas Zapatero disse que quer ver o Brasil e a América Latina em geral como parceiros sociais e culturais, e não apenas econômicos.
Prova desse novo investimento, segundo ele, é a inauguração de sete unidades do Instituto Cervantes em capitais brasileiras.
Além dos já existentes no Rio de Janeiro e em São Paulo, serão abertos novos centros em Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
O Brasil vai se tornar assim o país com a maior presença dessa instituição no mundo.
Depois do Brasil, o líder espanhol vai seguir para a Argentina e o Chile.
Ele deve também fazer uma escala técnica na Venezuela, onde se reunirá com o presidente Chávez por uma hora.
Zapatero disse que a escolha do Brasil como o primeiro país da América do Sul a ser visitado não foi casual: para o governante espanhol, Lula é o melhor interlocutor no continente neste momento.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice