Publicidade
Publicidade
08/03/2005
-
11h08
da BBC Brasil, em Madri
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abriu a Cúpula Internacional sobre Democracia, Terrorismo e Segurança, em Madri, nesta terça-feira, com um discurso claro contra as guerras preventivas, no qual disse que a "a democracia não pode ser imposta".
Em seu pronunciamento, o ex-presidente afirmou que "a ação unilateral só serve para debilitar o sistema de segurança internacional". FHC preside o Clube de Madri, a organização responsável pela reunião de quatro dias que visa debater formas de combater o terrorismo internacional.
A reunião de segurança contará, entre outros, com a presença do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o ex-presidente americano Bill Clinton, o ex-primeiro-ministro francês Lionel Jospin, o ex-premiê espanhol Felipe González e o vice primeiro-ministro israelense, Shimon Peres.
'Guerra aberta'
De acordo com Fernando Henrique, "estamos em um momento de guerra aberta declarada pelos terroristas".
Por esse motivo, argumentou o ex-presidente, "qualquer ação unilateral por parte de alguma nação seria insuficiente, e o desafio comum agora é chegar a um consenso internacional que respeite os direitos humanos e os direitos interancionais".
FHC citou as recentes invasões do Afeganistão e do Iraque e a ocupação do território palestino e lembrou que essas nações puderam celebrar "eleições limpas e justas", o que, de acordo com o ex-presidente, prova a maturidade desses povos.
"Democracia não pode ser imposta de cima ou de fora. São os povos que promovem e defendem a democracia; não assumem o papel de vítimas passivas."
FHC afirmou que o mundo vive um período "de ameaça global" e que "o terrorismo é antes de tudo uma atentado contra a vida humana e uma ameaça contra a paz".
Desta forma, segundo o ex-presidente, todo o planeta está vulnerável: "Desde gasodutos até sistemas de comunicação. E os ataques são contra todos e cada um de nós".
Estratégia
Até a próxima sexta-feira, mais de 200 especialistas estarão reunidos em Madri para elaborar uma agenda com planos políticos e técnicos para o combate ao terrorismo em diversos países.
A divulgação desta declaração coincide com o primeiro aniversário dos atentados de Madri. FHC disse que a divulgação do documento seria o maior tributo às vítimas do atentado de 11 de março e outros ataques em diferentes partes do mundo.
Mais de 7 mil policiais estão envolvidos na segurança da cidade para o evento e o espaço aéreo madrilenho está sendo controlado pela Força Aérea Espanhola e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Além de FHC, participam da reunião outros cinco brasileiros: a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, o ex-secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA) João Clemente Baena Soares, o ativista Miguel Darcy, a presidente do Centro de Liderança de Mulheres do Brasil, Rosiska Darcy de Oliveira e o ex-ministro das Relações Exteriores do governo FHC, Celso Lafer.
Democracia não pode ser imposta, diz FHC em Madri
ANELISE INFANTEda BBC Brasil, em Madri
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abriu a Cúpula Internacional sobre Democracia, Terrorismo e Segurança, em Madri, nesta terça-feira, com um discurso claro contra as guerras preventivas, no qual disse que a "a democracia não pode ser imposta".
Em seu pronunciamento, o ex-presidente afirmou que "a ação unilateral só serve para debilitar o sistema de segurança internacional". FHC preside o Clube de Madri, a organização responsável pela reunião de quatro dias que visa debater formas de combater o terrorismo internacional.
A reunião de segurança contará, entre outros, com a presença do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o ex-presidente americano Bill Clinton, o ex-primeiro-ministro francês Lionel Jospin, o ex-premiê espanhol Felipe González e o vice primeiro-ministro israelense, Shimon Peres.
'Guerra aberta'
De acordo com Fernando Henrique, "estamos em um momento de guerra aberta declarada pelos terroristas".
Por esse motivo, argumentou o ex-presidente, "qualquer ação unilateral por parte de alguma nação seria insuficiente, e o desafio comum agora é chegar a um consenso internacional que respeite os direitos humanos e os direitos interancionais".
FHC citou as recentes invasões do Afeganistão e do Iraque e a ocupação do território palestino e lembrou que essas nações puderam celebrar "eleições limpas e justas", o que, de acordo com o ex-presidente, prova a maturidade desses povos.
"Democracia não pode ser imposta de cima ou de fora. São os povos que promovem e defendem a democracia; não assumem o papel de vítimas passivas."
FHC afirmou que o mundo vive um período "de ameaça global" e que "o terrorismo é antes de tudo uma atentado contra a vida humana e uma ameaça contra a paz".
Desta forma, segundo o ex-presidente, todo o planeta está vulnerável: "Desde gasodutos até sistemas de comunicação. E os ataques são contra todos e cada um de nós".
Estratégia
Até a próxima sexta-feira, mais de 200 especialistas estarão reunidos em Madri para elaborar uma agenda com planos políticos e técnicos para o combate ao terrorismo em diversos países.
A divulgação desta declaração coincide com o primeiro aniversário dos atentados de Madri. FHC disse que a divulgação do documento seria o maior tributo às vítimas do atentado de 11 de março e outros ataques em diferentes partes do mundo.
Mais de 7 mil policiais estão envolvidos na segurança da cidade para o evento e o espaço aéreo madrilenho está sendo controlado pela Força Aérea Espanhola e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Além de FHC, participam da reunião outros cinco brasileiros: a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, o ex-secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA) João Clemente Baena Soares, o ativista Miguel Darcy, a presidente do Centro de Liderança de Mulheres do Brasil, Rosiska Darcy de Oliveira e o ex-ministro das Relações Exteriores do governo FHC, Celso Lafer.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice