Publicidade
Publicidade
18/02/2005
-
14h16
da BBC Brasil, em Washington
Cientistas de uma equipe baseada na Califórnia publicaram uma pesquisa na qual foi identificada mais de 1 milhão de variações cruciais de DNA em três grupos raciais, abrindo caminho para uma medicina "individualizada".
Como um remédio pode funcionar melhor para algumas pessoas do que para outras, médicos podem usar testes sangüíneos para oferecer tratamentos específicos para cada paciente.
Os detalhes da pesquisa foram publicados na revista Science.
Os três grupos raciais analisados eram formados por pessoas com ancestrais europeu-americanos, afro-americanos e chineses.
"Observando o DNA e as diferenças entre as pessoas, nós podemos questionar por que remédios abaixam a pressão sangüínea em algumas pessoas e não em outras", disse David Cox, co-autor do estudo.
Ele apresentou o trabalho de sua equipe na reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência, em Washington.
Segundo Cox, o resultado desse estudo já poderá render frutos em cinco anos.
As informações resultantes do mapeamento também mostram variações genéticas entre populações.
Esse dado gerou temores de que as informações possam ser usadas para se descobrir a prevalência de genes para características como inteligência e comportamento criminoso em determinadas populações - possivelmente levando à discriminação.
Cox concorda que há possibilidade de serem cometidos abusos, mas acrescentou que é impossível classificar indivíduos dentro de categorias com base no fato de pertencerem a determinado grupo.
Segundo ele, essa impossibilidade acontece por causa das enormes diferenças genéticas dentro de cada grupo humano.
Preconceitos
Mas Troy Duster, diretor do Instituto para a História da Produção de Conhecimento, em Nova York, alertou que o trabalho pode servir para reforçar preconceitos sobre agrupamentos raciais.
"Se nós cairmos na armadilha dessas categorias, então pode ser fácil adotar preconceitos que falam em doenças 'de negros' ou 'de brancos'".
Cox na verdade argumenta que o trabalho pode ajudar a demolir visões de raça estabelecidas.
"Nós classificamos pessoas de acordo com sua aparência, tentando predizer o que vai acontecer. Mas as pessoas vão encontrar grupos totalmente diferentes quando olharem para a genética - não baseado na aparência, mas na forma como seus corpos funcionam", afirmou.
'DNA racial' pode levar a remédios sob medida
PAUL RINCONda BBC Brasil, em Washington
Cientistas de uma equipe baseada na Califórnia publicaram uma pesquisa na qual foi identificada mais de 1 milhão de variações cruciais de DNA em três grupos raciais, abrindo caminho para uma medicina "individualizada".
Como um remédio pode funcionar melhor para algumas pessoas do que para outras, médicos podem usar testes sangüíneos para oferecer tratamentos específicos para cada paciente.
Os detalhes da pesquisa foram publicados na revista Science.
Os três grupos raciais analisados eram formados por pessoas com ancestrais europeu-americanos, afro-americanos e chineses.
"Observando o DNA e as diferenças entre as pessoas, nós podemos questionar por que remédios abaixam a pressão sangüínea em algumas pessoas e não em outras", disse David Cox, co-autor do estudo.
Ele apresentou o trabalho de sua equipe na reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência, em Washington.
Segundo Cox, o resultado desse estudo já poderá render frutos em cinco anos.
As informações resultantes do mapeamento também mostram variações genéticas entre populações.
Esse dado gerou temores de que as informações possam ser usadas para se descobrir a prevalência de genes para características como inteligência e comportamento criminoso em determinadas populações - possivelmente levando à discriminação.
Cox concorda que há possibilidade de serem cometidos abusos, mas acrescentou que é impossível classificar indivíduos dentro de categorias com base no fato de pertencerem a determinado grupo.
Segundo ele, essa impossibilidade acontece por causa das enormes diferenças genéticas dentro de cada grupo humano.
Preconceitos
Mas Troy Duster, diretor do Instituto para a História da Produção de Conhecimento, em Nova York, alertou que o trabalho pode servir para reforçar preconceitos sobre agrupamentos raciais.
"Se nós cairmos na armadilha dessas categorias, então pode ser fácil adotar preconceitos que falam em doenças 'de negros' ou 'de brancos'".
Cox na verdade argumenta que o trabalho pode ajudar a demolir visões de raça estabelecidas.
"Nós classificamos pessoas de acordo com sua aparência, tentando predizer o que vai acontecer. Mas as pessoas vão encontrar grupos totalmente diferentes quando olharem para a genética - não baseado na aparência, mas na forma como seus corpos funcionam", afirmou.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice