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03/02/2005
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08h36
A saúde de João Paulo 2º, que completou 84 anos em maio, está debilitada já há algum tempo, embora ele tenha raramente cancelado seus compromissos oficiais.
O papa sofre do mal de Parkinson há vários anos. A artrite nas pernas provoca dores, causando-lhe dificuldades para permanecer em pé sem ajuda.
A aparência do pontífice, com sua postura curvada e mãos trêmulas, às vezes assusta os fiéis que participam de audiências no Vaticano.
Algumas vezes nos últimos três anos ele enfrentou dificuldade para completar discursos e aparenta cansaço rapidamente durante aparições públicas.
Viagens
Autoridades do Vaticano finalmente conseguiram convencer o papa de que ele teria de aceitar as limitações impostas pela doença. Assim, ele começou a passar mais tempo descansando e diminuiu o ritmo de suas viagens ao exterior.
Ele já visitou mais de 100 países em seu pontificado. Em agosto do ano passado, celebrou uma missa ao ar livre para 200 mil pessoas na cidade de Lourdes, no sul da França.
Na ocasião, o papa teve de interromper o sermão e pedir um pouco de água, mas prosseguiu até o fim, enfrentando um calor de 30 graus.
Embora alguns católicos tenham levantado a hipótese de que seria melhor para o papa buscar retiro num monastério nas montanhas polonesas, João Paulo 2º deixou claro que não tem intenção de deixar o posto.
Na visão dele, o cargo lhe foi dado por Deus e só Deus decidirá o momento do final do pontificado.
Imagem
Numa época dominada pela televisão, há os questionam se não seria um erro projetar a imagem de um papa fragilizado.
Mas especialistas em Vaticano destacam o entusiasmo que suas aparições despertam no público, particularmente entre os jovens.
Há, porém, alguns católicos que defendem abertamente o afastamento de João Paulo 2º.
Numa carta aberta publicada antes da visita do papa à Suíça em junho de 2004, o teólogo Xaver Pfister disse que o papa deveria respeitar a idade normal de aposentadoria estabelecida pelo Vaticano para os bispos, de 75 anos.
"A mídia só fala da saúde do papa e não mais sobre o que ele fala, o que cria um problema de credibilidade para ele e o seu papado", afirmou.
O bispo da Basiléia, Kurt Koch, saiu na época em defesa do papa, descrevendo a sugestão de aposentadoria como "absurda".
O correspondente da BBC Peter Gould afirma já ter visto o papa muitas vezes desde a sua eleição em 1978, e que mesmo doente ele mantém um poder extraordinário de mobilizar uma multidão.
Na última visita que fez à sua terra natal, a Polônia, dois milhões de pessoas se aglomeraram numa missa em Cracóvia.
Até os dias de hoje, quando João Paulo 2º faz sua tradicional aparição de domingo na janela na praça São Pedro, no Vaticano, os fiéis aplaudem com ímpeto e choram.
Saiba mais sobre a saúde de João Paulo 2º
da BBC BrasilA saúde de João Paulo 2º, que completou 84 anos em maio, está debilitada já há algum tempo, embora ele tenha raramente cancelado seus compromissos oficiais.
O papa sofre do mal de Parkinson há vários anos. A artrite nas pernas provoca dores, causando-lhe dificuldades para permanecer em pé sem ajuda.
A aparência do pontífice, com sua postura curvada e mãos trêmulas, às vezes assusta os fiéis que participam de audiências no Vaticano.
Algumas vezes nos últimos três anos ele enfrentou dificuldade para completar discursos e aparenta cansaço rapidamente durante aparições públicas.
Viagens
Autoridades do Vaticano finalmente conseguiram convencer o papa de que ele teria de aceitar as limitações impostas pela doença. Assim, ele começou a passar mais tempo descansando e diminuiu o ritmo de suas viagens ao exterior.
Ele já visitou mais de 100 países em seu pontificado. Em agosto do ano passado, celebrou uma missa ao ar livre para 200 mil pessoas na cidade de Lourdes, no sul da França.
Na ocasião, o papa teve de interromper o sermão e pedir um pouco de água, mas prosseguiu até o fim, enfrentando um calor de 30 graus.
Embora alguns católicos tenham levantado a hipótese de que seria melhor para o papa buscar retiro num monastério nas montanhas polonesas, João Paulo 2º deixou claro que não tem intenção de deixar o posto.
Na visão dele, o cargo lhe foi dado por Deus e só Deus decidirá o momento do final do pontificado.
Imagem
Numa época dominada pela televisão, há os questionam se não seria um erro projetar a imagem de um papa fragilizado.
Mas especialistas em Vaticano destacam o entusiasmo que suas aparições despertam no público, particularmente entre os jovens.
Há, porém, alguns católicos que defendem abertamente o afastamento de João Paulo 2º.
Numa carta aberta publicada antes da visita do papa à Suíça em junho de 2004, o teólogo Xaver Pfister disse que o papa deveria respeitar a idade normal de aposentadoria estabelecida pelo Vaticano para os bispos, de 75 anos.
"A mídia só fala da saúde do papa e não mais sobre o que ele fala, o que cria um problema de credibilidade para ele e o seu papado", afirmou.
O bispo da Basiléia, Kurt Koch, saiu na época em defesa do papa, descrevendo a sugestão de aposentadoria como "absurda".
O correspondente da BBC Peter Gould afirma já ter visto o papa muitas vezes desde a sua eleição em 1978, e que mesmo doente ele mantém um poder extraordinário de mobilizar uma multidão.
Na última visita que fez à sua terra natal, a Polônia, dois milhões de pessoas se aglomeraram numa missa em Cracóvia.
Até os dias de hoje, quando João Paulo 2º faz sua tradicional aparição de domingo na janela na praça São Pedro, no Vaticano, os fiéis aplaudem com ímpeto e choram.
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