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28/01/2005
-
21h06
da BBC Brasil, em Davos
O acordo para liberalização do comércio mundial pode ser fechado no fim de 2006, disse o diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Supachai Panitchpakdi.
Em conversas no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Supachai instou os países a trabalhar "tão arduamente quanto possível" e assumir compromissos claros em meados deste ano.
O ministro do Desenvolvimento brasileiro, Luiz Fernando Furlan, disse que as negociações em curso estão "indo bem", pelo menos comparadas à chamada Rodada Uruguai de negociações comerciais, que demorou 7,5 anos para ser concluída e criar o atual sistema de livre comércio e a OMC.
No sábado, Supachai vai se reunir com mais de 20 ministros negociadores de comércio de diferentes países que estão em Davos.
A chamada Rodada Doha de negociações comerciais está paralisada há anos, com a discussão entre países industrializados e em desenvolvimento sobre subsídios e barreiras tarifárias para produtos agrícolas.
'Negociações tortuosas'
Está marcada uma reunião ministerial dos 148 membros da OMC para dezembro, em Hong Kong, mas muitos observadores acreditam que é improvável que haja uma solução para as diferenças entre os países antes de 2007.
Supachai descreveu o ritmo das negociações da OMC como "tortuoso, difícil e consumidor de tempo".
"Antes do verão (do Hemisfério Norte, em meados do ano) precisamos que os países membros apresentem alguns dados" e algumas linhas de um "pacote equilibrado" para que se possa avançar, disse ele.
No entanto, Supachai alertou para a existência de muitas "armadilhas".
As negociações "vão ser difíceis. Fomos empurrados para a beira do abismo muitas vezes no passado", disse ele.
Em 2003, a reunião ministerial da OMC em Cancún, no México, desabou quando os países em desenvolvimento vetaram um acordo que, na opinião deles, favorecia os países ricos como Estados Unidos e União Européia.
Expectativas
Nem todos em Davos estão preocupados.
Além de Furlan, o ministro do Comércio do Paquistão, que chegou a Davos diretamente da mesa de negociações em Bruxelas, com a União Européia (UE), disse que o movimento é possível.
Mas todas as atenções em Davos estarão voltadas para o novo negociador comercial da UE, Peter Mandelson, e Robert Zoellick, o negociador dos Estados Unidos, que está deixando o cargo.
Supachai elogiou os dois por terem recuado de uma guerra comercial em relação a subsídios para a Boeing e a Airbus. Ele disse que está "muito feliz" que os dois tenham evitado encaminhar a disputa a um painel (grupo de árbitros) da OMC.
Nos últimos dez anos, os países membros encaminharam mais de 300 disputas à OMC, número que, segundo Supachai, é um "sinal de confiança" na justiça do sistema multilateral da OMC.
Ele acrescentou, porém, que prefere acordos "fora dos tribunais" entre os países.
Diretor da OMC prevê acordo mundial até o fim de 2006
TIM WEBBERda BBC Brasil, em Davos
O acordo para liberalização do comércio mundial pode ser fechado no fim de 2006, disse o diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Supachai Panitchpakdi.
Em conversas no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Supachai instou os países a trabalhar "tão arduamente quanto possível" e assumir compromissos claros em meados deste ano.
O ministro do Desenvolvimento brasileiro, Luiz Fernando Furlan, disse que as negociações em curso estão "indo bem", pelo menos comparadas à chamada Rodada Uruguai de negociações comerciais, que demorou 7,5 anos para ser concluída e criar o atual sistema de livre comércio e a OMC.
No sábado, Supachai vai se reunir com mais de 20 ministros negociadores de comércio de diferentes países que estão em Davos.
A chamada Rodada Doha de negociações comerciais está paralisada há anos, com a discussão entre países industrializados e em desenvolvimento sobre subsídios e barreiras tarifárias para produtos agrícolas.
'Negociações tortuosas'
Está marcada uma reunião ministerial dos 148 membros da OMC para dezembro, em Hong Kong, mas muitos observadores acreditam que é improvável que haja uma solução para as diferenças entre os países antes de 2007.
Supachai descreveu o ritmo das negociações da OMC como "tortuoso, difícil e consumidor de tempo".
"Antes do verão (do Hemisfério Norte, em meados do ano) precisamos que os países membros apresentem alguns dados" e algumas linhas de um "pacote equilibrado" para que se possa avançar, disse ele.
No entanto, Supachai alertou para a existência de muitas "armadilhas".
As negociações "vão ser difíceis. Fomos empurrados para a beira do abismo muitas vezes no passado", disse ele.
Em 2003, a reunião ministerial da OMC em Cancún, no México, desabou quando os países em desenvolvimento vetaram um acordo que, na opinião deles, favorecia os países ricos como Estados Unidos e União Européia.
Expectativas
Nem todos em Davos estão preocupados.
Além de Furlan, o ministro do Comércio do Paquistão, que chegou a Davos diretamente da mesa de negociações em Bruxelas, com a União Européia (UE), disse que o movimento é possível.
Mas todas as atenções em Davos estarão voltadas para o novo negociador comercial da UE, Peter Mandelson, e Robert Zoellick, o negociador dos Estados Unidos, que está deixando o cargo.
Supachai elogiou os dois por terem recuado de uma guerra comercial em relação a subsídios para a Boeing e a Airbus. Ele disse que está "muito feliz" que os dois tenham evitado encaminhar a disputa a um painel (grupo de árbitros) da OMC.
Nos últimos dez anos, os países membros encaminharam mais de 300 disputas à OMC, número que, segundo Supachai, é um "sinal de confiança" na justiça do sistema multilateral da OMC.
Ele acrescentou, porém, que prefere acordos "fora dos tribunais" entre os países.
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