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12/02/2005 - 05h45

Postura de Israel indica fé em Abbas como 'parceiro para paz'

MATTHEW PRICE
da BBC Brasil, em Jerusalém

No início desta semana, nós tivemos possivelmente a mais vívida ilustração até agora de como Israel vê o novo líder palestino, Mahmoud Abbas.

Na quinta-feira de manhã, militantes do grupo palestino Hamas dispararam dezenas de morteiros contra assentamentos de judeus na Faixa de Gaza. O ataque, segundo o grupo, seria uma resposta ao assassinato de um palestino.

No passado, ações semelhantes provocaram uma reação enérgica do Exército israelense, mas desta vez foi diferente.

Até agora, não houve uma resposta militar porque Israel está disposto a dar algum tempo a Abbas.

Um porta-voz do Ministério do Exterior disse que o novo presidente da Autoridade Palestina é visto como um parceiro para a paz, que tem se movido "na direção certa".

"Hora da verdade"

As forças de segurança israelenses também se mostram impressionadas com a liderança de Abbas.

Está claro, no entanto, que, se os ataques continuarem, o governo do primeiro-ministro Ariel Sharon vai acabar respondendo.

"Esta é a hora da verdade para o líder palestino", disse o ministro da Defesa, Shaul Mofaz.

Como diz uma fonte israelense, porém, até o momento ninguém desistiu de Abbas.

E isso não se aplica apenas ao establishment político. A maioria da população israelense não confiava no antigo presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat. De fato, a maioria não gostava dele.

Quando lhe perguntam o que acham do seu sucessor, os israelenses hesitam, mas ao mesmo tempo se mostram esperançosos de que talvez ele possa trazer a paz que todos querem nesta região.

Outro fator importante é o principal aliado de Israel, os Estados Unidos. Numa visita à região no início desta semana, a nova secretária de Estado americana, Condoleeza Rice, deixou claro que Washington quer trabalhar com Mahmoud Abbas e disse que os dois lados devem tomar decisões difíceis a fim de aproveitar as novas oportunidades diante deles.

Israel também está sob grande pressão para não desperdiçar essas oportunidades.
 

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