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Depois de Londres, tocha olímpica chega à França
da BBC Brasil
A tocha olímpica chegou à França depois da passagem por Londres, onde a jornada da chama olímpica causou vários protestos dos manifestantes pró-Tibete que acompanharam o percurso de cerca de 50 quilômetros pela capital britânica.
Durante o trajeto em Londres, pelo menos 35 pessoas foram detidas. As manifestações contra a violação dos direitos humanos praticada pelo governo da China começaram mesmo antes de a tocha deixar o estádio de Wembley nas mãos do campeão olímpico de remo Steve Redgrave.
Durante a corrida da apresentadora do programa infantil Blue Peter, Konnie Huq, um manifestante conseguiu chegar à tocha e tentou tirá-la das mãos dela.
Após uma mudança de rota que não estava prevista no plano divulgado para a imprensa, o embaixador da China carregou a tocha pela passagem por Chinatown em meio a temores de que a medida pudesse gerar protestos mais intensos.
Em um trecho do percurso, a tocha foi transferida para um ônibus para proteger a chama olímpica dos manifestantes.
A jornada da tocha olímpica na capital britânica foi encerrada pela corredora inglesa Kelly Holmes, que conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas. Ela encerrou o revezamento da tocha em uma cerimônia no centro de entretenimento O2 Arena, inicialmente construído para celebrar a passagem do milênio.
A chama irá atravessar 20 países antes de retornar à Pequim para a cerimônia de abertura do evento, no dia 8 de agosto. Na América Latina, apenas Buenos Aires está na rota olímpica.
Milhares de pessoas enfrentaram a neve em Londres para assistir à passagem da tocha pela cidade e grupos pró-China também saíram às ruas para mostrar seu apoio aos Jogos Olímpicos.
Paris
A passagem da tocha pela capital francesa Paris nesta segunda-feira também deve gerar protestos.
No sábado, o jornal francês Le Monde publicou uma reportagem citando que a ministra francesa dos Direitos Humanos, Rama Yade, teria imposto condições para que o presidente Nicolas Sarkozy compareça aos jogos.
A ministra, no entanto, negou que tenha "imposto condições" e disse ter sido citada "erroneamente" pelo diário francês.
Segundo o Le Monde, a ministra teria dito que Sarkozy só irá aos Jogos se a China puser fim à violência contra a população e libertar prisioneiros, esclarecer os eventos ocorridos no Tibete e abrir negociações com o Dalai Lama.
Ainda assim, analistas acreditam que com a passagem da tocha por Paris alguns membros do governo devem deixar claro sua intenção de não comparecer à cerimônia de abertura da Olimpíada.
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