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16/03/2005 - 14h24

Análise: Wolfowitz é peso-pesado político, mas gera controvérsia

NICK CHILDS
da BBC Brasil

De certa forma, a indicação de Paul Wolfowitz para a presidência do Banco Mundial não é uma surpresa.

Apesar de declarações no sentido contrário, há um sentimento nos corredores do Pentágono de que Wolfowitz estava preparado para deixar a posição de número 2 do Departamento de Defesa.

Mas, por outro lado, trata-se de uma figura enormemente controversa em Washington e em outros lugares, o que tornou difícil achar uma nova função para ele.

Ele tem sido um dos mais destacados neoconservadores --quem sabe o mais destacado-- do governo Bush.

É amplamente difundida a versão de que ele foi o principal defensor de que um ataque contra o Iraque deveria acontecer mais cedo e ser feito com maior força.

Wolfowitz foi um dos principais arquitetos da guerra e um ferrenho advogado da tese de que dar um jeito no Iraque seria um caminho para mudar todo o Oriente Médio.

Ele também absorveu boa parte do bombardeio político disparado por quem disse que os Estados Unidos subestimaram as dificuldades envolvidas na missão e não fizeram um planejamento adequado para a situação.

Peso-pesado

Mas não há dúvida de que Wolfowitz é um peso-pesado da política.

Ele pode ter escassa experiência na área de desenvolvimento internacional, mas já serviu anteriormente no Departamento do Estado, e muita gente considerou extremamente bem-sucedida sua gestão como embaixador na Indonésia, entre 1986 e 1989.

Wolfowitz também foi um número 2 bastante influente no Pentágono.

E, afora o que sua indicação pode representar para o Banco Mundial, sua saída pode ser significativa tanto para o Pentágono como para o próprio governo Bush.

A liderança civil do Pentágono vinha sendo vista como um ponto de continuidade nos primórdios do segundo mandato de Bush.

Mas agora os números 2 (Wolfowitz) e 3 (Douglas Feith, outro arquiconservador) do Departamento de Defesa podem estar deixando o barco nos próximos meses.
 

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