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15/02/2005 - 07h32

Lula chega à Guiana em meio a surto de leptospirose

DIEGO TOLEDO
da BBC Brasil, em Georgetown

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na noite desta segunda-feira, em Georgetown, capital da Guiana, na segunda etapa da sua viagem por três países da América do Sul.

O presidente chega ao país vizinho em meio a um surto de leptospirose, doença transmitida pela urina de ratos que se alastrou na Guiana por causa de uma onda de enchentes, na segunda quinzena de janeiro.

Pelo menos 21 pessoas morreram de leptospirose desde o início das inundações, que também comprometeram o suprimento de água no país.

A embaixada do Brasil recomendou à comitiva que acompanha Lula cuidados especiais na hora de beber água e comer.

A confirmação da ajuda do Brasil para que a Guiana se recupere dos estragos causados pelas enchentes é justamente um dos resultados práticos esperados dessa visita.

Chave da cidade

O primeiro compromisso de Lula na Guiana será na prefeitura de Georgetown, onde receberá a chave da cidade.

Em seguida, ele se reunirá com o presidente do país, Bharrat Jagdeo.

Lula e Jagdeo devem tratar do término da construção, pelo Brasil, da ponte sobre o rio Tacutu, na fronteira entre os dois países.

Os dois presidentes também vão discutir o aprofundamento da cooperação nas áreas de saúde, educação, pesquisa agrícola e combate a ações ilegais transnacionais.

Lula encerra a visita à Guiana com um encontro com a comunidade de brasileiros que vivem no país.

Em seguida, o presidente parte para Paramaribo, no Suriname, onde participa como convidado da reunião de cúpula dos chefes de governo da Comunidade do Caribe.

OMC e Haiti

Um dos assuntos mais delicados no encontro entre Lula e Jagdeo deve ser a insatisfação da Guiana com uma reclamação apresentada à Organização Mundial do Comércio (OMC) por Brasil, Tailândia e Austrália sobre a política da União Européia para o comércio de açúcar.

Em outubro, a OMC concluiu que a União Européia quebrou as regras do comércio internacional ao subsidiar produtores de açúcar.

Além de subsidiar os produtores europeus, o bloco também teria pago subsídios ilegais para a reexportação de açúcar de países da África, do Caribe e da região do Pacífico.

O presidente Lula também deve conversar com o líder da Guiana sobre a recusa do país em restabelecer as relações com o Haiti depois da revolta que resultou na queda do presidente Jean-Bertrand Aristide em fevereiro do ano passado.

O Brasil lidera a missão de paz da ONU no Haiti.

Especial
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