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18/02/2005
-
12h53
da BBC Brasil
Na segunda parte da entrevista à BBC, Bill Gates comenta quais são as vantagens e as desvantagens de estar no pelotão da frente da indústria da informática:
Clique aqui para ler a primeira parte da entrevista
BBC --O sr. acha que a Microsoft subestimou a ameaça não só dos vírus, mas de todo tipo de ataques contra os softwares da empresa nos últimos dois anos? Em outras palavras, vocês subestimaram o valor da segurança?
Bill Gates --Você certamente jamais pode subestimar o nível de malignidade das pessoas que estão tentando se aproveitar de qualquer coisa que houver. É por isso que fizemos da confiabilidade informática nossa principal prioridade.
Se alguém tivesse previsto, dois anos atrás, que teríamos centenas de milhões de pessoas conectadas às nossas atualizações automáticas e obtendo estas melhorias imediatamente --incluindo 100 milhões que baixaram atualizações para o SP2-- eu acho que ninguém teria acreditado.
É só porque nós fizemos disso nossa maior prioridade que as pessoas realmente entenderam que tendo esse tipo de coisa realmente dá a elas um nível muito alto de segurança.
BBC --Ainda assim, muita gente diz que a Microsoft não leva as ameaças suficientemente a sério.
Gates --Com certeza podemos sempre fazer melhor. É a nossa maior prioridade. Se você olhar para coisas como os spams, estamos satisfeitos a respeito dos progressos nesta área. Se você olhar para o progresso em garantir que você não vai ter que fazer as coisas manualmente, ele é muito dramático.
Há muito mais o que fazer. Quando se está usando um computador, não se alcança o potencial completo se há a preocupação com algo relacionado à segurança.
Então este é o nosso compromisso com as pessoas. Vamos assegurar que isso não vá impedir as pessoas no sentido de aproveitar essas grandes e novas experiências.
BBC --Vocês são vítimas, quem sabe, de seu próprio sucesso? Sendo os maiores, sempre vão estar sujeitos a ataques.
Gates --E sempre seremos capazes de fazer a melhor pesquisa e desenvolvimento, as melhores inovações, as melhores parcerias.
Com certeza nossa posição é uma que as pessoas invejam.
BBC --Um reforço da segurança vai ser uma característica importante do Longhorn (o sucessor do Windows)?
Gates --Com certeza. O Longhorn é realmente um avanço em todas as áreas --a forma como exploramos as máquinas, a riqueza de possibilidades que instalamos nelas.
O Longhorn é um lançamento muito importante para nós porque inclui todo o retorno que recebemos dos usuários durante vários anos e nos permite fazer algo dramático para endereçar qualquer coisa que eles desejem.
BBC --Quando o sr. espera que ele seja lançado?
Gates - Jamais divulgamos uma data precisa para isso. Estamos nos dedicando à qualidade e a riqueza de possibilidades do produto. Nosso alvo é 2006, mas não há um sentimento de que esta é uma data exata.
Estamos seguindo um processo. Mais tarde, neste ano, vamos entrar em um estágio Beta e, com base no retorno que recebermos, vamos decidir exatamente o que faz sentido.
BBC --Neste ano, e no ano passado, vocês estiveram na mira do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da União Européia. Vocês receberam uma multa de 500 milhões de euros. Alguma vez vocês cogitaram, talvez por um segundo, que eles poderiam estar certos --"talvez estejamos agindo em detrimento da concorrência?"
Gates --Na verdade, não tivemos nenhum problema com o Departamento de Justiça no ano passado, aquele caso foi encerrado um bom tempo antes disso.
BBC --Mas vocês sofreram uma ofensiva do Departamento de Justiça...
Gates --Não neste ano. Isto foi seis anos atrás.
BBC --E a Europa os multou também por estarem agindo contra a concorrência. Vocês pararam alguma vez para pensar: "talvez estejamos agindo em detrimento da concorrência?"
Gates --Eu acho que há um tanto de ironia aqui. A idéia de um computador de baixo custo, que permita às pessoas que tenham uma escolha do melhor PC possível, assegurando que os preços estejam constantemente em queda --não há nenhum setor da economia que tenha feito um melhor trabalho no sentido de aprimorar seus produtos e cobrar preços baixos do que a do computador pessoal.
Nós criamos a indústria do PC com alguns parâmetros baseados no aumento de nossa pesquisa e desenvolvimento em todos os anos.
As pessoas seriam afortunadas se outros setores da economia funcionassem tão bem quanto a indústria do computador pessoal.
O sr. gosta da vida de uma celebridade --de estar sob os holofotes, de ser, como é, o foco da mídia?
Gates --Com certeza há alguns pontos baixos, mas há alguns pontos altos no sentido de ser capaz de criar e lançar produtos pioneiros como os novos equipamentos para música, de falar sobre o Media Center e realmente deixar as pessoas conhecerem as novas oportunidades de que elas dispõem.
Há altos e baixos, mas eu tenho falado sobre o PC e a importância dele já por mais de 25 anos.
BBC --O sr. alguma vez já se cansou de falar sobre o PC?
Gates - Bem, se o PC tivesse continuado a ser o mesmo, eu teria me cansado, mas, devido ao trabalho pioneiro que nós e outros e estamos fazendo, não.
Ainda há muito mais para fazer e ajudar as pessoas a saberem como se aproveitar disso é um papel importante para nós.
