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14/02/2005
-
20h46
da BBC Brasil, em Caracas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, em Caracas, que Brasil e Venezuela nunca estiveram tão próximos como agora.
"Hoje é um dia histórico nas relações entre Brasil e Venezuela", disse Lula, após encontro com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. "Nossos países nunca estiveram tão próximos e irmanados."
"Nossos mais ambiciosos projetos de integração começam a se materializar", acrescentou o presidente.
Durante a visita de Lula à Venezuela, os dois países assinaram 20 documentos de parceria e cooperação em diversas áreas.
Entre os acordos firmados, Lula destacou os projetos conjuntos que serão realizados pela Petrobras e pela PDVSA (estatal petrolífera da Venezuela).
Um desses projetos prevê a construção de uma refinaria, com valor estimado em US$ 2 bilhões, no Nordeste do Brasil.
Outro projeto conjunto é a criação de uma empresa binacional, com participação da Companhia Vale do Rio Doce e da venezuelana Carbozulia, para a exploração das reservas de carvão natural de Socuy, na Venezuela.
Modelo
No discurso que fez após a reunião com Chávez, Lula disse que a associação entre Brasil e Venezuela deve servir de modelo para a parceria com outros países sul-americanos.
De acordo com o presidente, a "aliança estratégica" dos dois países se baseia em três pilares: o diálogo político, a ampliação do comércio de bens e serviços e a integração da infra-estrutura.
Lula também destacou a negociação de uma cooperação dos dois países na área de defesa, "não apenas na vigilância e defesa da Amazônia, como também no desenvolvimento da ciência e da tecnologia".
Durante a visita da delegação brasileira à Venezuela, a Embraer alcançou um entendimento para reaparelhar a Força Aérea Venezuela.
O acordo deve resultar na venda de aviões militares Tucano e caças AMX-T para o país vizinho.
Troca de elogios
Em seus discursos desta segunda-feira, tanto Lula como Chávez não pouparam elogios recíprocos.
O brasileiro agradeceu o apoio do venezuelano às candidaturas brasileiras a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e à direção-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Lula disse ainda que a sociedade venezuelana "soube superar de maneira serena e soberana" momentos difíceis, em uma referência à crise política que atingiu o país entre 2002 e 2003.
De acordo com o presidente, o referendo do ano passado --que confirmou o mandato de Chávez até 2006-- serviu para fortalecer a democracia na Venezuela.
Lula afirmou também que a Venezuela e a Colômbia demonstraram "maturidade política" ao superar as dificuldades nas relações bilaterais "pelos seus próprios meios e pelo caminho pacífico da diplomacia".
O presidente também repetiu a retórica de que é preciso transformar o século 21 no século da América Latina. Segundo Lula, o governo brasileiro tem a "obsessão" de se voltar para o próprio continente.
Em contrapartida, Chávez retribuiu os elogios ao defender os esforços brasileiros para a integração regional e no combate à fome e à pobreza.
O líder venezuelano disse ainda que seu país vai insistir em priorizar o comércio com os países da América do Sul para reverter anos de um modelo comercial que privilegiava as potências do Hemisfério Norte.
Na noite desta segunda-feira, o presidente Lula parte para Georgetown, capital da Guiana, onde se reúne no dia seguinte com o presidente do país, Bharrat Jagdeo.
Brasil e Venezuela nunca estiveram tão próximos, diz Lula
DIEGO TOLEDOda BBC Brasil, em Caracas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, em Caracas, que Brasil e Venezuela nunca estiveram tão próximos como agora.
"Hoje é um dia histórico nas relações entre Brasil e Venezuela", disse Lula, após encontro com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. "Nossos países nunca estiveram tão próximos e irmanados."
"Nossos mais ambiciosos projetos de integração começam a se materializar", acrescentou o presidente.
Durante a visita de Lula à Venezuela, os dois países assinaram 20 documentos de parceria e cooperação em diversas áreas.
Entre os acordos firmados, Lula destacou os projetos conjuntos que serão realizados pela Petrobras e pela PDVSA (estatal petrolífera da Venezuela).
Um desses projetos prevê a construção de uma refinaria, com valor estimado em US$ 2 bilhões, no Nordeste do Brasil.
Outro projeto conjunto é a criação de uma empresa binacional, com participação da Companhia Vale do Rio Doce e da venezuelana Carbozulia, para a exploração das reservas de carvão natural de Socuy, na Venezuela.
Modelo
No discurso que fez após a reunião com Chávez, Lula disse que a associação entre Brasil e Venezuela deve servir de modelo para a parceria com outros países sul-americanos.
De acordo com o presidente, a "aliança estratégica" dos dois países se baseia em três pilares: o diálogo político, a ampliação do comércio de bens e serviços e a integração da infra-estrutura.
Lula também destacou a negociação de uma cooperação dos dois países na área de defesa, "não apenas na vigilância e defesa da Amazônia, como também no desenvolvimento da ciência e da tecnologia".
Durante a visita da delegação brasileira à Venezuela, a Embraer alcançou um entendimento para reaparelhar a Força Aérea Venezuela.
O acordo deve resultar na venda de aviões militares Tucano e caças AMX-T para o país vizinho.
Troca de elogios
Em seus discursos desta segunda-feira, tanto Lula como Chávez não pouparam elogios recíprocos.
O brasileiro agradeceu o apoio do venezuelano às candidaturas brasileiras a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e à direção-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Lula disse ainda que a sociedade venezuelana "soube superar de maneira serena e soberana" momentos difíceis, em uma referência à crise política que atingiu o país entre 2002 e 2003.
De acordo com o presidente, o referendo do ano passado --que confirmou o mandato de Chávez até 2006-- serviu para fortalecer a democracia na Venezuela.
Lula afirmou também que a Venezuela e a Colômbia demonstraram "maturidade política" ao superar as dificuldades nas relações bilaterais "pelos seus próprios meios e pelo caminho pacífico da diplomacia".
O presidente também repetiu a retórica de que é preciso transformar o século 21 no século da América Latina. Segundo Lula, o governo brasileiro tem a "obsessão" de se voltar para o próprio continente.
Em contrapartida, Chávez retribuiu os elogios ao defender os esforços brasileiros para a integração regional e no combate à fome e à pobreza.
O líder venezuelano disse ainda que seu país vai insistir em priorizar o comércio com os países da América do Sul para reverter anos de um modelo comercial que privilegiava as potências do Hemisfério Norte.
Na noite desta segunda-feira, o presidente Lula parte para Georgetown, capital da Guiana, onde se reúne no dia seguinte com o presidente do país, Bharrat Jagdeo.
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