Leia a primeira parte da entrevista
Segurança é maior prioridade, afirma Bill Gates
STEPHEN COLEda BBC Brasil
Na segunda parte da entrevista à BBC, Bill Gates comenta quais são as vantagens e as desvantagens de estar no pelotão da frente da indústria da informática:
Clique aqui para ler a primeira parte da entrevista
BBC --O sr. acha que a Microsoft subestimou a ameaça não só dos vírus, mas de todo tipo de ataques contra os softwares da empresa nos últimos dois anos? Em outras palavras, vocês subestimaram o valor da segurança?
Bill Gates --Você certamente jamais pode subestimar o nível de malignidade das pessoas que estão tentando se aproveitar de qualquer coisa que houver. É por isso que fizemos da confiabilidade informática nossa principal prioridade.
Se alguém tivesse previsto, dois anos atrás, que teríamos centenas de milhões de pessoas conectadas às nossas atualizações automáticas e obtendo estas melhorias imediatamente --incluindo 100 milhões que baixaram atualizações para o SP2-- eu acho que ninguém teria acreditado.
É só porque nós fizemos disso nossa maior prioridade que as pessoas realmente entenderam que tendo esse tipo de coisa realmente dá a elas um nível muito alto de segurança.
BBC --Ainda assim, muita gente diz que a Microsoft não leva as ameaças suficientemente a sério.
Gates --Com certeza podemos sempre fazer melhor. É a nossa maior prioridade. Se você olhar para coisas como os spams, estamos satisfeitos a respeito dos progressos nesta área. Se você olhar para o progresso em garantir que você não vai ter que fazer as coisas manualmente, ele é muito dramático.
Há muito mais o que fazer. Quando se está usando um computador, não se alcança o potencial completo se há a preocupação com algo relacionado à segurança.
Então este é o nosso compromisso com as pessoas. Vamos assegurar que isso não vá impedir as pessoas no sentido de aproveitar essas grandes e novas experiências.
BBC --Vocês são vítimas, quem sabe, de seu próprio sucesso? Sendo os maiores, sempre vão estar sujeitos a ataques.
Gates --E sempre seremos capazes de fazer a melhor pesquisa e desenvolvimento, as melhores inovações, as melhores parcerias.
Com certeza nossa posição é uma que as pessoas invejam.
BBC --Um reforço da segurança vai ser uma característica importante do Longhorn (o sucessor do Windows)?
Gates --Com certeza. O Longhorn é realmente um avanço em todas as áreas --a forma como exploramos as máquinas, a riqueza de possibilidades que instalamos nelas.
O Longhorn é um lançamento muito importante para nós porque inclui todo o retorno que recebemos dos usuários durante vários anos e nos permite fazer algo dramático para endereçar qualquer coisa que eles desejem.
BBC --Quando o sr. espera que ele seja lançado?
Gates - Jamais divulgamos uma data precisa para isso. Estamos nos dedicando à qualidade e a riqueza de possibilidades do produto. Nosso alvo é 2006, mas não há um sentimento de que esta é uma data exata.
Estamos seguindo um processo. Mais tarde, neste ano, vamos entrar em um estágio Beta e, com base no retorno que recebermos, vamos decidir exatamente o que faz sentido.
BBC --Neste ano, e no ano passado, vocês estiveram na mira do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da União Européia. Vocês receberam uma multa de 500 milhões de euros. Alguma vez vocês cogitaram, talvez por um segundo, que eles poderiam estar certos --"talvez estejamos agindo em detrimento da concorrência?"
Gates --Na verdade, não tivemos nenhum problema com o Departamento de Justiça no ano passado, aquele caso foi encerrado um bom tempo antes disso.
BBC --Mas vocês sofreram uma ofensiva do Departamento de Justiça...
Gates --Não neste ano. Isto foi seis anos atrás.
BBC --E a Europa os multou também por estarem agindo contra a concorrência. Vocês pararam alguma vez para pensar: "talvez estejamos agindo em detrimento da concorrência?"
Gates --Eu acho que há um tanto de ironia aqui. A idéia de um computador de baixo custo, que permita às pessoas que tenham uma escolha do melhor PC possível, assegurando que os preços estejam constantemente em queda --não há nenhum setor da economia que tenha feito um melhor trabalho no sentido de aprimorar seus produtos e cobrar preços baixos do que a do computador pessoal.
Nós criamos a indústria do PC com alguns parâmetros baseados no aumento de nossa pesquisa e desenvolvimento em todos os anos.
As pessoas seriam afortunadas se outros setores da economia funcionassem tão bem quanto a indústria do computador pessoal.
O sr. gosta da vida de uma celebridade --de estar sob os holofotes, de ser, como é, o foco da mídia?
Gates --Com certeza há alguns pontos baixos, mas há alguns pontos altos no sentido de ser capaz de criar e lançar produtos pioneiros como os novos equipamentos para música, de falar sobre o Media Center e realmente deixar as pessoas conhecerem as novas oportunidades de que elas dispõem.
Há altos e baixos, mas eu tenho falado sobre o PC e a importância dele já por mais de 25 anos.
BBC --O sr. alguma vez já se cansou de falar sobre o PC?
Gates - Bem, se o PC tivesse continuado a ser o mesmo, eu teria me cansado, mas, devido ao trabalho pioneiro que nós e outros e estamos fazendo, não.
Ainda há muito mais para fazer e ajudar as pessoas a saberem como se aproveitar disso é um papel importante para nós.
Leia a primeira parte da entrevista
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